Maranhão lidera em gastos com pensões vitalícias a ex-governadores; Roseana recebe e quer voltar ao poder

Ex-governadora, Roseana Sarney

Um estudo feito em todo o Brasil mostra que mesmo endividados e em crise financeira, os governos estaduais gastam pelo menos R$ 35,8 milhões por ano com o pagamento de pensões a ex-governadores e dependentes deles. Os pagamentos são legais embora tramitem na Justiça várias ações que questionam esses benefícios.

Um levantamento realizado pelo G1, divulgado nesta segunda-feira (6), revelou que em 16 Estados que pagam esses benefícios o gasto mensal chega a R$ 2,98 milhões. Pagam pensão vitalícia: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Acre e Rondônia. Algumas dessas pensões são pagas inclusive a quem ocupou o cargo por poucos meses ou poucos dias.

Ao todo, 76 ex-governadores recebem pensão dos Estados citados. Desses, 18 acumulam o benefício com aposentadoria de deputado ou senador e chegam a ganhar mais de R$ 50 mil por mês.

Há ainda outros 55 dependentes de políticos, a maioria viúvas, que recebem pensão dos Estados. Dezoito desses dependentes também acumulam pensões do Congresso. Também foram encontrados ainda 12 políticos que exercem atualmente mandato de senador ou deputado federal e que acumulam salário de congressista e pensão como ex-governador.

De acordo com esse levantamento, o Estado com a maior despesa é o Maranhão que gasta R$ 4,38 milhões por ano pagando os benefícios e R$ 365.653,32 ao mês, para seis ex-governadores e seis dependentes. E uma das que recebe a pensão é a peemedebista Roseana Sarney que pretende voltar ao governo maranhense candidatando-se ao próximo pleito em 2018. Ela, assim como os ex-governadores João Alberto, Edison Lobão, José Reinaldo Tavares, Epitácio Cafeteira e José Sarney, continuam recebendo mensalmente suas pensões vitalícias.

O Maranhão portanto, só perde em gastos para o Rio Grande do Sul, que tem um gasto de R$ 4 milhões ao ano.  O Rio de Janeiro, estado com a pior situação fiscal do país e que vem atrasando salários de servidores e pagamento a fornecedores, gasta mais de R$ 2 milhões por ano com as pensões.

A lista de quem recebe pensão como ex-governador inclui também políticos investigados e até condenados. É o caso do ex-governador e ex-senador mineiro Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e 10 meses de prisão em 2015 pelo chamado mensalão tucano.

Há quem receba também por dois Estados. É o caso do ex-governador Pedro Pedrossian, governador do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, recebe duas pensões, de R$ 24.117,64 e R$ 30.471,11, respectivamente, num total de R$ 54.588,75 por mês.

Para chegar a esse resultado, o G1 pediu a todos os governos de Estados e do Distrito Federal a relação de ex-governadores e dependentes que recebem pensão e dos valores pagos a eles. Somente o governo da Bahia não respondeu.

Editado, com informações do G1

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