Morre Marisa Letícia, esposa de Lula; família autoriza doação de órgãos

Marisa Letícia, ao lado do marido, o ex-presidente Lula

Depois do anúncio da piora do quadro clínico de Marisa Letícia Lula da Silva,  de 66 anos, feito pelo cardiologista Roberto Kalil Filho na noite desta quarta-feira (1º), ela não resistiu e faleceu nesta quinta-feira (2).

A informação foi confirmada pelo marido dela, o ex-presidente Lula pelo Facebook, onde ele agradecia às mensagens de apoio. “A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos”, disse Lula.

Ainda na madrugada, o jornalista Severino Motta informou através do Twitter (veja abaixo) que o ex-presidente já havia comunicado familiares e amigos mais próximos sobre a morte da esposa.

A ex-primeira-dama respirava apenas com ajuda de aparelhos, de acordo com o médico, e pelo último anúncio o quadro era de morte cerebral. Ela estava na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o último dia 24, depois de sofrer um AVC causado pelo rompimento de um aneurisma que fora identificado há dez anos atrás. O sangramento no cérebro foi controlado mas ela não resistiu.

Desde que começou a receber o tratamento para conter o AVC, Marisa esteve em coma induzido na UTI. Na segunda-feira, dia 30 de janeiro, foi detectada, em um ultrassom, a presença de trombose venosa profunda dos membros inferiores em Marisa. Os médicos realizaram a passagem de um filtro de veia cava inferior com o objetivo de prevenir a ocorrência de embolia.

A família já autorizou a doação de órgãos. Veja no último boletim do Hospital Sírio Libanês de hoje:

Fonte: Sírio Libanês
Foto Reprodução Twitter

Lamentável! Dona Marisa piora e quadro clínico é irreversível, afirma Dr Kalil

Marisa Letícia ao lado do marido Lula

O quadro clínico da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva é irreversível, segundo informou o cardiologista Roberto Kalil Filho na noite desta quarta-feira (1º). Dona Marisa não tem mais fluxo cerebral, está sedada e respira com ajuda de aparelhos, de acordo com o médico. Ela está na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, acompanhada de familiares.

Kalil relatou que a ex-primeira-dama apresentou sinais de melhora no início do dia. Na terça-feira, os médicos que a acompanham haviam retirado os sedativos que a mantinham em coma induzido desde terça-feira da semana passada. O estado de saúde de dona Marisa piorou a partir das 16h desta quarta-feira, levando a equipe do Sírio a retomar a aplicação dos remédios.

Segundo o cardiologista, três motivos levaram à piora do estado de saúde da ex-primeira-dama. A inflamação e o edema causados pelo AVC não regrediram, a pressão intracraniana aumentou e houve vasoespasmos (contrações de vasos sanguíneos) no cérebro.

Dona Marisa passou mal no apartamento em que mora em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, no início da tarde de 24 de janeiro. Ela foi levada a um pronto-socorro da cidade, de onde, após exames constatarem o AVC, foi transferida de ambulância para o Sírio-Libanês, na capital paulista. A ex-primeira-dama chegou consciente ao hospital por volta das 15h30 daquele dia.

Após passar por uma operação para estancar o sangramento no cérebro, dona Marisa foi conduzida à unidade de terapia intensiva (UTI), onde continua até esta quarta-feira.

Segundo Kalil, o AVC foi causado pelo rompimento de um aneurisma que fora identificado dez anos atrás. O aneurisma é uma alteração em uma artéria do cérebro. Seu rompimento provoca sangramento e inflamação.

Fonte: O Globo

Mulher de Lula sofre AVC e é internada às pressas em São Paulo

Foto Reprodução: Twitter

A mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dona Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, foi internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na tarde desta terça-feira (24). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, dona Marisa foi transferida para o local depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Ela está na sala de emergência do hospital e deve passar por uma cirurgia. De acordo com informações preliminares, seu estado é grave. O ex-presidente Lula já está no local. O Instituto Lula, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que por ora não tem nada a comentar sobre o caso.

Dona Marisa é ré em uma ação penal, junto com o marido, na Operação Lava Jato. Eles respondem pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a Petrobras e a Odebrecht.

Segundo o Ministério Público, ele recebeu propina da empreiteira Odebrecht por intermédio do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que também virou réu na ação, ao lado do empreiteiro Marcelo Odebrecht, e outras cinco pessoas.

De acordo com a investigação, o dinheiro foi usado para comprar um terreno, que seria usado para a construção de uma sede do Instituto Lula (R$ 12,4 milhões), e um apartamento em frente ao que mora em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo (R$ 504 mil).

A defesa de Lula informou que o ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu. Além disso, acrescentou que o Instituto Lula funciona no mesmo local há anos e que o petista nunca foi proprietário do terreno em questão.

Segundo os advogados do ex-presidente, a transação seria um “delírio acusatório”.

Do UOL

Casa da ‘Mãe Joana’: Palácio do Planalto não tem câmeras de segurança desde 2009

Palácio do Planalto em Brasília

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, afirmou que o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, não tem câmeras de segurança desde 2009.

A declaração de Etchegoyen foi dada em entrevista à revista “Veja” e a TV Globo confirmou a informação com o ministro neste sábado (14).

Na entrevista, ele disse, também, achar que a retirada foi proposital e que a situação “era de descontrole”. O general afirmou que impediram que as câmeras fossem recolocadas e que o palácio passou anos em que, convenientemente, não houve registro de imagens.
No palácio, funcionam, além da estrutura que atende aos servidores da Presidência, os gabinetes do próprio presidente e dos ministros da Casa Civil, da Secretaria de Governo e do GSI.

Segundo Sérgio Etchegoyen, as câmeras foram retiradas do palácio em 2009, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o Planalto passou por uma reforma (leia mais abaixo o que disseram o Instituto Lula e a assessoria da ex-presidente Dilma).

À TV Globo, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional informou, ainda, que foi aberto um processo de licitação para a instalação de novas câmeras.

Etchegoyen também disse que, ao assumir o GSI, em maio do ano passado, estranhou a ausência das câmeras de segurança.

Por fim, ele afirmou também que, em investigações ou pedidos do Congresso de imagens internas do Planalto, tem sempre de responder que não dispõe das imagens.

O que dizem Lula e Dilma

Procurado, o Instituto Lula não esclareceu por que as câmeras foram retiradas e nem por que não foram reinstaladas. Declarou apenas que, durante a presidência de Lula, a agenda dele sempre foi pública e acompanhada pela imprensa.

A assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff informou somente que “a responsabilidade pela segurança dos palácios presidenciais e das residências do presidente e do vice-Presidente sempre foi atribuição do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)” mas também não explicou por que as câmeras não foram reinstaladas.

O general Jorge Armando à época à frente do GSI, não foi encontrado para comentar a reportagem.

Fonte: G1

Deu na ÉPOCA: Waldir Maranhão flerta com o PT

Waldir Maranhão deve deixar o PP
Waldir Maranhão deve deixar o PP

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (MA), está com um pezinho no PT. Queimado com a cúpula do PP, seu atual partido, Maranhão já teve as bênçãos do ex-presidente Lula e o apoio do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para migrar de legenda.

Justiça Federal aceita denúncia contra Lula, Odebrecht e mais nove investigados

Ex-presidente Lula
Ex-presidente Lula

A Justiça Federal aceitou hoje (13) denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais nove investigados. Todos os acusados foram denunciados na segunda-feira (10) pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF).

Segundo a acusação, o ex-presidente teria atuado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros órgãos com o objetivo de garantir a liberação de financiamentos para obras em Angola.

A denúncia do MPF divide a atuação de Lula em dois momentos. No primeiro, ele é acusado de corrupção passiva, pois entre 2008 e 2010 era presidente da República. O segundo momento ocorreu entre 2011 e 2015 e a acusação é de tráfico de influência. Segundo os procuradores, mesmo fora do cargo, Lula atuou em benefício dos envolvidos.

O Ministério Público cita ainda que alguns dos pagamentos indevidos foram feitos como remuneração por palestras que teriam sido feitas pelo ex-presidente a convite da Odebrecht. “Nesse caso, a contratação foi feita por meio da empresa Lils Palestras, criada por Lula no início de 2011, menos de dois meses depois de deixar a Presidência”.

O recebimento da denúncia foi proferido pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília. Ao analisar o caso de forma preliminar, o juiz entendeu que não há justificativa para rejeitar a acusação.

“É o caso desta peça acusatória, que demonstrou até agora a plausibilidade e a verossimilhança das alegações em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e as descrições das condutas em correspondência aos documentos constantes do inquérito policial, havendo prova neste juízo perfunctório da materialidade e indícios das autorias delitivas”, decidiu o magistrado.

Em nota, a defesa de Lula disse, por meio de nota, que o ex-presidente nunca interferiu em projetos de financiamentos do BNDES e que ele é vítima de “acusações absurdas e sem provas”. “Como é público e notório, as decisões tomadas por aquele banco são colegiadas e baseadas no trabalho técnico de um corpo qualificado de funcionários. No prazo assinalado pelo juiz, será apresentada a defesa técnica em favor de Lula, que demonstrará a ausência dos requisitos legais necessários para o prosseguimento da ação e, ainda, que o ex-presidente não praticou qualquer dos crimes imputados – sem qualquer prova – pelo MPF”, diz trecho da nota.

Fonte: Agência Brasil

Mais um ex-ministro de Lula, Antonio Palocci e assessores vão pra cadeia

Ex-ministro, Antonio Palocci
Ex-ministro, Antonio Palocci

O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci foi preso na manhã desta segunda-feira por policiais federais que cumprem mandados de prisão pela 35ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Omertà”. A prisão de Palocci aconteceu em São Paulo.

Outros dois assessores de Palocci também tiveram suas prisões temporárias confirmadas. São eles Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete do então ministro da Fazenda, e Branislav Kontic.

Palocci é mais um dos ex-ministros do governos Lula e Dilma a ser preso pelos agentes na operação. Na semana passada, Guido Mantega foi detido na 34ª fase da Lava-Jato, batizada de Arquivo X. O ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma foi solto no mesmo dia, algumas horas depois, por meio de uma decisão de ofício do juiz Sérgio Moro.

Palocci foi ministro da Fazenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro da Casa Civil na gestão de Dilma. Era um dos coordenadores da campanha do PT à Presidência e mantinha um escritório de consultorias.

Foram expedidos 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Aproximadamente 180 policiais participam da operação.

A atual fase investiga indícios de uma relação criminosa entre Palocci com o comando da principal empreiteira do país, a Odebrecht, de acordo com a Polícia Federal. Segundo a PF, o investigado principal teria atuado diretamente como intermediário do grupo político do qual faz parte, gerando benefícios “vultosos” em valores ilícitos.

Uma das linhas de investigação apura as tratativas entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro para a tentativa de aprovação do projeto de lei de conversão da MP 460/2009 (que resultaria em imensos benefícios fiscais), aumento da linha de crédito junto ao BNDES para país africano com a qual a empresa tinha relações comerciais, além de interferência no procedimento licitatório da PETROBRAS para aquisição de 21 navios sonda para exploração da camada pré sal.

‘Italiano’ nas planilhas da Odebrecht

Outro núcleo da investigação apura pagamentos efetuados pelo chamado setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht para diversos beneficiários que estão sendo alvo de medidas de busca e condução coercitiva. Em planilhas do setor, que funcionava como uma “diretoria de propinas” da empresa, e em e-mails de Marcelo Odebrecht para executivos, Palocci era identificado com o codinome “italiano”.

Considerada uma das mais contundentes provas sobre o pagamento de propina a gentes políticos pela empreiteira, uma tabela nomeada “posição-italiano” foi encontrada na caixa de e-mail do ex-diretor da Odebrecht, Fernando Migliaccio no curso da Lava-Jato.

O documento traz um balanço de como foram repassados, entre 2008 e 2012, cerca de R$ 200 milhões a projetos como as eleições municipais de 2008, a disputa presidencial em El Salvador e valores pagos a JD, que a PF acredita ser Dirceu, e a João Santana.

A planilha termina indicando haver, em 2012, um saldo de R$ 79 milhões. A curto prazo, R$ 6 milhões estariam comprometidos com “Itália” – referência a Palocci – e R$ 23 milhões com o “amigo”, não identificado na tabela. Os demais R$ 50 milhões iriam para o “pós-Itália”.

Em depoimento de tentativa de delação premiada não consumada, realizado em abril deste ano, a mulher do marqueteiro do PT, Monica Moura, contou à Lava-jato quem era o “italiano” da tabela encontrada pela PF.

Na época, Palocci alegou não ter “qualquer relação com a tabela” de Migliaccio. Em nota divulgada na ocasião, o petista disse ver “com muita estranheza que seja atribuído a si o codinome ‘italiano’, já que este apelido foi vinculado a várias outras pessoas em materiais apreendidos pela PF”.

Máfia Italiana

Segundo a Polícia Federal, a nova fase da Lava-Jato foi batizada como “Omertà” por dois motivos. O primeiro seria uma referência à origem italiana do codinome usado pela Odebrecht para designar Antonio Palocci(“italiano”). De origem napolitana, a palavra “omertà” define o código de honra de organizações mafiosas do sul da Itália. Ao escolher o nome, a PF faz referência ao que seria um “voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht”, remetendo à “postura atual do comando da empresa que se mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados”.

O Globo

PF indicia Lula, a mulher dele e mais três por corrupção e lavagem de dinheiro

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-primeira-dama, Marisa Letícia
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-primeira-dama, Marisa Letícia

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (26), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no inquérito que investiga o tríplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, localizado no litoral de São Paulo. Lula é alvo de três investigações na Operação Lava Jato, em Curitiba – sede do escândalo de cartel e corrupção na Petrobrás. Ele foi enquadrado por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Também foram indiciados a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS, José Adelmario Pinheiro Filho (conhecido como Léo Pinheiro) e o arquiteto Paulo Gordilho. Lula e Okamotto foram indiciados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica; Marisa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Paulo Gordilho por corrupção ativa e lavagem de dinheiro e Léo Pinheiro por corrupção ativa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

“Foi possível apurar que o casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançam R$ 2.430.193,61 referentes as obras de reforma no apartamento 164-A do Edifícios Solaris, bem como no custeio de armazenagem de bem do casal”, afirmou o delegado federal Márcio Adriano Anselmo, que assina o indiciamento.

No documento, o grupo de trabalho da PF para a Operação Lava Jato expõe conversas e trocas de mensagens entre os investigados e fotos do tríplex.

Editado, com informações do G1 PR

STF determina investigação de Lula e Dilma por obstrução da Lava Jato

Ex-presidente Lula ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff
Ex-presidente Lula ao lado da presidente afastada Dilma Rousseff

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinou a abertura de inquérito para investigar a presidenta afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta obstrução das investigações da Operação Lava Jato. A investigação atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Também serão investigados os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas e o ex-senador Delcídio do Amaral.

O pedido do procurador é baseado na delação premiada feita pelo então senador Delcídio do Amaral. Em uma das oitivas, o senador acusou a presidenta afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula terem interesse em nomear, no ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para barrar as investigações da Operação Lava Jato e libertar empreiteiros presos.

Segundo o ex-senador, a suposta tentativa contou com o apoio de José Eduardo Cardozo, que na época ocupava o cargo de ministro da Justiça, responsável por indicar informalmente à Presidência da República nomes de possíveis candidatos e do ex-ministro Aloizio Mercadante.

Outro lado

Em nota, a defesa de Lula afirmou que o ex-presidente jamais interferiu nas investigações da Lava Jato. Os advogados também sustentaram que Lula não se opõe a qualquer investigação, desde que o direito de defesa seja respeitado.

“Se o Procurador-Geral da República pretende investigar o ex-presidente pelo teor de conversas telefônicas interceptadas, deveria, também, por isonomia, tomar providências em relação à atuação do juiz da Lava Jato [Moro] que deu publicidade a essas interceptações — já que a lei considera, em tese, criminosa essa conduta”, diz a defesa.

Dilma Rousseff declarou, por meio da assessoria, que não praticou nenhum ato para barrar as investigações da Lava Jato.

“A assessoria de imprensa da presidenta Dilma Rousseff afirma que a abertura do inquérito é importante para elucidar os fatos e esclarecer que em nenhum momento houve obstrução de Justiça. A verdade irá prevalecer”, diz a nota.

Em nota, Mercadante negou que tenha obstruído as investigações. “A decisão do Supremo Tribunal Federal de abertura de inquérito será uma oportunidade para o ex-ministro, Aloizio Mercadante, demonstrar que sua atitude foi de solidariedade e que não houve qualquer tentativa de obstrução da justiça ou de impedimento da delação do então senador Delcidio do Amaral”, diz a nota.

A Agência Brasil entrou em contato com os ministros do STJ, que informaram que não vão se manifestar hoje sobre a abertura da investigação.

Fonte: EBC

A CASA CAIU: Lula e mais seis viram réus por obstrução da Lava Jato

Ex-presidente Lula tentou obstruir Lava Jato
Ex-presidente Lula tentou obstruir Lava Jato

A Justiça Federal aceitou hoje (29) denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral, e mais cinco acusados pelo crime de obstrução das investigações da Operação Lava Jato.

Com a decisão, Lula e Delcídio passam à condição de réus na ação penal, além do ex-controlador do Banco BTG André Esteves, Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio; o empresário José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, e o advogado Edson Ribeiro.

Todos os envolvidos são acusados de tentar impedir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada com a força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato.

Na semana passada, o MPF reiterou a denúncia contra os acusados, que já haviam sido denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No entanto, no dia 24 de junho, o ministro Teori Zavascki remeteu o processo para a Justiça Federal em Brasília, por entender que a suposta tentativa de embaraçar as investigações ocorreu na capital federal. Além disso, com a cassação do mandato de Delcídio do Amaral, nenhum dos envolvidos permaneceu com foro privilegiado na Corte.

Outro lado

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que ainda não foi notificada do recebimento da denúncia, mas disse que, ao final do processo, a inocência de Lula será “certamente reconhecida”. Os advogados também informaram que o ex-presidente já esclareceu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que” jamais interferiu ou tentou interferir em depoimentos relativos à Lava Jato”.

“A acusação se baseia exclusivamente em delação premiada de réu confesso e sem credibilidade – que fez acordo com o Ministério Público Federal para ser transferido para prisão domiciliar. Lula não se opõe a qualquer investigação, desde que realizada com a observância do devido processo legal e das garantias fundamentais”, concluiu a defesa.

As defesas de José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai afirmaram que os réus nunca tentaram impedir o acordo de delação de Nestor Cerveró. O advogado da André Esteves, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que o ex-senador Delcídio do Amaral negou em depoimento o envolvimento do ex-controlador do BTG Pactual no caso.

Fonte: EBC