Anistia associa ‘incoerência do governo Bolsonaro’ a retrocessos dos direitos humanos

Presidente Jair Bolsonaro

Um relatório da Anistia Internacional divulgado nesta quinta-feira (27) aponta que o ano de 2019 foi marcado por retrocessos para os direitos humanos no Brasil. O levantamento anual mapeou o cenário de 24 países das Américas.

Desigualdade, corrupção, violência, degradação ambiental, impunidade e enfraquecimento das instituições continuaram sendo uma realidade comum nas Américas, resultando em violações diárias dos direitos humanos para milhões de pessoas”, diz a introdução do relatório.

De acordo com a organização internacional, em vez de estabelecer mecanismos para promover o diálogo e tratar das preocupações da população, autoridades dos países mapeados recorreram à violência no policiamento de manifestações e, em alguns casos, ao aumento da militarização das operações de ordem pública.

No caso do Brasil, a Anistia afirma que o presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades mantiveram um discurso abertamente contrário aos direitos humanos e que isso foi traduzido em medidas administrativas e legislativas.

O relatório destacou a falta de uma política coerente do governo federal para combater o desmatamento e prevenir os incêndios na amazônia.

Destacou que o governo Bolsonaro não cumpriu a obrigação de proteger os povos indígenas e ainda adotou medidas que aumentaram os riscos para essa população.

A Anistia denunciou os ataques e ameaças contra ativistas de direitos humanos que atuam no país e alertou para a impunidade, citando como exemplo o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, há quase dois anos. Até hoje, os mandantes do crime ainda não foram presos.

O relatório denunciou ainda o crescimento da violência policial, alimentada pelo discurso de autoridades federais e estaduais.

Nesse ponto, a Anistia cita nominalmente o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O relatório lembra que as principais vítimas dessa política de segurança são os jovens negros de favelas.

Do G1

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