Tentando tirar uma casquinha da briga entre o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a presidente da República Dilma Rousseff (PT), a deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) protocolou nesta segunda-feira (20) junto à CPI da Petrobras, um requerimento.
Trata-se de um pedido de acareação entre Cunha e o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, que acusa o peemedebista de ter lhe pedido propina de US$ 5 milhões.
A parlamentar maranhense, que já se articula afim de juntar partidos que possam fortalecer sua candidatura em 2016 rumo à Prefeitura de São Luís, tenta dar um tiro no escuro e se sobressair nacionalmente.
No requerimento Eliziane argumenta que há divergência entre a versão dada pelo presidente da Câmara e a apresentada por Camargo, daí a necessidade de acareação.
“A confrontação de versões entre o empresário e o presidente da Câmara, na CPI, é necessária, já que Eduardo Cunha coloca em xeque a delação de quem o acusa. A comissão parlamentar precisa avançar neste sentido e, em consonância com as atividades do Judiciário, até porque não pode proteger este ou aquele personagem político”, justifica a deputada.
Cunha nega ter pedido propina e acusa o Palácio do Planalto de ter se articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incriminá-lo na Operação Lava Jato. Daí surgiu o rompimento entre o presidente da Câmara, agora oposicionista do governo, e Dilma Rousseff.
O pedido de acareação que antes seria protocolado por outro deputado e que não se sabe por que razão não foi, será analisado pela Comissão Parlamentar de Inquérito somente em agosto, após o fim do recesso parlamentar.