Nos últimos vinte anos a política de Segurança Pública Nacional vem priorizando recursos materiais necessários para que as forças de combate ao crime possam agir de forma eficaz. Mas quem as comanda esquece que os agentes de segurança, quer sejam militares ou civis, são humanos, sujeitos às mais variadas falhas.
No caso específico do Maranhão, para os nossos últimos governantes, os policiais não passam de homens jogados nas ruas com o único objetivo de confrontar bandidos em defesa da sociedade.
O descomprometimento com a Segurança Pública no Estado é antigo. Ex-governantes jamais destinaram recursos para a preparação de um policial. Então ficou muito fácil culpar o atual governador Flávio Dino que agora assume a responsabilidade pelo caos instalado no setor de segurança.
A realidade é assustadora, violenta e inibe à todos. O crime que ocorreu na última quinta-feira (28) na cidade de Vitória do Mearim é um exemplo disso. A execução de um mecânico de forma cruel, em plena praça pública, diante de várias pessoas, abriu graves questionamentos quanto à ação da polícia. Tudo por que o vigilante autor dos disparos recebeu apoio de militares após o ato brutal.
Pois bem. Diante do ocorrido, o que pensar? Heróis ou algozes?
Antes do nosso julgamento final, devemos lembrar que o policial, mesmo no uso de sua função, não deixa de ser homem e portador das mais diversas necessidades inerentes a qualquer cidadão que se indigna com a bandidagem.
O que vimos em Vitória do Mearim é o que está acontecendo em mais de 150 municípios do Estado: poucos policiais, que muitas vezes precisam de apoio de outros profissionais de segurança para tentar resolver um problema macro.
A Segurança Pública precisa com urgência é de um sistema integrado, pessoal qualificado com metas e metodologia bem definidos, para que os nossos policiais não sejam tolhidos pela sociedade como ‘criminosos’ ou acabem mortos pelas mãos de bandidos.