Operação Paraíso Fiscal prende membros de organização criminosa

Criminosos agiam no Maranhão, Pará, Bahia e Piauí
Criminosos agiam no Maranhão, Pará, Bahia e Piauí

Foram presos nesta quinta-feira (25), em Goiânia (GO), Nelton Carrijo Gomes e Thaisa Vieira de Moura, membros de uma organização criminosa que atuava nos estados do Pará, Piauí, Bahia e Maranhão. Outros mandados de prisão estão a cumprir.

As equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Maranhão e de Goiás, além da Polícia Civil dos dois Estados também cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Nelson Carrijo Gomes e Nelton Carrijo Gomes, em Goiânia, e na sede da Agropecuária MCD LTDA /MCD Agência de Cargas.

No município de Aparecida de Goiânia, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Palisa Logística e Representação Comercial LTDA e PJT Contabilidade de Condomínios LTDA.

As equipes apreenderam documentos, dois computadores, uma arma e telefones celulares.

Segundo o Ministério Público do Maranhão e o 2º Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), as empresas de fachada foram registradas no Pará, Piauí e Bahia e mediante a emissão de notas fiscais eletrônicas falsas simulavam a venda de grandes quantidades de soja para a Agropecuária MCD LTDA, registrada no Maranhão e supostamente localizada em São João do Paraíso.

A organização criminosa inseria declarações dos valores devidos do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) nas notas fiscais frias com o objetivo de gerar créditos tributários falsos em favor da Agropecuária MCD LTDA.

Em seguida, a empresa vendia grãos de milho a empresas de outros estados e com os créditos tributários sonegava o pagamento dos impostos.

A Receita Estadual do Maranhão detectou, entre março de 2014 e novembro de 2016, 828 operações de simulação de compra de soja com as firmas de fachada, totalizando R$ 176.711.498,00. A Agropecuária MCD realizou 11.561 operações interestaduais de venda de mlho, no valor de R$ 212.935.854,00.

O Gaeco MPMA constatou que o esquema fraudulento causou um prejuízo de R$ 23.235.361,00 ao Estado do Maranhão.

No pedido de prisão e de apreensão, o Ministério Público e o 2º Departamento de Combate à Corrupção (Deccor)destacaram que os irmãos Nelton Carrijo Gomes, Nelson Carrijo Gomes e José Gomes de Fátima Júnior controlam a Agropecuária MCD LTDA.

Assinam a representação os promotores de justiça Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, Marcos Valentim Pinheiro Paixão e Klycia Luiza Castro de Menezes; além dos delegados da Polícia Civil Roberto Wagner Leite Fortes, Ricardo Luiz de Moura e Silva e Luiz Augusto Aloise de Macedo Mendes.

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