Novos veículos irão reforçar ações de saúde no interior do Estado

Carlos Lula, Secretário de Saúde

O governador Flávio Dino entrega veículos para reforço às ações de saúde nos municípios do interior do Maranhão. São ambulâncias para oito cidades e 18 vans para atender as regionais de saúde. A solenidade de entrega será nesta quarta-feira (27), a partir das 14h, no Palácio Henrique de La Roque, no Calhau, e contará com presença do Secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula.

As vans são equipadas com câmaras refrigeradas para transporte de vacinas da unidade regional até os municípios. A função é garantir segurança e a devida conservação destes produtos, que precisam ficar acondicionados em temperaturas específicas para terem suas propriedades intactas.

Os veículos atendem às unidades regionais de saúde do interior do estado e integram o Programa Estadual de Imunização. Foram investidos aproximadamente R$ 2,5 milhões para aquisição das ambulâncias e vans.

As ambulâncias vão servir aos municípios de Bernardo do Mearim, Cajari, Davinópolis, Fernando Falcão, Luís Domingues, Sambaíba, Timbiras e Turilândia. Os veículos fortalecem a rede estadual de saúde garantindo a segurança do transporte de pacientes.

Os veículos possuem duas macas, duas pranchas, um umidificador, cadeira de rodas, cilindro e bala de transporte para oxigênio. Estas ambulâncias estão equipadas de modo a serem usadas como Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e semi-UTI, e podem ser transformadas em Unidade de Suporte Avançado (USA).

Feliz Esperança!

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

Existem pessoas amantes da manhã, do sol, da agitação da vida e que não suportam a hora da solidão noturna. O silêncio, o fim do dia, a quietude pode entristecer alguns corações, mas alegrar tantos outros. Diariamente, há os ansiosos pela aurora e outros pelo crepúsculo. Ambos esperam com base no vir ou ir do sol. A despeito de não desejarem a mudança da paisagem no céu, aguardam com esperança as alegrias contidas naquele período.

Na saúde, a expectativa sobre a passagem de tempo é diferente. Segundos, minutos, horas são períodos de risco – entre a inesquecível alegria e a tristeza irreparável. Sol, lua, chuva ou raios não fazem a menor diferença. A agonizante espera também é amenizada pela esperança. Este sentimento ora está arraigado à fé, ora à capacidade resolutiva de profissionais especializados.

Para o cardiologista escocês, Robert McNair Wilson, a esperança deve ser usada como remédio, mais que qualquer outro medicamento. Isto é, o conhecimento técnico-científico leva em consideração os fatores emocionais como condição de recuperação do paciente, e as usa como ferramentas a favor do mesmo.

Neste caso, a esperança precisa ser fortalecida pelo efeito ‘contágio’. Nas unidades de saúde, equipes médicas e assistenciais se empenham em envolver familiares e amigos para auxiliar na recuperação dos pacientes, promovendo uma esperança coletiva. Até certo ponto, o sentimento não se preocupa com vida ou morte, mas em fornecer energia e alegria enquanto se está vivo.

Se otimistas esperam por dias melhores, os realistas esperam viver bem o dia de hoje. Nenhum dos pensamentos exclui a esperança, que na verdade é a expectativa sobre o que ainda não chegou.

Me permitam aqui lembrar a canção dos Beatles, ‘Here comes the sun’. A balada descreve a esperança pela chegada do sol, que mandará o longo, frio e solitário inverno embora. Saber disso, segundo a música, traz de volta sorrisos aos rostos – promove, no fim das contas, a esperança por outros dias.

Dentro de prédios sem vida, nos setores administrativos e burocráticos, o sentimento também move uma multidão de servidores. A esperança permite um planejamento mais ousado, um investimento mais agressivo, a fim de ampliar, fortalecer e garantir o acesso de todos os usuários do Sistema Único de Saúde do Maranhão, a serviços cada vez mais diversos, que os possa amparar.

A expectativa de atender muitos bebês com microcefalia levou à criação do Projeto Ninar. Para reduzir filas, dores e lesões – aparentemente irreversíveis – houve a inauguração do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão. Para garantir que grávidas não percam seus bebês, houve a adequação do Hospital Regional de Balsas para maternidade. Apenas três exemplos de novos serviços que são frutos de um planejamento de profissionais esperançosos por estender o atendimento especializado a nossa população.

Por vezes, o vento é tão frio que faz parecer que o verão não chegará. Mas nunca podemos esquecer que mesmo as notícias mais tristes podem resultar nas mais belas histórias. Cientistas da Universidade de Washington descobriram que, por motivos ainda não compreendidos, o Zika Vírus ataca as células tumorais do glioblastoma, um câncer no cérebro que mata 90% de suas vítimas. Além de frear o crescimento do tumor, o vírus foi capaz de aumentar a eficácia da quimioterapia. Isso não quer dizer que em curto prazo teremos uma solução para esse câncer, mas é uma metáfora clara: o inverno pode até chegar, mas não dura para sempre.

Os riscos, as calúnias políticas e a crise econômica não abalaram os grandes projetos voltados à população na área da saúde no estado. Não tememos nem dia nem noite. Adotamos uma política onde cada instante é valioso para salvar vidas ou para aliviar as dores de quem está se despedindo. Exercitamos nossa esperança em dias melhores perseverando na construção de um Maranhão mais justo e igualitário. A tarefa não é fácil, mas é a esperança que nos motiva. Feliz novo dia!

Reviravolta na Operação Pegadores: caso só poderá ser julgado pelo TRF

Fachada do Tribunal Regional Federal da 1ª região, em Brasília (DF)

Reconhecendo que a Justiça de primeiro grau não possui competência para dar sequência ao processo investigatório na Operação Pegadores, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, atendeu o pedido impetrado pelo Secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula, decidindo encaminhar à Brasília (instância federal) todos os processos relacionados à operação deflagrada recentemente pela Polícia Federal que apura desvios e fraudes na Saúde Pública do Maranhão.

De acordo o Desembargador Federal Ney Bello – que reconheceu abuso da PF – a competência para julgar o caso é da Segunda Corte, e os autos deverão ser distribuídos na 2ª Seção.

Isso significa dizer que foi deferido o pedido liminar determinando a remessa imediata à Corte Federal de todo o processo para que então o mesmo se reinicie, conforme decisão abaixo.

Foto Reprodução: TRF
Foto Reprodução: TRF

Alerta Vermelho

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

O Dezembro Vermelho é uma das campanhas do calendário da saúde com menor engajamento social. O alerta está ofuscado pelo mês mais comercial do ano. A mobilização é menos atraente que as festas e compras de fim de ano. Além disso, a falta de sensibilização constrói um caminho perigoso para conter o aumento do número de pessoas com diagnóstico positivo para HIV.

No início da década de 1980, os veículos de comunicação traziam manchetes sensacionalistas acerca da epidemia da Aids. Contra a paranoia sexual desencadeada pela mídia, Marcelo Secron Bessa, no livro “Os perigosos: autobiografias & AIDS”, escreveu: “O que é que se faz quando aquilo que era possibilidade de prazer – o toque, o beijo, o mergulho no corpo alheio capaz de nos aliviar da sensação de finitude e incomunicabilidade – começa a se tornar possibilidade de horror? Quando amor vira risco de contaminação”.

A exploração de imagens de pessoas vivendo com a Aids – no tempo em que pesquisas sobre tratamento ainda engatinhavam – provocou também um preconceito, quase irremediável, com a pessoa com diagnóstico positivo para o vírus HIV. A capa do cantor Cazuza na capa da Revista Veja de 26 de abril de 1989, à beira da morte contribuiu para reforçar o comportamento repulsivo da sociedade.

Três décadas depois, o discurso conservador ainda fortalece os estereótipos em torno da doença – principalmente em torno dos homossexuais. No entanto, o sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz apresentou o resultado da pesquisa sobre o perfil dos soropositivos. Segundo o levantamento, 67,5% dos casos pertenciam ao grupo de heterossexuais.

Em 2005, o Maranhão notificou 684 novos casos de Aids. Passados 10 anos, o diagnóstico positivo alcançou 1.512 pessoas. A descentralização dos testes rápidos para as 19 Regionais de Saúde do Estado favoreceram a detecção, mesmo diante do aumento do número de casos, mas ainda há resistência e medo em se submeter ao exame.

Outro importante aspecto desse levantamento aponta que a doença atinge uma parcela cada vez mais jovem da sociedade. Se na década de 1980, as mortes em decorrência da Aids afugentaram jovens do sexo; no século 21, os medicamentos se encarregaram de trazer mais qualidade de vida e longevidade aos soropositivos, e, assim despreocupação com a prevenção – isto é, uso de preservativos em toda relação sexual e testes rápidos de rotina.

Precisamos superar o medo, o preconceito e, agora, o desleixo. Este ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) apresentou, na abertura da Campanha do Dezembro Vermelho, uma mandala para representar o uso combinado de intervenções biomédicas, comportamentais e estruturais aplicadas no nível individual, grupos sociais e das instituições de saúde para interromper a contaminação pelo vírus – denominada de prevenção combinada.

Os maranhenses contam com uma rede de atendimento especializado distribuídos por 20 unidades de saúde, incluindo o Hospital Presidente Vargas da rede estadual de saúde, para tratamento de pessoas vivendo com HIV. Como estímulo à prevenção e diagnóstico, as unidades básicas de saúde ofertam insumos de prevenção – preservativos e lubrificantes, distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – e testagem rápida.

Nem jingle bells nem o piscar das luzes da cidade devem ofuscar o alerta sobre o vírus HIV. Como diz o tema deste ano, “A Aids não aceita desculpas. Tem Prevenção. Tem Tratamento”. Dezembro Vermelho é uma campanha para salvar vidas!

Mais Saúde contabiliza mais de sete mil atendimentos na região do Caratatiua

Moradores da região do Caratatiua atendidos na 7ª edição do Mais Saúde

Com 7.413 atendimentos, o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), encerrou neste domingo (26) a sétima edição do Mais Saúde, programa que tem o objetivo de fortalecer o atendimento de atenção primária na Grande São Luís e que levou em média 20 tipos de serviços à região do Caratatiua.

Nesta edição, em alusão ao Novembro Azul, moradores dos bairros Caratatiua, João Paulo, Ivar Saldanha, Santa Julia, Apeadouro, Jordoa e Fé em Deus, também tiveram atendimento médico especializado em urologia para homens.Realizado na Unidade Escolar Sagarana I e II, o Mais Saúde reuniu 200 profissionais da rede estadual e municipal que atuaram durante a ação, oferecendo consultas médicas especializadas com clínico geral, ginecologista, pediatra e dermatologista.

Por meio do Programa Estadual do Glaucoma, foram ofertadas avaliações oftalmológicas para diagnósticos de glaucoma e catarata. A população também pode atualizar a carteira vacinal, fazer avaliação da saúde bucal, ter acesso a assistência farmacêutica, além de realizar testes rápidos para HIV, Hepatites e Sífilis.

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, explica o objetivo da ação, que tem apresentado como resultado benefícios concretos na vida dos cidadãos. “Os homens precisam entender que cuidar da saúde como um todo é necessário. Sem preconceitos, sem vergonha. Muitas das doenças, só se tornam mais graves e irreversíveis se não forem tratadas a tempo. Não podemos descuidar ou ignorar sinais emitidos pelo corpo”.

Anexo à escola, a Unidade Móvel de Prevenção ao Câncer realizou exames preventivos do câncer do colo do útero, papanicolau. Como parte da programação, o projeto ainda realiza palestras educativas.

Durante o Mais Saúde todos os pacientes cujo diagnóstico necessitaram de acompanhamento, foram encaminhados para atendimento nas unidades de referência da rede estadual de saúde.

Hospital de Traumatologia e Ortopedia realiza mais de 200 cirurgias em 30 dias

Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão, em São Luís

O Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão (HTO) oferece atendimento humanizado e de qualidade à população de São Luís. Na quarta-feira (22), quando completou 30 dias desde que foi realizada a primeira cirurgia, a unidade já havia realizado 238 procedimentos cirúrgicos. O hospital é referência em atendimento de casos de média e alta complexidade.

O HTO foi entregue à população no dia 10 de outubro, entretanto as primeiras semanas foram voltadas para consultas, avaliações e realização de exames dos pacientes. As primeiras cirurgias aconteceram no dia 23 do mesmo mês. O goleiro Ruan de Souza Carneiro, do Moto Club, foi o primeiro paciente cirúrgico da unidade. O paciente foi operado por conta de um rompimento completo do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. No mesmo dia, outras três pessoas passaram pelo centro cirúrgico.

Secretário de Saúde, Carlos Lula

Nosso compromisso é oferecer um serviço de qualidade para a população. Temos investido na nossa rede para atender de forma humanizada e com celeridade. O HTO teve um impacto grande na vida das pessoas e também em toda a rede. O Hospital de Câncer, por exemplo, passou a atender exclusivamente sua vocação. Assim, vamos conseguindo garantir qualidade de vida aos maranhenses”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Segundo o diretor clínico do HTO, Newton Gripp, no auge de sua capacidade, o HTO poderá realizar até 400 cirurgias por mês. “Estamos chamando as pessoas que aguardam tanto no início como no fim da fila para cirurgias, porém nem todos comparecem. Estamos analisando os casos, pedindo exames e realizando as cirurgias. Aos poucos, vamos aumentando nossa capacidade, para atender com qualidade e tranquilidade a todos”, comentou.

Além dos procedimentos cirúrgicos, o HTO realizou 2.056 atendimentos ambulatoriais, 2.272 procedimentos de enfermagem, 1.318 exames de raio X, 127 eletro, 61 tomografias, 54 colocações de gesso, 824 sessões de fisioterapia motora e respiratória, e 2.338 análises clínicas até o dia 23 de novembro.

Artigo: Uma outra Governança

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

Quando mais jovem, adorava olhar seriados americanos nos quais os peritos tentavam desvendar um crime, geralmente assassinato. Entre idas e vindas, acabava-se por descobrir o assassino, usualmente alguém de quem não desconfiávamos no início. Foi olhando esses enlatados que descobri uma técnica chamada quimiluminescência. Ela consiste no uso do luminol, e é usada na ciência forense para identificar rastros de sangue durante uma investigação criminal.

O curioso desse produto é que ele é capaz de revelar o que não é visível a olho nu. O enlatado americano advertia: o mais limpo dos ambientes pode esconder a evidência de um crime brutal. No Maranhão, desde 2015, uma técnica semelhante recebe outro nome: transparência. Progressivamente, mas sem negar seus próprios equívocos, a ação firme do Governo do Estado termina por expor quanto crescimento foi negado aos maranhenses em razão de uma cultura política que objetivava apenas abarrotar os bolsos de poucos. A triste sina do uso privado dos bens públicos é talvez a maior marca e o maior problema de nosso estado.

Havia urgência, portanto, na conversão do modo de funcionamento da máquina pública: era preciso implantar um padrão republicano de gestão. No lugar de poucos, a coisa pública deveria servir a todos. Nesse sentido, foram criados instrumentos que permitiram o fortalecimento dos mecanismos de governança e de controle dos gastos públicos. Isso porque há a firme convicção de que a promoção da transparência pública não é apenas um remédio caro para se tentar evitar a corrupção, mas um mecanismo fundamental para permitir que as decisões governamentais sejam tomadas de maneira mais eficiente. Ao mesmo tempo, não temos a ingenuidade de acreditar que um modo arraigado de fazer política mude do dia para a noite.

De toda sorte, foram tomadas uma série de posturas para impedir e evitar ações criminosas no uso dos recursos e dos equipamentos públicos. No âmbito da saúde, a adoção de novas medidas contribuiu para aumento da eficiência do serviço. A instalação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH), atualmente a maior companhia pública do estado, reduziu a participação das Organizações Sociais, cuja nefasta e inadequada utilização indicou o caminho para a corrupção. Hoje, a empresa pública é responsável pelo gerenciamento de 70% das unidades de saúde da rede estadual.

A criação da EMSERH resultou, também, em processos seletivos que já convocaram 5.149 candidatos aprovados. A medida de contratação, através de processo seletivo, foi estendida aos empregados das Organizações Sociais (OS). Recentemente, outra importante ação adotada no governo Flávio Dino foi a sanção da lei que permitirá a realização de concurso para mil vagas na área da saúde. Antes disso, por mais de 20 anos, as admissões neste segmento ocorreram através de apadrinhamentos e ‘quem indica’. Um modelo injusto, que não admitia a meritocracia e afastava os mais capacitados.

A Secretaria de Saúde também lançou seletivo público para contratação de auditores em saúde, que já está na segunda etapa. Os novos servidores integrarão os mecanismos de controle preventivo sobre os investimentos públicos aplicados na pasta e ampliarão o controle interno, praticamente inexistente poucos anos atrás. Ou seja, foram adotadas medidas que permitem vislumbrar uma administração imparcial, zelosa com a coisa pública e ciente dos procedimentos legais.

Mas assim como nos seriados americanos e na técnica da quimiluminescência, os delitos cometidos anteriormente, por vezes, aparecem de sobressalto para tornar visível o local do expurgo. Como bem enfatizou o âncora do jornal Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro, sobre a quinta fase da Operação Sermão aos Peixes – “é uma luta desmontar esses esquemas, que foram montados durante anos e anos de corrupção”. Três anos de gestão já dão provas do novo tempo de desenvolvimento para o nosso estado. Vestígios do passado estão aí todos os dias, a lembrar que toda a estrutura administrativa precisa ser limpa diariamente.

Infelizmente, entulhos oligárquicos do nosso modo de fazer política demoram – mas precisam – ser dissipados.

Governo participa de Congresso sobre Responsabilidade Pública no Maranhão

Secretário Carlos Lula representou o governador Flávio Dino no I Comerp

O I Congresso Maranhense de Estudos sobre Responsabilidade Pública (Comerp), que tem como tema “25 anos da Lei de Improbidade Administrativa”, foi aberto ontem (9), no auditório do Fórum Desembargador Sarney Costa. Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, representou o governador Flávio Dino, na solenidade de abertura. O evento é uma realização do Instituto Maranhense de Estudos Sobre Responsabilidade Pública (Imerp).

Na abertura do I Comerp, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, destacou a importância da Lei de Improbidade Administrativa. “Possuímos uma das Constituições mais completas da história, que foi aperfeiçoada com o tempo. Nesse sentido, a Lei de Improbidade Administrativa é considerada um dos grandes marcos na trajetória nacional de combate à corrupção”, afirmou.

Segundo o secretário, que é advogado, o Poder Judiciário tem um papel fundamental nessa pauta, na medida em que torna mais célere o desfecho de processos de proteção do patrimônio público e a responsabilização dos agentes públicos envolvidos em atos de corrupção.

Contudo, existem limites, um deles é a observância dos direitos e garantias dos requeridos. Todo sistema jurídico existe porque nós, homens, somos falhos. O judiciário é copartícipe, ele pode mudar a realidade brasileira. Para isso precisa de uma interpretação criativa baseada nos direitos fundamentais previstos no texto constitucional”, disse.

A presidente do Instituto Maranhense de Estudos Sobre Responsabilidade Pública (Imerp), a advogada Amanda Waquim, destacou a temática do evento “25 anos da Lei de Improbidade Administrativa” e o compromisso do Imerp em defesa dos valores da administração pública. O congresso prossegue encerra nesta sexta-feira (10).

Simplesmente Raimundo

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

“A fome faz o homem procurar caminhos nunca andados. O que importa! Ele vai por aí sem saber para aonde. Sabe de onde veio, mas não sabe para aonde vai. (…) Ser. Ser forte. Ser no agreste os mestres em driblar a fome e enganar a morte”. Em ‘Vidas Secas’, obra publicada em 1938, Graciliano Ramos denuncia a desigualdade social, a miséria, entre outras mazelas sociais. Quem dera o texto não fosse tão contemporâneo ou pudéssemos dizer que a narrativa é apenas um romance fruto do imaginário do autor.

No romance, a pobreza que resulta da seca do nordeste, soma-se à miséria imposta pela influência social, pela desigualdade, representada pela exploração de quem detém o poder na região, os ricos proprietários de terra. Na história, Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia vivem como retirantes em condições desumanas, sobrevivendo dia a dia, sem esperança por dias melhores. O sofrimento da família é inerente a um cenário construído pela prevalência de interesses particulares, pela falta de assistência a quem mais precisa… Por falta de cuidado.

A história poderia ser real, confundida com a de tantas outras famílias que padecem com a desigualdade. Narrativas como a da família de Fabiano existem mais do que gostaríamos de admitir. A fome da qual Graciliano Ramos escreve é consequência de uma série de fatores, o principal deles é a falta de políticas públicas que alcancem indistintamente os cidadãos. A crítica do autor é a uma sociedade organizada de forma desigual e desumana. Um contexto que afeta a existência das pessoas a ponto de tirar-lhes a vida.

Essa triste realidade pode ser observada em todo lugar do Brasil, especialmente em estados como o Maranhão, onde são ainda mais evidentes os resultados de anos de uma política que privilegiava uma pequena e distinta parcela da população. Um Maranhão marcado por essa desigualdade de direitos, que hoje passa por um processo de mudança, onde a nova proposta é ampliar a assistência a quem mais precisa, ao povo que por tanto tempo foi esquecido e marginalizado. O desafio é consolidar essa transformação, levando, de modo concreto, benefícios antes nunca concedidos como a expansão da oferta de serviços de saúde e de qualidade.

Com investimento da gestão estadual em ações, serviços e inauguração de novas unidades de saúde, muitos avanços estão sendo alcançados. A intervenção positiva e decisiva do Estado na vida dos maranhenses, a mudança da lógica política e da forma de olhar o outro gera mudanças em muitas histórias, como a do pequeno Raimundo Nonato da Conceição Neto, de 1 ano e 5 meses. A criança atendida no Hospital Macrorregional Mamede Trovão, em Coroatá, com quadro grave de desnutrição.

Pesando apenas três quilos, semelhante ao de um bebê recém-nascido, a fotografia de Raimundo causava dúvidas se estávamos a olhar uma cena no Maranhão ou mais um registro de uma criança africana no cenário de pobreza. Pele, osso e uns fiapos de cabelo agarrados a um peito que tentava alimentá-lo. A morte parecia já beijar o rosto de Raimundo, já desgostoso e cansado de lutar por sua vida.

O estado da criança comoveu a todos. A sensibilidade dos profissionais e a assistência oferecida no Hospital foram determinantes para reverter uma história que poderia não ter final feliz. Os tratamentos com leite especial, oferecido pelo Governo do Maranhão, o cuidado e a atenção da equipe multiprofissional restauraram a saúde de Raimundo. O resgate dessa vida gera tanta comoção, quanto a atual marca registrada dessa criança – o sorriso.

Fabianos e Raimundos, ficção e vida real que reivindicam a sensibilidade do poder público. Nossa missão é alcançar essas pessoas e tornar cada vez mais acessível os serviços de saúde a todos os cidadãos, de modo a contribuir para a chegada de dias melhores e um futuro menos desigual. Gestos como o sorriso de Raimundo nos motivam a seguir em frente, na certeza de que muito já se faz e muito ainda se fará por nossa gente.

Saúde deve receber 17% a mais de recursos no Maranhão em 2018

Orçamento vai permitir a criação de mais leitos. (Foto: Gilson Teixeira)

Para garantir a ampliação da oferta de serviços da saúde, além da manutenção dos seis hospitais macrorregionais já inaugurados, o governador Flávio Dino encaminhou Proposta de Lei Orçamentária que amplia as verbas da saúde para 2018. Pela proposta enviada à Assembleia Legislativa, o orçamento sobe de R$ 1,8 bilhão para R$ 2,1 bilhões, um crescimento de 16,9%.

Em 2016, o governador já havia determinado aumento de R$ 323 milhões do orçamento para a saúde em relação a 2015, estabelecidos pela gestão anterior.

A política de expansão com as inaugurações das unidades macrorregionais é uma das explicações para o aumento da receita destinada à saúde”, diz o secretário adjunto de Planejamento e Orçamento da Seplan, Roberto Matos

O Projeto de Lei Orçamentária para 2018 propõe aumento total de 9,5%, mesmo com a crise econômica nacional. Além da saúde, houve proposta de aumento de recursos para investimentos em todas as áreas prioritárias.

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, diz que os investimentos do Governo Flávio Dino cresceram 17,9% de janeiro a junho deste ano, comparando com o mesmo período do ano passado. “Este avanço acontece enquanto os demais governos estaduais diminuem 15,9%. Colocando a saúde, a educação e a segurança pública como prioridades, o Governo do Maranhão nada contra a maré da crise”, explicou o secretário.

Responsabilidade

Ao encaminhar a Proposta Orçamentária para a Assembleia Legislativa do Maranhão, o governador Flávio Dino detalhou a responsabilidade do governo com a manutenção de uma política de equilíbrio fiscal para garantir a saúde financeira do Estado.

Desde que assumi o governo do nosso Estado venho adotando um conjunto de medidas que combinam a responsabilidade fiscal e social, com o objetivo de reduzir as desigualdades, melhorar a qualidade de vida dos maranhenses, sem comprometer o equilíbrio fiscal”, afirmou o governador.

“Tal postura nos permitiu ocupar, de forma simultânea, as melhores posições em termos fiscais de todo o país e ser reconhecido como um dos entes que mais realizaram investimentos e que mais cumpriram os compromissos assumidos com a população”, acrescentou.