“Não queria matar, só dar um susto”, disse assassino do jovem Yago Sik

Lucas Albo se apresentando à polícia

Suspeito de assassinar o jovem Dj maranhense Yago Sik, 23 anos, com dois tiros após o fim de uma festa no Conic, Lucas Albo, 22 anos, acaba de deixar as dependências da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Ele segue para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde deve ficar até esta quinta-feira (6), antes de ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Um dia após a morte de Yago Sik, a ex-namorada de Lucas Albo entrou com um pedido de medidas protetivas de urgência — ocorrência de Maria da Penha — no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). O processo tramita no Primeiro Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Brasília.

O investigado ainda chegou a ser preso, em 2014, por porte ilegal de munição de pistola 9mm de uso restrito, mas foi solto poucos dias depois, na audiência de custódia. À Justiça, ele disse que portava as balas como enfeite. Na mesma ocasião, o pai dele, Pedro José de Oliveira Neto, que estava com uma arma, também ficou detido. Lucas foi absolvido e o pai, teve extinta a punibilidade após cumprir requisitos legais.

Crime premeditado

À Polícia Civil, Lucas Albo afirmou que não tinha intenção de matar Yago Sik, mas, apenas “dar um susto” no rapaz. A corporação, contudo, trabalha com a linha de investigação de crime premeditado, uma vez que o suspeito deixou a festa para buscar a arma do crime, voltou ao Conic e esperou até que Yago saísse do local para executá-lo.

O investigado ainda enviou mensagens via WhatsApp à ex-namorada, poucas horas antes do crime, afirmando que mataria a moça e Yago Sik. A Polícia Civil confirma a existência do texto. Sobre as mensagens, o acusado confirma: “Enviei, sim”, disse.

Lucas Albo será indiciado por ameaça, injúria, homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima. Se condenado, pode pegar de 15 a 30 anos de prisão.

Negociação

Após o crime, que ocorreu às 6h de domingo (2/7), Lucas teria se escondido na casa de conhecidos em São Sebastião, onde esteve até a noite dessa terça-feira (4/7). Ao ser apresentado à polícia, o acusado chorou muito e negou o uso de qualquer tipo de entorpecentes. Ele, porém não soube explicar como saiu do local do crime e disse não saber do paradeiro da arma utilizada.

A prisão decorreu a partir de negociação entre a Polícia Civil e o advogado de defesa de Lucas, que solicitou que o acusado não fosse apresentado à imprensa. Com a polícia já a caminho da casa onde o rapaz mora com a família, no Jardim Botânico, o suspeito teria fugido, mas, minutos depois, voltou ao local e se entregou. Lucas já foi preso duas vezes por porte de arma de fogo e, segundo a investigação, a família se mostrou extremamente chocada com o crime e ajudou na negociação que resultou na prisão de Lucas.

Fonte: Correio Braziliense

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