Ouça os trechos comprometedores da conversa entre Temer e Joesley Batista

Foram divulgados na noite desta quinta-feira (18) trechos da gravação de uma conversa comprometedora entre Joesley Batista, um dos donos da JBS, com o presidente da República, Michel Temer (PMDB) onde ambos comentavam sobre o pagamento de  uma mesada paga a Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados preso desde outubro do ano passado, para mantê-lo em silêncio.

Abaixo, a matéria completa exibida no Jornal Nacional desta quinta-feira (18) com os trechos da conversa entre o empresário e o presidente.

https://youtu.be/vWfNI_UjcR4

DIRETAS JÁ! Oposição protocola pedido de impeachment de Temer

Líderes dos partidos de oposição, PDT, PCdoB, PT, PSB, Rede e PSOL, deputados e senadores de diversos partidos, protocolaram na tarde desta quinta-feira (18) o pedido de impeachment do presidente Michel Temer por crime de responsabilidade ao negociar a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O pedido foi assinado por representantes da sociedade civil. Ao entregar o documento, o líder do PDT, deputado Weverton Rocha defendeu a realização de eleições diretas, para que o povo possa definir quem será o presidente e a crise política do País tenha fim.

“Está na cara que o governo Temer acabou. Ele não tem condição de se manter”, afirmou Weverton. “Nós exigimos a eleição direta, porque o povo quer escolher seu próximo presidente”. O deputado também disse que os congressistas de oposição irão fazer vigília para evitar que o governo tente criar agendas para se manter no poder, mesmo sem condições de governabilidade. E anunciou que o PDT se juntará a outros partidos na obstrução dos trabalhos do Congresso até que o presidente renuncie ou seja instalada a Comissão de Impeachment.

O pedido diz que há dois momentos em que o presidente procede de modo incompatível com a dignidade, honra e o decoro do cargo: ao ordenar que os pagamentos de mesada a potenciais colaboradores da Justiça para que não revelassem a prática de atos ilícitos e ao indicar um interlocutor para resolver, mediante prática de atos ilícitos pendências do grupo empresarial com o governo.

Os deputados dizem que vão pressionar para que a Comissão de Impeachment seja instalada logo e que seja votada uma Proposta de Emenda à Constituição que permite a realização de eleições diretas em caso de vacância do cargo da Presidência.

Mesmo encurralado, Temer segura a pressão e diz: “NÃO RENUNCIAREI”

Michel Temer garante que não vai deixar o cargo

Há pouco mais de um ano depois de assumir o mais alto cargo político do país, Michel Temer (PMDB), eleito vice-presidente na chapa Dilma Rousseff (PT) em 2014, acaba de fazer um pronunciamento à imprensa nacional e declarou que não renunciará à Presidência da República do Brasil.

Mesmo encurralado, após graves denúncias que o colocaram sob investigação na Operação Lava Jato, Temer afirmou que não vai deixar o cargo embora haja um forte clamor popular e de congressistas de oposição ao governo.

Desde ontem (17) quando os irmãos Joesley Batista e Wesley, donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, entregaram ao Supremo Tribunal Federal uma verdadeira bomba atômica que explodiu e estremeceu o país, começou a ser cogitada uma possível renúncia agora descartada pelo peemedebista.

A notícia de que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS) e posteriormente este último foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley para comprar o silêncio de Eduardo Cunha na prisão se espalhou feito pólvora e os resultados foram devastadores mesmo que ele negue todas as acusações.

Michel Temer passou a ser investigado com a abertura de inquérito pelo Supremo Tribunal Federal que vai apurar toda a conduta do até então presidente do Brasil.

Dois pedidos de Impeachment contra o presidente já foram protocolados na Câmara dos Deputados.

Abaixo o pronunciamento de Temer na tarde desta quinta-feira (18).

Após revelações bombásticas, filho de Teori Zavascki diz: “mataram meu pai”

Teori Zavascki morreu em janeiro deste ano vítima de acidente aéreo

Após divulgação das gravações bombásticas que estremeceram Brasília desde a noite desta quarta-feira (17) e envolvem diretamente o presidente da República Michel Temer por conta de uma compra do silêncio de Eduardo Cunha (preso, réu em cinco inquéritos e condenado a 15 anos de quatro meses), o filho do ex-ministro do STF Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, publicou um texto em sua página pessoal do Facebook acusando o PMDB de tentar barrar a Operação Lava Jato.

Teori Zavascki, ex-relator da Lava Jato que morreu no dia 19 de janeiro deste ano, aos 68 anos, após a queda de um avião em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro.

Veja abaixo o que declarou o filho de Teori nas redes sociais:

Foto Reprodução: Facebook
Foto Reprodução: Facebook

VÍDEO: em nota conjunta, Weverton pede renúncia de Temer e nova eleição

https://youtu.be/piS-lEl_wcU

Após escândalo envolvendo diretamente o nome do presidente da República Michel Temer (PMDB), o deputado federal Weverton Rocha (PDT), em nome dos congressistas de oposição, apresentou na noite desta quarta-feira (17) à imprensa a nota conjunta, assinada pelo PDT, PT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede, pedindo a renúncia do presidente a realização de eleições diretas imediatamente.

Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley Batista – dono da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta –  Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. (Reveja)

Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio Cunha

Michel Temer X Eduardo Cunha
Michel Temer X Eduardo Cunha

Na tarde de quarta-feira passada, Joesley Batista e o seu irmão Wesley entraram apressados no STF e seguiram direto para o gabinete do ministro Edson Fachin. Os donos da JBS, a maior produtora de proteína animal do planeta, estavam acompanhados de mais cinco pessoas, todas da empresa. Foram lá para o ato final de uma bomba atômica que explodirá sobre o país — a delação premiada que fizeram, com poder de destruição igual ou maior que a da Odebrecht. Diante de Fachin, a quem cabe homologar a delação, os sete presentes ao encontro confirmaram: tudo o que contaram à Procuradoria-Geral da República em abril foi por livre e espontânea vontade, sem coação.

É uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato:

Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.

Aécio Neves foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Joesley relatou também que Guido Mantega era o seu contato com o PT. Era com o ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff que o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído aos petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no BNDES.

Joesley revelou também que pagou R$ 5 milhões para Eduardo Cunha após sua prisão, valor referente a um saldo de propina que o peemedebista tinha com ele. Disse ainda que devia R$ 20 milhões pela tramitação de lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Pela primeira vez na Lava-Jato foram feitas “ações controladas”, num total de sete. Ou seja, um meio de obtenção de prova em flagrante, mas em que a ação da polícia é adiada para o momento mais oportuno para a investigação. Significa que os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril.

Se a delação da Odebrecht foi negociada durante dez meses e a da OAS se arrasta por mais de um ano, a da JBS foi feita em tempo recorde. No final de março, se iniciaram as conversas. Os depoimentos começaram em abril e na primeira semana de maio já haviam terminado. As tratativas foram feitas pelo diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva. Num caso único, aliás, Assis e Silva acabou virando também delator. Nunca antes na história das colaborações um negociador virara delator.

A velocidade supersônica para que a PGR tenha topado a delação tem uma explicação cristalina. O que a turma da JBS (Joesley sobretudo) tinha nas mãos era algo nunca visto pelos procuradores: conversas comprometedoras gravadas pelo próprio Joesley com Temer e Aécio — além de todo um histórico de propinas distribuídas a políticos nos últimos dez anos. Em duas oportunidades em março, o dono da JBS conversou com o presidente e com o senador tucano levando um gravador escondido — arma que já se revelara certeira sob o bolso do paletó de Sérgio Machado, delator que inaugurou a leva de áudios comprometedores. Ressalte-se que essas conversas, delicadas em qualquer época, ocorreram no período mais agudo da Lava-Jato. Nem que fosse por medo, é de se perguntar: como alguém ainda tinha coragem de tratar desses assuntos de forma tão desabrida?

Para que as conversas não vazassem, a PGR adotou um procedimento inusual. Joesley, por exemplo, entrava na garagem da sede da procuradoria dirigindo o próprio carro e subia para a sala de depoimentos sem ser identificado. Assim como os outros delatores.

Ao mesmo tempo em que delatava no Brasil, a JBS mandatou o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe para tentar um acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ). Fechá-lo é fundamental para o futuro do grupo dos irmãos Batista. A JBS tem 56 fábricas nos EUA, onde lidera o mercado de suínos, frangos e o de bovinos. Precisa também fazer um IPO (abertura de capital) da JBS Foods na Bolsa de Nova York.

Pelo que foi homologado por Fachin, os sete delatores não serão presos e nem usarão tornozeleiras eletrônicas. Será paga uma multa de R$ 225 milhões para livrá-los das operações Greenfield e Lava-Jato que investigam a JBS há dois anos. Essa conta pode aumentar quando (e se) a leniência com o DoJ for assinada. (Colaborou Guilherme Amado)

Fonte: EXTRA

Mais essa! Babá do filho de Michel Temer tem cargo de confiança no Planalto

Babá de Michelzinho foi nomeada pelo Planalto como assessora da Presidência

O Palácio do Planalto emprega a babá de Michelzinho Leandra Brito como assessora do Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por assessorar o presidente da República. A informação foi revelada pelo jornal O Globo neste domingo (14).

Procurada pelo Broadcast, sistema de informações em tempo real do Grupo Estado, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto diz que o filho do presidente não tem babá e afirma que as informações publicadas hoje na imprensa estão incorretas.

De acordo com o Diário Oficial da União (DOU) Leandra Barbosa dos Santos Brito realmente é lotada em um cargo de confiança no gabinete pessoal de Michel Temer.

A edição do dia 16 de novembro de 2016 traz sua nomeação para o cargo de assessora técnica no Gabinete-Adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente da República. Com isso, Leandra foi exonerada de um cargo anterior também no Gabinete Pessoal do presidente, de assistente no Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento, passando de um cargo DAS nível 2 para um DAS nível 3, de salário maior.

Fonte: Estadão

Golpe parte II: Presidente da Câmara dá o 1º passo para cancelar eleições de 2018

Rodrigo Maia, presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mandou instalar, na tarde desta quinta-feira (4), uma comissão especial para analisar uma proposta de emenda constitucional, apresentada pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que estabelece a simultaneidade nas eleições para todos os cargos majoritários. (Veja o documento abaixo)

Com isso, abre-se o caminho para a anulação das eleições presidenciais de 2018 e a disputa poderia ocorrer apenas em 2020, quando haverá eleição para as prefeituras. “Pode ser o golpe dentro do golpe”, diz o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que vê risco de cancelamento da disputa presidencial.

Já Vicente Cândido (PT-SP) discorda e afirma que não há esse risco. “Apresentaremos um substitutivo que institui, entre outras medidas, a descoincidência das eleições a partir de 2022 (em anos separados para executivo e legislativo), fim dos cargos de vice, mandato de dez anos para representantes das Côrtes e adoção do sistema distrital misto nas eleições a partir de 2026”, diz ele.

No último domingo (30), o Datafolha revelou que o ex-presidente Lula lidera em todos os cenários, com 29% a 31% das intenções de voto, e que 85% dos brasileiros exigem a saída imediata de Michel Temer e a convocação de diretas já.

No entanto, o eventual adiamento das eleições ajudaria a direita, que já derrubou Dilma Rousseff, a tentar inabilitar Lula no tapetão.

Esta proposta de emenda constitucional estava parada desde 2003, mas acaba de ganhar tramitação urgente na Câmara, segundo aponta o deputado Pimenta. Em falas posteriores ao impeachment, a ex-presidente Dilma sempre alertou para o risco de anulação das eleições de 2018.

Ato da Presidência da Câmara para criar Comissão Especial
Ato da Presidência da Câmara para criar Comissão Especial

Fonte: Brasil 247

Sarney Filho será um dos exonerados para votar pela reforma da Previdência

Ministro Sarney Filho

O presidente Michel Temer vai exonerar todos os ministros que tiverem mandato na Câmara dos Deputados para possam votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência. A exoneração deve ocorrer dias antes da votação no plenário da Casa, prevista para a segunda semana de maio. Antes, o relatório de Arthur Maia (PPS-BA) será votado na comissão especial criada para discutir o tema.

A decisão de Temer foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, após reunião do presidente com a equipe ministerial na tarde desta segunda-feira (24), no Palácio do Planalto. “É um reforço. É como se fosse reforçar o time em campo. Vai ficar mais reforçado ainda com a ação efetiva e presente dos ministros na Câmara dos Deputados”. Imbassahy, inclusive, será exonerado para reassumir seu mandato pelo PSDB.

A equipe de ministros de Temer conta com 14 deputados federais. Mas, neste caso, apenas 13 deputados terão voto, uma vez que Raul Jungmann (PPS-PE), ministro da Defesa, é suplente de Mendonça Filho (DEM-PE), que será outro a deixar temporariamente seu cargo para voltar à Câmara.

“O governo vai jogar todas as forças no sentido da aprovação da reforma da Previdência”, disse Mendonça Filho. Para ele, a decisão de voltar à Câmara para votar “afirma o compromisso daqueles que ocupam função nos ministérios no sentido de ajudar uma reforma decisiva para o futuro do Brasil”, disse. “É uma reforma que, sem ela, o Brasil vai afundar”, completou.

O expediente já havia sido adotado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em abril do ano passado. Na ocasião, ela exonerou quatro ministros que tinham mandato na Câmara para votarem contra seu impeachment. O gesto de Temer, no entanto, vai além do voto no plenário. Ele quer os ministros atuando junto aos líderes dos partidos para garantir a fidelidade da base ao governo.

Para o Palácio do Planalto, a iniciativa é também simbólica e reflete a importância que o presidente Temer dá a essa votação. Além da exoneração dias antes da votação, os ministros não farão viagens a partir desta semana. Eles devem ficar em Brasília para receber parlamentares e líderes dos seus partidos na articulação em prol da aprovação da reforma.

Para Imbassahy, o governo terá votos suficientes depois que o novo texto da reforma apresentado por Arthur Maia for conhecido por todos os parlamentares e pela sociedade. “Acho que vai ter uma interação entre opinião pública e congressistas. E os congressistas vão ver que agora é uma outra base e que suas propostas foram absorvidas no relatório do deputado Arthur Maia”.

Imbassahy afirmou que não deverão mais ser feitas alterações no relatório de Arthur Maia e que essa é uma posição compartilhada pelo governo e pelo próprio relator. O presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), fez um acordo com a oposição para que não houvesse obstrução durante a leitura do parecer e se comprometeu a fazer sessões de debate ao longo desta semana. Segundo Marun, com a votação do relatório no colegiado no próximo dia 2, a previsão é que a leitura no plenário da Câmara ocorra no dia 8 de maio.

Veja abaixo a lista de ministros que devem ser exonerados:

Deputados

Osmar Serraglio (PMDB) – Ministério da Justiça e da Segurança Pública
Raul Jungmann (PPS) – Ministério da Defesa
Maurício Quintella (PR) – Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
Mendonça Filho (DEM) – Ministério da Educação
Roberto Freire (PPS) – Ministério da Cultura
Osmar Terra (PMDB) – Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
Ricardo Barros (PP) – Ministério da Saúde
Fernando Coelho Filho (PSB) – Ministério de Minas e Energia
Sarney Filho (PV) – Ministério do Meio Ambiente
Leonardo Picciani (PMDB) – Ministério do Esporte
Marx Beltrão (PMDB) – Ministério do Turismo
Bruno Araújo (PSDB) – Ministério das Cidades
Antônio Imbassahy (PSDB) – Secretaria de Governo da Presidência da República
Ronaldo Nogueira (PTB) – Ministério do Trabalho

Senadores

Aloysio Nunes (PSDB) – Ministério das Relações Exteriores
Blairo Maggi (PP) – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com informações de Agência Brasil e G1

Odebrecht entrega extratos ligados a reunião com Temer sobre propina

Presidente Michel Temer

A Odebrecht apresentou à Lava Jato extratos atribuídos a pagamento de propina associada por delatores a uma reunião com o presidente Michel Temer em 2010. De acordo com a Folha de S.Paulo, os valores superam os US$ 40 milhões que, segundo ex-executivos da empreiteira, foram acertados em encontro com o hoje presidente, em seu escritório político na capital paulista. Os documentos entregues chegam a US$ 54 milhões, e, com a soma de planilhas anexadas, atingem a cifra de US$ 65 milhões.

Conforme os delatores da Odebrecht, a propina era contrapartida a um contrato internacional da Petrobras, o PAC-SMS, que envolvia certificados de segurança, saúde e meio ambiente em nove países onde a estatal atua. O valor inicial do negócio era de US$ 825 milhões. A maior parte dos repasses foi depositada em contas de operadores no exterior por meio de empresas offshores em paraísos fiscais, relata a Folha.

Ex-presidente da Odebrecht Engenharia, Márcio Faria disse em delação que o PMDB negociou propina de 5% do contrato, correspondente a US$ 40 milhões. Segundo ele, o acerto foi feito em jantar na presença de Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na ocasião, de acordo com o delator, não se falou em valores, “mas ficou claro que se tratava de propina” relacionada ao contrato, e não contribuição de campanha para a eleição de 2010, ano em que Temer e Dilma foram eleitos pela primeira vez.

Rogério Araújo, responsável pelo lobby da Odebrecht na Petrobras, declarou que o então candidato a vice-presidente “assentiu” e deu a “bênção” aos termos do acordo, previamente tratados com Cunha e com o lobista João Augusto Henriques. Conforme a Folha, os delatores relatam que a propina foi renegociada, e o PMDB teria ficado com 4% e o PT, 1%.

Temer confirma o encontro, mas nega a versão sobre propina. “A narrativa divulgada não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta”, afirmou em resposta ao jornal. “O que realmente ocorreu foi que, em 2010, em São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião”, acrescentou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não pediu a abertura de inquérito contra o presidente, alegando que ele não pode ser investigado por atos anteriores ao seu mandato. O Psol contesta essa tese no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não analisou o assunto.

Fonte: Congresso em Foco