Motoristas e cobradores de ônibus pagam por peças quebradas e assaltos; assunto é tema de audiência

Audiência na Câmaral de São Luís com representantes do Ministério Público do Trabalho, Rodoviários e o Vereador Marcial, que propôs o debate
Audiência na Câmara de São Luís com representantes do Ministério Público do Trabalho, Rodoviários e o Vereador Marcial, que propôs o debate

O desconto nos salários de motoristas e cobradores de ônibus pelos patrões em razão da quebra de peças e assaltos foi debatido em audiência pública na Câmara Municipal de São Luís, nesta quinta-feira (11) na presença do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), Marcos Rosa.

A audiência foi proposta pelo vereador Marcial Lima (PEN) que acredita que os condutores dos coletivos da capital não pode ser penalizados por causa da insegurança pública e pela buraqueira em ruas e avenidas.

A falta de banheiros para os trabalhadores nos pontos finais de ônibus também foi discutida na audiência de hoje. Como resultado do encontro, foi criado um grupo de trabalho, composto por representantes dos Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte, Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Câmara de Vereadores e comunidade. Na próxima quinta-feira (18), às 15h, haverá uma reunião na sede do MPT-MA, no Calhau, para buscar soluções a esses problemas.

De acordo com o artigo 462 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o empregador pode efetuar descontos salariais, desde que comprove que o trabalhador agiu com culpa (imprudência, negligência ou imperícia) ou dolo (com intenção). No primeiro caso, o trabalhador ainda precisa concorda com a cobrança. Em ambos os casos, faz-se necessária a comprovação, inclusive por meio de perícia.

“O que tem ocorrido, segundo as denúncias, é que as empresas não têm dado oportunidade aos trabalhadores de se defenderem dessa cobrança tanto no caso da quebra de peças quanto nos roubos. Nesse último caso, os cobradores têm descontado todo o valor levado pelos assaltantes”, explicou Marcos Rosa.

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