De O Imparcial Online
O velório de Humberto Barbosa Mendes, grande ícone do Bumba meu Boi do Maranhão, está sendo realizado no barracão do Boi de Maracanã, no Maracanã, desde ontem (19). O corpo será enterrado no cemitério da comunidade, às 16h, próximo ao local do velório.
Durante o velório, muitas autoridades e políticos estiveram presentes. O ex-ministro de Turismo Gastão Vieira foi ao local deixar sua palavra de apoio à família e lamentou o fato. “A morte de Humberto significa uma perda inestimável para a cultura maranhense. Com toda dificuldade ele conseguiu manter o trabalho fantástico que foi o Boi de Maracanã. Então a cultura maranhense perdeu um grande expoente e que talvez sua perda seja irreparável,” afirmou.
Além de Gastão Vieira, quem compareceu ao local foi a cantora Patativa, que declarou uma relação de amizade com Humberto. “Tinha Humberto como amigo, além de ser fã do seu trabalho. Admirava o amor que ele tinha pela cultura popular, espero que seus filhos deem continuidade a esse trabalho valioso”.
Neste momento, familiares e autoridades estão em uma celebração em homenagem à memória de Humberto de Maracanã. A toda hora chegam mais pessoas no Barracão e muitos são moradores do bairro, que deixam seu adeus ao grande cantador da cultura maranhense.
O cortejo sairá às 16h da sede do Boi de Maracanã e vai passar por algumas ruas do bairro. Durante o cortejo os integrantes do boi vão acompanhar tocando as canções imortalizadas na voz de Humberto. Segundo a esposa de Humberto, Maria Lina, ela disse que o marido teria feito um pedido na semana passada, se caso morresse queria que o velório fosse no Barracão do Boi de Maracanã e que o cortejo tivesse o boi tocando , até seu corpo chegar ao cemitério, não tendo tristeza, mas sim alegria.
Humberto nasceu em São Luís, no dia 2 de novembro de 1939, era casado e pai de 22 filhos. Mestre em cultura popular reconhecido pelo Ministério da Cultura, ele também foi premiado como mestre da cultura brasileira no 23º Prêmio da Música Brasileira.
Há mais de 40 anos fazia parte de um dos mais tradicionais grupos de bumba meu boi, no sotaque de matraca, o Boi de Maracanã, do qual era compositor e intérprete de toadas desde os 12 anos.