O ex-governador, Arnaldo Melo (PMDB) admitiu que existem dívidas no governo do estado. Apesar de ter minimizado o valor do total do débito que passa de R$ 1 bilhão, Melo assume que não repassou às instituições financeiras a parcela de consignação dos servidores públicos. O motivo, acreditem se for capaz, foi queda da arrecadação.
Foi redução de R$ 119 milhões no repasse do Fundo de Participação do Estado (FPE) que fez com que o ex-governador não pagasse as consignações e também depositasse os valores dos fundos de aposentadoria dos servidores públicos.
De acordo com Arnaldo Melo, como as consignações deveriam ser repassada somente dia 10 deste mês (hoje, no caso) ele utilizou o dinheiro retirado do salário dos servidores para outras obrigações sendo que iria repor com o repasse que o Estado tem direito. Mas não o fez.
Arnaldo Melo argumenta ainda que pagou somente o salário líquido dos servidores porque houve problemas no repasse do Fundeb e do SUS. Do Fundeb somente caiu a verba dia 4 deste mês e do SUS houve uma redução de 30% no valor esperado.
Já sobre a parte maior parte da dívida de R$ 1 bilhão, o ex-governador diz ser sensacionalismo dos atuais representantes do estado já que mais de R$ 500 milhões são oriundos de precatórios, problemas que fez de pelo menos duas décadas de governos no Maranhão.
E sobre os restos a pagar, Melo diz que mais de 90% é de convênios com prefeituras. Podem ser pagos em outro momento.
“Foi uma série de fatores que levaram nós pagarmos a folha líquida. Tivemos uma redução de R$ 119 milhões. Sobre a dívida, há exagero no anúncio já que meio bilhão é de precatórios que não é responsabilidade do governo passado, mas de governo bem antes”, explicou Melo.