Responsabilidade socioambiental, um desafio para a CAEMA

Coordenadoria socioambiental da Caema vistoriando comunidades de São Luís

Por Marcos Silva

Tenho muito orgulho de ter sido aprovado em concurso público para a CAEMA. E há 13 anos ter iniciado meu laboro no saneamento ambiental. Também tenho a felicidade de estar desde agosto de 2019 na coordenadoria socioambiental com a tarefa de desenvolver os Projetos Sociais e a Educação Ambiental em uma perspectiva de Responsabilidade Social.

A CAEMA opera os serviços públicos de abastecimento de água em 139 municípios sedes, destes 37 a população já conta com mais de 90% dos domicílios com água nas torneiras e 20 deles 100% da população urbana já dispõe dos serviços públicos de água (SNIS, 2017). A capital São Luís conta com 4 sistemas de água ambos integrados, o que faz com que 88% da população urbana tenhamos acesso á água potável. Temos muitos desafios pela frente, por exemplo: reduzir as perdas físicas e aparentes que faz com que dos 351 litros de água produzidos por dia para cada habitante 225 sejam desperdiçados, ou seja, dinheiro público, energia e força de trabalho sendo jogados fora. Caso se tenha sucesso na redução das perdas a CAEMA teria condições de acabar com a intermitência de água hoje existente na maioria dos bairros da capital maranhense.

Quanto ao esgotamento sanitário a cidade de São Luís saiu de 28% de coleta em 2009, para 51% em 2017 (INIS, 2017). Também avançou de 4% de esgoto tratado para mais de 30% e objetiva-se chegar a 70%. No entanto, sabendo das dificuldades que se tem hoje por parte do governo federal para financiar a expansão e revitalização dos serviços de saneamento básico, pois a CAEMA e o governo Flávio Dino tem o desafio de tentar viabilizar quem sabe uma parceria pública privada para o setor de esgotamento sanitário. Por fim lembrar que com todas as dificuldades históricas e atuais, mas a CAEMA continua firme buscando a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário praticando a menor tarifa de água do estado e uma das menos do Brasil. Além de não usar de métodos de criminalização e o uso da força policial para desligar água dos que não pagam as tarifas como o faz o setor privado.

De minha parte fica o compromisso de uma pessoa que resolveu dedica-se a pesquisa cientifica no campo do saneamento ambiental e atuar na gestão e educação ambiental em favor da universalização do saneamento ambiental com praticas sustentáveis. Nossa concepção é que o saneamento só avança com a disposição política dos governos em oferta os serviços, com a consolidação de uma equipe de gestão que pratique a sustentabilidade (eficiência econômica, aceitação social e defesa das normas ambientais), além da essencial participação popular.

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