Professores de Carolina são obrigados a participar de desvio de recursos federais

Um professor da rede municipal de Educação de Carolina – 639 km de São Luís – indignado com a atual gestão do município apresentou uma grave denúncia contra o prefeito Ubiratan Jucá (PMDB).

Segundo ele, os educadores estão sendo obrigados a assinar um Recibo de Ressarcimento Mensal de Despesas com Transporte e Alimentação, do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC).

“O documento tem que ser assinado em branco”, denuncia o educador. Conforme ele, o recibo tem sido entregue aos professores que não tem vínculos com a oposição em Carolina.

” Não precisei usar transporte nem pagar alimentação porque não me desloquei a serviço da Prefeitura. Então, por que estou sendo obrigado a assinar este recibo?”, questiona.

Ainda conforme o denunciante, a Secretária de Educação, sob a direção de Hilda Mota, tem tido o cuidado de escolher minunciosamente a quem obrigar assinar o recibo do PDDE. “Creio que eles temiam que este negócio muito suspeito chegasse ao conhecimento da Oposição”, destaca o denunciante.

O QUE É O PROGRAMA – O PDDE foi criado em 1995 e tem a finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas. Os recursos são transferidos independentemente da celebração de convênio ou instrumento congênere, de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse.

A direção das escolas abre conta corrente no Banco do Brasil e devem prestar contas dos recursos ao final de cada ano letivo. Os recursos são utilizados na aquisição de material didático, equipamentos e utensílios para as escolas.

O denunciante questiona ao final: “O que o Ministério Público está fazendo que não observa e investiga essas coisas em Carolina?”. ( As informações são do Portal Cidade em Ação).