Juiz autoriza envio de perguntas de Eduardo Cunha para Temer; veja-as!

Michel Temer e Eduardo Cunha
Michel Temer e Eduardo Cunha

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal de Brasília, autorizou o envio para o presidente Michel Temer de 19 perguntas do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo em que ele é acusado de desvios no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS).

O processo em Brasília se originou da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa ligado a Cunha. Uma das suspeitas se refere à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Cunha, que está preso em Curitiba por determinação do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, nega ter recebido vantagem indevida.

Assim que as perguntas chegarem a Temer, ele terá dez dias para responder, mas poderá recusar. Segundo o juiz, Temer não precisa responder “a perguntas impertinentes ou autoincriminatórias”. Em razão do cargo, o presidente pode responder às questões por escrito, sem comparecer à Justiça.

Em conjunto, as questões buscam elucidar se, como presidente do PMDB, Temer indicou diretores para a cúpula do banco responsável por financiamentos a empresas e se doações ao partido feitas pela instituição estavam ligadas aos empréstimos.

Abaixo, as 19 perguntas feitas por Cunha a Temer:

  1. Em qual período Vossa Excelência foi presidente do PMDB?
  2. Quando da nomeação do senhor Moreira Franco como vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa Econômica Federal (CEF), Vossa Excelência exercia a presidência do PMDB?
  3. Vossa Excelência foi o responsável pela nomeação dele para a Caixa? O pedido foi feito a quem?
  4. Em 2010, quando o senhor Moreira Franco deixou a CEF para ir para a coordenação da campanha presidencial como representante do PMDB, Vossa Excelência indicou Joaquim Lima como seu substituto na referida empresa pública?
  5. Vossa Excelência conhece a pessoa de André de Souza, representante dos Trabalhadores no Conselho no FI/FGTS à época dos fatos?
  6. Vossa Excelência fez alguma reunião para tratar de pedidos para financiamento com o FI-FGTS junto com Moreira Franco e André de Souza?
  7. Vossa Excelência conhece Benedito Júnior e Léo Pinheiro?
  8. Participou de alguma reunião com eles e Moreira Franco para doação de campanha?
  9. Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FI-FGTS?
  10. André da Souza participou dessas reuniões?
  11. Vossa Excelência conheceu Fábio Cleto?
  12. Se sim, Vossa Excelência teve alguma participação em sua nomeação?
  13. Houve algum pedido político de Eduardo Paes, visando à aceleração do projeto Porto Maravilha para as Olimpíadas?
  14. Tem conhecimento de oferecimento de alguma vantagem indevida, seja a Érica ou a Moreira Franco, seja posteriormente, para liberação de financiamento do FI/FGTS?
  15. A denúncia trata da suspeita do recebimento de vantagens providas do consórcio Porto Maravilha (Odebrecht, OAS e Carioca), Hazdec, Aquapolo e Odebrecht Ambiental, Saneatins, Eldorado Participações, Lamsa, Brado, Moura Debeux, BR Vias. Vossa Excelência tem conhecimento, como presidente do PMDB até 2016, se essas empresas fizeram doações a campanhas do PMDB. Se sim, de que forma?
  16. Sabe dizer se alguma delas fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012?
  17. Se positiva a resposta, houve a participação de Vossa Excelência? A doação estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI/FGTS?
  18. Como vice-presidente da República desde 2011, Vossa Excelência teve conhecimento da participação de Eduardo Cunha em algum fato vinculado a essa denúncia de cobrança de vantagens indevidas para liberação de financiamentos do FI/FGTS?
  19. Joaquim Lima continuou como vice-presidente da Caixa Econômica Federal em outra área a partir de 2011 e está até hoje, quem foi o responsável pela sua nomeação?

Veja abaixo o documento com a decisão do juiz.

Foto Reprodução: G1

Fonte: G1

55 sim e 13 não: Alexandre de Moraes é novo ministro do STF

Alexandre Moraes ao lado de Michel Temer

Alexandre de Moraes, ministro da Justiça licenciado do governo Michel Temer (PMDB), será o 11º ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Sua indicação foi aprovada no plenário do Senado nesta quarta-feira (22), após Moraes passar por sabatina de quase 12 horas ontem, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), também do Senado.

A sessão teve a participação de 68 senadores, sendo que 55 deles votaram a favor da indicação de Moraes e os outros 13 foram contra. Na CCJ, foram por 19 votos pela aprovação e 7 contra ela.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que o presidente Michel Temer será oficialmente comunicado da decisão ainda hoje, para que possa publicar a nomeação de Moraes no Diário Oficial.

Depois disso, Temer precisa confirmar a nomeação por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União). Depois disso, cabe à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, definir uma data para a sessão solene que vai empossar Moraes como ministro da 1ª Turma do Supremo.

O STF ainda não tem previsão sobre quando a cerimônia –que deve contar com a presença dos representantes dos três Poderes, o Exceutivo, o Legislativo e o Judiciário– vai acontecer. Mas há um prazo de que a posse ocorra em 30 dias. Ainda segundo o STF, há urgência em empossar o 11º ministro porque algumas ações já votadas em plenário precisam de “voto de desempate”.

A assessoria de imprensa do Supremo deu como exemplo um recurso extraordinário sobre a responsabilidade da administração pública sobre a inadimplência de empresas privadas votado no dia 15 de fevereiro no plenário do STF. Foram cinco votos contra e cinco votos a favor. Diante do empate, Cármen Lúcia afirmou que o tema seria colocado novamente em votação já com a presença do 11º ministro.

Foram 22 dias para Fachin tomar posse

Na última vez que um ministro tomou posse no STF foi em 2015. A solenidade aconteceu 22 dias após a confirmação no DOU.

Indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, que havia se aposentado em julho de 2014, Edson Fachin passou a integrar a equipe de ministros no dia 16 de junho de 2015.

A solenidade durou 20 minutos e foi marcada protestos com buzinaços, semelhantes aos realizados no dia em que teve sua indicação aprovada pelo Senado.

Hoje, Fachin é o responsável no Supremo pelos processos daqueles que possuem foro privilegiado no âmbito da Operação Lava Jato.

Moraes substitui Teori

Com 49 anos de idade, Moraes terá 26 anos de mandato no STF, que exige a aposentadoria compulsória dos ministros aos 75 anos.

Ele é o primeiro ministro indicado por Michel Temer à mais alta corte do país, e poderá ser o único, já que nenhum dos outros 10 ministros do Supremo completa 75 anos até 2018, último ano de mandato de Temer.

Moraes herdará os processos do gabinete do ministro Teori Zavascki, que morreu em um acidente de avião em janeiro, exceto os ligados à Operação Lava Jato. A presidente Cármen Lúcia decidiu redistribuir por sorteio os processos ligados à operação e o sorteado como relator foi o ministro Edson Fachin.

Moraes vai fazer parte da 1ª Turma do STF, na vaga deixada por Fachin, que pediu para ocupar a vaga de Teori na 2ª Turma, após ter sido escolhido com relator da Lava Jato.

Fonte: UOL

Não tem jeito! Lula lidera pesquisa em todos os cenários para 2018

Ex-presidente Lula lidera pesquisa

Lula desponta como o nome mais forte para as eleições presidenciais de 2018, segundo a pesquisa CNT/MDA divulgada na quarta-feira 15. O ex-presidente lidera as intenções de voto no primeiro turno tanto na pesquisa espontânea quanto na estimulada. Nos seis cenários imaginados pela pesquisa para o segundo turno, o petista aparece em três e lidera todas.

A extrema-direita também está bem cotada: o candidato mais lembrado espontaneamente depois de Lula é o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios nas 25 unidades federativas, das cinco regiões, entre os dias 8 e 11 de fevereiro.

Conhecido por declarações com forte conteúdo de extrema-direita e de desrespeito aos direitos humanos, Bolsonaro arregimentou 6,5% das intenções de voto, colocando-se atrás de Lula (16,6%), mas a frente de políticos tradicionais e que já disputaram outros pleitos, como Aécio Neves (2,2%) e Marina Silva (1,8).

A um ano e meio do pleito, os indecisos são o maior contingente: 57,1%. Michel Temer foi citado como candidato favorito por 1,1% dos entrevistados, seguido de Dilma Rousseff (0,9%), Geraldo Alckmin (0,7%) e Ciro Gomes (0,4%). Brancos e nulos somam 10,7%.

No cenário em que a intenção de voto foi estimulada, isto é, foram fornecidos os nomes dos candidatos ao primeiro turno, Lula fica em primeiro lugar com 30,5%. Mas Bolsonaro aparece na sequência com 11,3%, tecnicamente empatado com Marina (11,8%) e próximo de Aécio (10,1%). Candidato do PDT, Ciro Gomes corre por fora, com 5%. Brancos e nulos somam 16,3% e os indecisos são 11,3%.

Em outro cenário, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB-SP) aparece como o candidato do PSDB no lugar de Aécio Neves. Neste quadro, Lula tem 31,8% das intenções de voto, seguido de Marina Silva (12,1%), Jair Bolsonaro (11,7%), Geraldo Alckmin (9,1%) e Ciro Gomes (5,3%). Os entrevistados que declararam voto nulo/branco são 17,1% e os indecisos, 11,9%.

No terceiro cenário, sem Alckimin e Ciro no primeiro turno em 2018, Lula é apontado como favorito por 32,8%, seguido de Marina (13,9%). O senador tucano Aécio Neves e Jair Bolsonaro conseguem resultados bastante próximos, com 12,1% e 12%, respectivamente.

Segundo turno

Na comparação com a pesquisa CNT/MDA de outubro de 2016, Lula cresceu, especialmente em cenários hipotéticos de segundo turno. No levantamento realizado no ano passado, Lula liderava a corrida presidencial, mas perdia para Aécio Neves (PSDB) no segundo turno por 37,1% a 33,8%. Na pesquisa divulgada nesta quarta-feira 15, Lula bateria Aécio por 39,7% a 27,5%. O atual levantamento foi realizado entre 8 e 11 de fevereiro, pouco após a morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, companheira do ex-presidente por 40 anos.

Apesar da boa colocação na pesquisa estimulada, o deputado Jair Bolsonaro não foi citado como alternativa em nenhum dos cenários da pesquisa para o segundo turno.

Em um possível segundo turno, Lula vence com 39,7% no cenário em que o adversário é Aécio Neves (27,5%). Quando o adversário hipotético é Michel Temer, as intenções de voto em Lula crescem: 42,9% para o petista ante 19% para o peemedebista. Na hipótese de Lula enfrentar Marina Silva no segundo turno em 2018, o petista arregimenta 38,9% das intenções de voto, contra 27,4% para a candidata da Rede.

Na alternativa em que o senador Aécio Neves enfrenta o atual ocupante da presidência, Michel Temer, o tucano leva a melhor, com 34,1% das intenções de voto, ante 13,1% que preferiram o peemedebista. Quando Marina Silva é apresentada como opção diante de Temer, ela vence com 34,4%, ante 16,8% do peemedebista.

Fonte: Carta Capital

É Brasil! STF mantém Moreira Franco como ministro e com foro privilegiado

Moreira Franco nomeado pelo presidente Michel Temer como ministro da Secretaria-Geral

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu nesta terça (14) manter Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Celso de Mello também garantiu o direito ao foro privilegiado.

Celso de Mello analisou pedidos dos partidos Rede Sustentabilidade e PSOL para afastar Moreira do cargo, uma vez que, citado em delação na Lava Jato, o peemedebista passou a ter o foro privilegiado – direito a ser processado somente no STF.

Em pronunciamento na noite desta terça, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou somente que o presidente Michel Temer recebeu “com tranquilidade” a decisão do ministro Celso de Mello.

Na última sexta (10), os tribunais regionais federais da Primeira Região, em Brasília, e da Segunda Região, no Rio de Janeiro, derrubaram decisões de juízes de primeira instância que haviam suspendido a posse de Moreira Franco. O tribunal do Rio, porém, o impediu de ter direito ao foro privilegiado.

Até o início deste mês, Moreira Franco era o secretário-executivo do Programa de Parcerias para Investimentos, cargo que não tinha status de ministro. No dia 2, o presidente Michel Temer recriou a extinta Secretaria-Geral da Presidência e o nomeou para o cargo.

Com a posse, Moreira Franco passou a ter direito ao foro privilegiado e, questionado após a cerimônia de posse sobre o fato de ter sido citado na delação do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, o peemedebista declarou que a nomeação dele não teve outro objetivo a não ser “fortalecer” a Presidência.

Manifestação de Temer

Na semana passada, Celso de Mello pediu, por “prudência”, informações ao presidente Michel Temer sobre a nomeação de Moreira Franco na Secretaria-Geral.

Embora partidos como a Rede tivessem argumentado que a posse foi uma “artimanha” do presidente, Temer argumentou, via documento enviado ao Supremo pela Advocacia-Geral da União, que não houve desvio de finalidade na nomeação do colega de partido.

“Não há qualquer investigação em curso contra o ministro e, conforme a jurisprudência desse Supremo Tribunal Federal, o impedimento a acesso a cargos públicos antes do trânsito em julgado de sentença condenatória viola o princípio da presunção de inocência”, dizia o documento.

Do G1

TRF mantém Moreira Franco como ministro de Temer, mas sem foro

Moreira Franco nomeado pelo presidente Michel Temer como ministro da Secretaria-Geral

Uma nova decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 2ª Região desta sexta-feira (10) determinou que Moreira Franco se mantenha no cargo de ministro do governo de Temer, mas sem direito à prerrogativa do foro.

A liminar foi feita pelo juiz federal Alcides Martins Ribeiro Filho, e contradiz uma outra decisão emitida pelo mesmo tribunal. Na quinta (9), a juíza federal Regina Coeli Formisano determinou, a anulação da nomeação de Moreira Franco ao cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Segundo o juiz Ribeiro Filho, Temer elevou Moreira Franco ao posto de ministro “com intuito de protegê-lo com foro privilegiado. Tal fato, atenta contra o princípio da moralidade administrativa, bem configura o desvio de finalidade”.

O magistrado lembra que o governo Temer inclusive extinguiu a pasta da Secretaria-Geral com a promessa de diminuir o número de ministérios. Ele alega ainda que não há situação emergencial que justifique a volta da pasta do governo federal.

“Não se afigura tal situação no caso em tela, justificando o manejo do instrumento emergencial, a não ser a possibilidade de conferir foro privilegiado ao Senhor Moreira Franco, conforme amplamente divulgado na mídia nacional. Sem mencionar o clamor público, por ato protecionista, que não foge aos olhos, do mais humilde dos brasileiros”, diz.

A decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região é uma resposta à defesa da Advocacia Geral da União.

Fonte: UOL

AGU diz que derrubou liminar que suspendia nomeação de Moreira Franco

Moreira Franco nomeado pelo presidente Michel Temer como ministro da Secretaria-Geral

A Advocacia-Geral da União informou nesta quinta-feira (9) que derrubou na Justiça a liminar que suspendia a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Nesta quarta (8), o juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal, determinou por meio de decisão liminar (provisória), a suspensão da ida de Moreira Franco para o ministério.

A ação com base na qual o juiz decidiu foi apresentada por três cidadãos na primeira instância da Justiça Federal em Brasília, sob a alegação de “desvio de finalidade” e “ofensa à moralidade”.

Eles argumentam que Moreira Franco foi nomeado pelo presidente Michel Temer, após a homologação da delação premiada da Odebrecht, para ganhar o chamado “foro privilegiado” – direito de ser investigado somente no Supremo Tribunal Federal (STF).

Moreira é citado nas delações, que estão sob segredo de Justiça. Não há inquérito aberto para investigá-lo.

A AGU recorreu da decisão contra a nomeação de Moreira ao presidente do Tribunal Regional Federal da primeira região, desembargador Hilton Queiroz, que acolheu o pedido.

Na liminar da quarta-feira, havia considerado que o caso de Moreira Franco era semelhante ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeado em março do ano passado pela ex-presidente Dilma Rousseff para ministro da Casa Civil. O juiz argumentou que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu desvio de finalidade na nomeação com objetivo de obter foro privilegiado.

Na época da nomeação de Lula, ele era investigado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

No recurso, a AGU argumentou que a situação de Moreira é diferente da de Lula porque se refere a citações de vazamentos das delações, que são sigilosas. A AGU também rejeitou intenção de dar foro privilegiado a ele. e disse que barrar a nomeação representaria danos irreparáveis à administração pública.

A decisão final sobre a questão será dada pelo STF, que já recebeu dois mandados de segurança, dos partidos Rede e Psol, questionando a nomeação. O relator do caso na Corte é o ministro Celso de Mello.

Fonte: G1

Juiz Federal suspende nomeação de Moreira Franco como ministro de Temer

Moreira Franco e Michel Termer

O juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal do Distrito Federal, determinou na tarde desta quarta-feira (8), por meio de decisão liminar (provisória), a suspensão da nomeação de Moreira Franco para ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

A nomeação de Moreira Franco foi contestada na Justiça por parlamentares e partidos de oposição. Eles argumentam que o presidente Michel Temer recriou o ministério e colocou Moreira no cargo de ministro com a intenção de dar a ele foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Antes, da nomeação, Moreira Franco era secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), função na qual não tinha status de ministro.

O ministro foi citado por Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Odebrecht, em delação da Operação Lava Jato . As delações foram homologadas pela presidente do STF, Cármen Lúcia na semana passada. Os depoimentos foram encaminhados para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá em quais casos pedirá ao STF abertura de inquérito.

Do G1

Nova regra de Temer extingue pena de 11 anos para ex-prefeito preso por pedofilia

Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari preso

O ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, recebeu indulto e teve extinção da pena de prisão de mais de 11 anos nesta quarta-feira (24). O Tribunal de Justiça do Amazonas, com base no parecer favorável do Ministério Público do Amazonas, concluiu que o ex-político se enquadrava nos requisitos do perdão presidencial, cujas regras foram estabelecidas pelo presidente Michel Temer. Adail cumpria pena por exploração sexual de crianças e adolescentes, entre outros crimes, em prisão domiciliar com uso de tornozeleira. Os supostos casos de pedofilia em Coari foram revelados em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, em janeiro de 2014. Segundo a Justiça, a decisão não cabe recurso.

A sentença foi assinada pelo juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Luís Carlos Valois. Na decisão, o magistrado cita que o ex-prefeito de Coari tem bom comportamento carcerário e atende os requisitos do Decreto Presidencial nº 8.940/2016, que trata do indulto presidencial. A aplicação do indulto que extingue a pena de Adail Pinheiro também teve manifestação favorável do Ministério Público. O magistrado explicou que cabe ao juiz declarar se o apenado se enquadra nas hipóteses do perdão presidencial.

“Eu não estou dando o indulto, eu só estou cumprindo a determinação presidencial. Quem analisou foi o Ministério Público, que manda para mim dizendo que está ok. Eu só vou mandar cumprir”, esclareceu o juiz ao G1.

O decreto presidencial prevê que o indulto seja concedido nos crimes praticados sem grave ameaça ou violência à pessoa, quando a pena privativa de liberdade não for superior a doze anos, desde que, tenha sido cumprido: um quarto da pena, se não reincidentes, ou um terço, se reincidentes.

“A pena aplicada e o período de pena cumprido, somados à ausência de infração disciplinar (requisito subjetivo disciplinado no art.9º do mesmo decreto) indicam que realmente o apenado preenche os requisitos do decreto, na forma do que já foi esclarecido nos autos, nesta decisão e no parecer do Ministério Público”, afirma o juiz Luís Carlos Valois, na sentença.

O magistrado determinou a expedição do alvará de soltura e Adail Pinheiro não cumprirá penas no processo crime de exploração sexual de crianças e adolescentes.

Adail estava preso desde dia 8 de fevereiro de 2014 e foi condenado a 11 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele foi preso pela primeira vez em 2008 durante a Operação Vorax, da Polícia Federal, por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões.

Leia mais em G1 AM

QUE VEXAME! Temer é chamado de ‘golpista’ em Portugal; assista ao vídeo

O presidente Michel Temer foi recebido em Portugal nesta terça-feira (10) com um protesto e gritos de ‘GOLPISTA’.

O peemedebista chegou a Lisboa acompanhado de seu hoje cicerone, o ex-presidente José Sarney, e esteve reunido com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.

Além de tentar estreitar os laços entre os dois países, Temer e Sarney se fizeram presentes no funeral do ex-presidente e ex-primeiro-ministro, Mário Soares, que morreu aos 92 anos no último sábado (7) e recebeu hoje as últimas homenagens no Mosteiro dos Jerônimos próximo à sede do governo português.

Além de Sarney, também integram a comitiva brasileira o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o subsecretário-geral de Assuntos Políticos Multilaterais, Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães.

Acusado de assédio e agressão, Secretário de Temer defende chacina em presídios

O secretário da Juventude, Bruno Júlio, ao lado de Michel Temer

O secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, deu uma declaração polêmica sobre as chacinas nos presídios de Roraima e Manaus. Bruno Júlio, que é filiado ao PMDB e foi nomeado para a secretaria em junho, afirmou que tinham que ter matado mais presos e que deveria haver uma chacina por semana. Depois, reafirmou a declaração em sua página pessoal no Facebook.

O secretário da Juventude deu a declaração para a coluna do jornalista Ilimar Franco, do jornal “O Globo”.

“Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, não é? Sou meio coxinha. Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana. 

“Está havendo uma valorização muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família que está saindo ou voltando do trabalho.”

“Isso que me deixa triste. Olha a repercussão que esse negócio do presídio teve e ninguém está se importando com as meninas que foram mortas em Campinas. Os que não têm nada a ver com nada que se explodam?”.

“Os santinhos que estavam lá dentro que estupraram, mataram [chamam de] ‘coitadinho’, ‘ai, meu Deus, eles não fizeram nada’, ‘foram [mortos] injustamente’… Para, gente!”, continuou o secretário.

“Esse politicamente correto que está virando o Brasil está ficando muito chato.”

Segundo o colunista de ‘O Globo’ Jorge Bastos Moreno, após essas declarações, o presidente Michel Temer examina exonerar o secretário.

A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não vai falar sobre o comentário do secretário. Já a Secretaria de Governo, a quem Bruno Júlio é subordinado, ainda não se manifestou.

Agressão à mulher

Bruno Júlio é investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil mineira, ele foi acusado de lesão corporal pela ex-mulher e de assédio sexual por uma funcionária em outras duas investigações.

A denúncia de agressão foi feita pela companheira do secretário em abril, na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em Belo Horizonte.

Segundo a polícia, a vítima relatou que Bruno Júlio a puxou pelo cabelo e deu tapas em seu rosto. A investigação, coordenada pela delegada Ana Paula Balbino, não foi concluída.

Outras acusações

Em outro caso, registrado como lesão corporal, Bruno Júlio é suspeito de agredir com socos, tapas, chutes e puxões de cabelo a mulher com quem tinha uma união estável em março de 2014. À época, ela ainda relatou à polícia que foi ameaçada com uma faca porque o então companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Na ocasião, por meio de nota, ele confirmou que teve um relacionamento com a mulher, com quem teve uma filha.

O secretário informou ainda que a criança está sob sua guarda, o que, segundo ele, demonstra “ser prova mais do que suficiente da solidez do relacionamento” que tem com a ex-companheira. Bruno Júlio destacou ainda que sua “relação familiar sempre se pautou pelo respeito e confiança”.

Em novembro de 2015, o secretário foi acusado de assédio sexual por uma funcionária. Na denúncia, a mulher contou que era ameaçada de demissão caso não saísse com ele.

A vítima disse à polícia que era perturbada e constrangida pelo patrão com elogios e convites para acompanhá-lo em viagens. De acordo com a polícia, ela entregou à delegada mensagens das ameaças enviadas por celular pelo secretário.

Em nota, Bruno Júlio afirmou que a acusação de assédio é frágil e que a denúncia somente ocorreu depois de comunicada à funcionária sua exoneração. “Não passou de retaliação”, afirmou o secretário. Na nota, o secretário não se posicionou sobre a investigação em andamento.

Leia abaixo a íntegra da nota do secretário, publicada após a repercussão da declaração de hoje:

Nota de esclarecimento

Hoje, terminada a entrevista com a jornalista Amanda Almeida, e falando como cidadão, em caráter pessoal, quando fui questionado sobre a nova chacina em Roraima, eu disse o seguinte:
1. Está havendo uma valorização muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família que está saindo ou voltando do trabalho.
2. Sou filho de policial e entendo o dilema diário de todas as família, quando meu pai saía de casa vivíamos a incerteza de saber se ele iria voltar, em razão do crescimento da violência.
3. O que eu quis dizer foi que, embora o presidiário também mereça respeito e consideração, temos que valorizar mais o combate à violência com mecanismos que o Estado não tem conseguido colocar a disposição da população plenamente.
Bruno Júlio

Fonte: G1