Prefeitura de Carolina monta farsa de R$ 1,5 milhão para licitação de Carnaval

Foto Reprodução: Blog Cidade Em Ação

Os contratados do governo municipal de Erivelton Neves (SD) em Carolina ainda não viram a cor do dinheiro este ano. Ainda não se sabe ao certo a data de início do ano letivo na zona rural. Alunos da zona urbana ainda não sentiram sequer o cheiro de merenda escolar. O transporte escolar ainda não foi licitado. Pacientes reclamam que só há dipirona no Hospital Municipal e outros são obrigados a comprar material para simples curativos. O próprio prefeito deu entrevista afirmando que as equipes da limpeza urbana e da Saúde foram reduzidas e novos cortes podem ocorrer. Mas, além de esquentar o contrato da empresa da limpeza urbana do governo Ubiratan Jucá (PMDB), sem licitação, por R$ 1.154.100,00 (hum milhão, cento e cinquenta e quatro mil e cem reais), o Carnaval vai custar aos cofres públicos mais de R$ 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil reais), apesar de ter alegado falta de recursos para patrocínio aos blocos tradicionais da cidade.

Confira aqui a publicação no Diário Oficial.

O negócio começa a parecer estranho quando se vê a propaganda de 12 bandas para os quatro dias de folia, mas se observa publicado no Diário Oficial a contratação de apenas quatro no valor de R$ 198.000,00, além de uma empresa de Araguaína (TO) no valor de R$ 1.358.500,00 – para aquela velha historinha de palcos, som, iluminação e banheiros…

Na última entrevista o prefeito tentou justificar a inércia do governo em várias frentes da administração por, segundo ele, dificuldades financeiras por qual passa a prefeitura. Porém, contrariando as próprias palavras, Erivelton Neves promove um carnaval de gastança do dinheiro público e nem de longe seguiu exemplo de cidades com potencial econômico incomparável com o da pequena Carolina. Um exemplo é Açailândia. Terceira cidade maranhense em arrecadação de imposto cancelou a programação do Carnaval. Motivo: falta de recursos.

FARSA – Erivelton justificou a falta de licitação dando aos contratos o caráter de inexigibilidade de licitação, o que pela Lei de Licitação, só seria possível se não tivesse concorrentes para prestação do serviço. O que não é o caso dos contratos das bandas (existem centenas delas no mercado) e da empresa promotora de eventos (outro caso de mercado recheado de concorrentes). Os contratos foram publicado uma semana antes do Carnaval exatamente para parecer que não há tempo de concorrentes apresentarem propostas. Resumindo, uma farsa montada para negociatas com dinheiro público.

Lembrando que por muito menos, muito menos mesmo, no processo licitatório o Ministério Público cancelou o concurso que daria emprego para mais de 300 pessoas.

Mas, Carolina é Carolina. Tudo pode por estas bandas e com estas bandas…

Do Blog Cidade Em Ação

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