‘Operação Balaio’: PF age no Maranhão contra rombo milionário no INSS

Foto Reprodução

A Polícia Federal, em parceria com a COINP (Coordenação de Inteligência Previdenciária), deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), a ‘Operação Balaio’, com o fim de desarticular associações criminosas especializadas na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de fraudes na obtenção de benefícios da espécie pensão por morte.

A ação mobilizou mais de 90 Policiais Federais para o cumprimento de 23 mandados judiciais de busca e apreensão, todos expedidos 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Teresina, que judiciais foram cumpridos nos estados do Piauí e Maranhão.

No decorrer das investigações foram identificados cerca de 400 benefícios de pensão por morte de trabalhador rural atrelados às associações criminosas, com fortes indícios de fraude.

O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais de R$ 81 milhões. Estima-se, ainda, que a economia futura para o INSS com a identificação e revisão administrativa destes benefícios seja em montante próximo a R$ 120 milhões – cálculo com base na expectativa de vida informada pelo IBGE/quantidade de tempo até 21 anos, se menor.

Ainda a pedido da Polícia Federal, foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias dos CPFs de treze pessoas envolvidas nas fraudes identificadas que, somadas, alcançam montante de cerca de R$ 19 milhões.

As investigações apontam o envolvimento de quatro servidores do INSS, que, supostamente em conluio com intermediários de diversos municípios do Maranhão e Piauí, fraudavam benefícios da espécie pensão por morte mediante documentação falsa e direcionamento dos requerimentos de concessão.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos, corrupção passiva, falsidade ideológica e corrupção ativa.

Em ofício, Dino pede que PF investigue envio de joias da Arábia a Bolsonaro

Ministro Flávio Dino

Por meio de ofício encaminhado ao Diretor Geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos, nesta segunda-feira (6), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou apuração de “possíveis fatos criminosos” envolvendo o envio de joias da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro. De cordo com o documento há fortes indícios de “crimes contra a administração pública tipificados no Código Penal.”

O governo do ex-presidente tentou trazer joias com diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões da Arábia Saudita para o Brasil, em 2021. As peças eram um presente do governo saudita para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Na época, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Estavam na mochila de um assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), que integrou a comitiva do governo federal no Oriente Médio.

O caso foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, na última sexta- feira (3).

“Nos últimos dias, vieram a lume fatos relativos ao ingresso de joias de elevado valor em território nacional, transportadas por ex-ministro de Estado e um dos seus assessores, sem os procedimentos legais, conforme entendimento da autoridade administrativa competente. As joias, que foram apreendidas pela Receita Federal, seriam entregues ao então presidente da República, segundo reportagens veiculadas na imprensa nacional. Conforme documentos, houve, nos meses subsequentes, diversas providências visando à liberação das joias mantidas sob a guarda da Receita Federal”, disse Flávio Dino no ofício à PF pedindo investigação.

Confira a íntegra do documento: OFÍCIO Nº 218/2023/GM

PF e CGU amanhecem na Prefeitura de Pedreiras por fraudes e desvios

Polícia Federal em operação na Prefeitura de Pedreiras

A Polícia Federal, juntamente com a Controladoria Geral da União, deflagrou, na manhã desta quinta (2) nas cidades de Pedreiras, Bacabal, Lago do Junco e Lago dos Rodrigues, a Operação ‘Tira-Dente’, com a finalidade de desarticular grupo criminoso responsável pela inserção de dados manipulados nos sistemas do SUS, visando à elevação do teto de repasses de recursos federais para o município.

De acordo com as investigações, a maior parte dos recursos repassados irregularmente decorre de emendas parlamentares do chamado “Orçamento Secreto”, possivelmente desviados por meio de pagamentos superfaturados em contratações fraudulentas.

O município de Pedreiras, comandado pela prefeita Vanessa Maia, possui apenas 39 mil habitantes e teria informado, em 2021, a realização de mais de 540 mil extrações dentárias, o que equivaleria à extração de 14 dentes de cada morador municipal.

Além das exodontias, diversos outros procedimentos ambulatoriais teriam sido manipulados, o que pode ter impactado na elevação do teto de repasse de recursos federais no ano subsequente.

Com a participação da CGU, as investigações identificaram contratações – possivelmente fraudulentas – firmadas pelo município de Pedreiras, como meio de escoar tais recursos recebidos indevidamente.

A empresa investigada ocupa posição de destaque no “ranking” das empresas que mais receberam recursos públicos da saúde no período de 2019-2022 no estado do Maranhão, tendo sido beneficiada com mais de R$ 16 milhões em contratações públicas.

Diante desses fatos, a Polícia Federal cumpriu os onze mandados de busca e apreensão, além de demais medidas cautelares, como constrição patrimonial de R$ 1,8 milhão.

Foram suspensos os direitos de participar em licitações e de contratar com órgãos públicos dos empresários e empresas investigados.

PF na Prefeitura de Pedreiras

Ao todo, mais de 40 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pelo Juízo Federal de São Luís, que decorreram de representação elaborada pela Polícia Federal.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato e lavagem de dinheiro.

A operação foi batizada de “Tira-Dente” em razão da quantidade superestimada de extrações dentárias, inserida fraudulentamente nos sistemas do SUS, que superou a própria quantidade de habitantes do município.

Dino determina que PF instaure inquérito para apurar caso Marielle

Flávio Dino/ Marielle

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal instaure inquérito para investigar as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, executados a tiros em março de 2018, no Rio de Janeiro.

Quase cinco anos depois do crime, os mandantes e as motivações ainda não foram identificados.

O Ministério Público do PJ denunciou até agora Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos. Ambos estão presos.

PF cumpre mandados no MA por fraudes bancárias milionárias em contas de prefeituras

Polícia Federal em ‘Operação Cyber Impetum’

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta (16) a operação Cyber Impetum, com a execução de 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e São Paulo.

A operação tem por finalidade avançar nas investigações voltadas a apurar a atuação de organização criminosa responsável por fraudar mais de R$ 1,9 milhão, em janeiro de 2022, de contas bancárias de prefeituras municipais de diversos estados.

De acordo com os dados apresentados pela instituição financeira lesada, o grupo criminoso, com uso de engenharia social, realizou acessos e transações fraudulentas, ocasionando prejuízos financeiros aos clientes – pessoas jurídicas, órgãos e entidades governamentais.

Após a obtenção dos dados bancários, membro da organização realizou operações pela internet, efetuando transferências eletrônicas para contas bancárias diversas.

Além dos clientes que formalizaram o registro de ocorrência ilícita junto à instituição financeira, também foram identificados acessos, que ocorreram em contas de diversos outros clientes que até o momento não registraram contestações. Tal informação indica que o dinheiro desviado pelos criminosos pode superar o montante identificado até o momento.

Também estão sendo executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores voltados à descapitalização da estrutura criminosa, com a finalidade recuperar os ativos desviados.

São investigados os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético e lavagem de dinheiro.

O nome da operação, Cyber Impetum, é inspirado na expressão em latim que significa ataque cibernético, visto que a investigação identificou atuação dos criminosos que se dedicam a praticar furtos em contas bancárias, atacando de forma cibernética.

Divisão de Investigação e Operações Especiais da Polícia Federal

A Operação Cyber Impetum marca o surgimento da Divisão de Investigação e Operações Especiais dentro da estrutura da Coordenação Geral de Combate a Crimes Cibernéticos da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF).

A operação é mais uma ação decorrente do Acordo de Cooperação Técnica PF x Febraban de repressão às fraudes bancárias eletrônicas.

O combate aos crimes cibernéticos é uma prioridade da Polícia Federal, em linha com as diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que ganha a devida relevância e estrutura com a criação da DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF.

Flávio Dino afasta delegado Eguchi da Polícia Federal do Pará

Everaldo Eguchi foi candidato a prefeito de Belém

G1 – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, suspendeu por 45 dias o delegado Everaldo Jorge Martins Eguchi, da Polícia Federal. O policial paraense foi candidato a prefeito de Belém nas últimas eleições municipais.

A portaria com a determinação foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira (9). A portaria não deixa claro o que motivou a punição a Eguchi. Constam apenas dados de um processo interno ao qual ele foi submetido.

Procurada pelo g1, a assessoria de Eguchi informou que “no momento, o delegado está tomando conhecimento do afastamento e só poderá se manifestar com a orientação jurídica necessária”. Já Polícia Federal não deu retorno sobre o caso.

O delegado é filiado ao PL, apoiador de Jair Bolsonaro, e concorreu a deputado federal em 2022, mas não foi eleito. Em 2020, foi candidato a prefeito de Belém e disputou o segundo turno, mas também foi derrotado. À época, disputou o cargo pelo Patriota.

Em 2021, Eguchi foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investigava suspeitas de corrupção, associação criminosa e violação de sigilo profissional. Meses depois, o inquérito contra o delegado foi suspenso.

Presidente do PL pode depor em investigação sobre minuta do golpe, diz diretor-geral da PF

Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto

Novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues afirmou que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, provavelmente será chamado a depor como testemunha no inquérito que investiga a minuta de golpe encontrada com o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres.

“Provavelmente, eu não posso aqui cravar que isso acontecerá, provavelmente ele e qualquer outra pessoa que tiver informação ou relação com os episódios investigados pode ser chamado a ser ouvido na condição de testemunha para poder ajudar a esclarecer os fatos”, afirmou Passos ao blog, em sua primeira entrevista à frente da PF .

A chamada minuta do golpe foi apreendida na residência de Anderson Torres em ação da PF. O documento era a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do TSE, com objetivo de mudar o resultado das eleições de 2022.

Na sexta-feira (27), Costa Neto afirmou em entrevista ao jornal O Globo que diversos membros e interlocutores do governo Jair Bolsonaro tinham, em suas casas, propostas similares à “minuta do golpe”.

“Ele [Bolsonaro] nunca falou nesses assuntos comigo. Um dia eu falei: ‘Tudo que temos que fazer tem que ser dentro da lei.’ Ele falou: ‘Tem que ser dentro das quatro linhas da Constituição’. Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político”, disse Costa Neto em um trecho da resposta.

Antes da entrevista de Valdemar da Costa Neto, a PF iniciou apuração para identificar se a minuta circulou entre autoridades do governo Bolsonaro. Anderson Torres está preso em decorrência de investigação dos ataques golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro.

Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal, mas dois dias antes dos ataques viajou para a Flórida, nos Estados Unidos, mesma região em que está o ex-presidente Jair Bolsonaro.

PF acha minuta para Bolsonaro mudar resultado da eleição na casa de Anderson Torres

Anderson Torres e o ex-presidente Jair Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres uma minuta, que é uma proposta de decreto antes da publicação, para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurasse um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo da ação era reverter o resultado do segundo turno da eleição presidencial em que o presidente Lula (PT) foi o vencedor.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o documento foi encontrado no armário do ex-ministro durante a busca e apreensão realizada na última terça-feira (10) . A PF ainda investiga as circunstâncias da elaboração do documento golpista.

A minuta inconstitucional teria sido realizada após a realização das eleições. O objetivo do documento seria investigar hipotéticos casos de abuso de poder, suspeição de medidas ilegais da presidência do TSE antes, durante e depois do processo eleitoral. Fontes ouvidas pelo jornal dizem que documento cita o “reestabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta semana, a prisão de Anderson Torres. O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro era o secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) durante os atos golpistas realizados no último domingo (8). O agora ex-secretário estava de férias nos Estados Unidos, assim como Bolsonaro, durante os atos.

Congresso em Foco

PF prende passageiro no aeroporto de São Luís que trazia cocaína de Porto Velho

Foto Divulgação: PF

A Polícia Federal realizou na última sexta-feira (06) a prisão em flagrante de um homem, que não teve a identidade revelada, no aeroporto Marechal da Cunha Machado, que tentava desembarcar em São Luís com aproximadamente 4,12kg de pasta base e cocaína presa ao corpo, além de seis trouxinhas de maconha escondidas no solado do tênis.

A equipe de policiais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) realizava atividades de inspeção rotineira no aeroporto, quando suspeitou do comportamento do indivíduo.

O passageiro desembarcou em voo comercial proveniente de Porto Velho/RO.

Em depoimento, na Superintendência da PF, o suspeito confessou que tinha como objetivo revender o entorpecente na capital maranhense. Ele foi indiciado pelos crimes de tráfico interestadual e associação para o tráfico.

Nota à imprensa – PF cria e-mail para recebimento de denúncias

Foto Reprodução: Polícia Federal

A Polícia Federal criou o e-mail [email protected] para receber informações sobre os envolvidos nos atos do último domingo.

A PF segue investigando os atos de vandalismo com a execução de ações de polícia judiciária, realização de perícias e mobilização de policiais federais de vários Estados do país para apoio às forças de segurança no Distrito Federal.