Nova pesquisa Econométrica aponta Edivaldo com 13 pontos à frente de Braide

Do Jornal Pequeno

Foto Divulgação
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Pesquisa realizada pelo Instituto Econométrica aponta o prefeito e candidato à reeleição Edivaldo Holanda Júnior (PDT) com 13,8 pontos percentuais à frente do candidato Eduardo Braide (PMN), nas intenções de voto para prefeito de São Luís.

Pelo levantamento, Edivaldo tem 56,9% dos votos válidos contra 43,1% de Eduardo Braide. No cálculo dos votos válidos são retirados brancos, nulos e indecisos.

Na pesquisa estimulada, segundo o instituto, Edivaldo tem 52% das intenções de votos, contra 39,4% de Braide. Brancos e Nulos somam 4,4% e 4,1% “não sabem ou não responderam”.

A pesquisa foi realizada no dia 20 de outubro e registrada no sistema PESQELE, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o nº MA- 04728/2016. Foram realizadas 1014 entrevistas nos bairros e na zona rural de São Luís. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos com um intervalo de confiança de 95%.

As três pesquisas realizadas pelo Instituto Econométrica, no 2º turno, apontam crescimento de Edivaldo Júnior e queda de Eduardo Braide. Na pesquisa divulgada no dia 14 de outubro, o prefeito tinha 52,3%. Depois, no levantamento do último dia 20, chegou a 52,6%; e agora tem 56,9%. Eduardo Braide começou com 47,7%, depois caiu para 47,4% e agora está com 43,1% dos votos válidos.

O Instituto Econométrica avaliou também o índice de rejeição dos candidatos a prefeito de São Luís. Eduardo Braide aparece com 44,1% de rejeição, enquanto Edivaldo tem 31,9%. Votariam nos dois candidatos 16,7% dos eleitores, enquanto 3,2% não votariam em nenhum dos dois. Não sabem ou não responderam 4,2% dos entrevistados.

Foto Divulgação
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IMAGENS FORTES: latrocida é tirado à força de viatura e morto em Apicum-Açu

O mototaxista morto acima e o acusado linchado e morto por populares na porta da delegacia
O mototaxista morto acima e o acusado linchado e morto por populares na porta da delegacia

Dois crimes bárbaros foram registrados nesta segunda-feira (24) na cidade de Apicum-Açu. O primeiro foi um latrocínio ocorrido ainda durante a manhã de hoje. A vítima foi um mototaxista, que não teve o nome revelado. Ele foi assaltado, teve a moto roubada e foi morto a facadas por bandidos.

Com informações de testemunhas sobre o caso, a polícia chegou ao autor do crime e o prendeu. O latrocida foi então encaminhado para a delegacia de Polícia Civil de Apicum-Açu mas ao chegar no DP foi praticamente arrancado de dentro da viatura da Polícia Militar por populares revoltados com o latrocínio.

Os PM’s não conseguiram conter a fúria de dezenas de pessoas que aguardavam a chegada do latrocida e não puderam evitar o pior. Ele foi linchado até a morte e a população acabou fazendo justiça com as próprias mãos.

Veja as imagens impressionantes:

Preços dos combustíveis caem no Maranhão após notificação do Procon

Fiscalizações foram feitas pelo Instituto nesta segunda-feira (24)
Fiscalizações foram feitas pelo Instituto nesta segunda-feira (24)

Após notificar todas as distribuidoras de combustível do Maranhão sobre a nova política de preços da Petrobrás, o Procon/MA registrou redução de até R$ 0,10 nos preços da gasolina e do Diesel nesta segunda-feira (24). Todas as 16 distribuidoras do Estado estão sendo fiscalizadas sobre o cumprimento do reajuste.

De acordo com a nova política adotada pela Petrobrás, o preço passa a ser estabelecido de forma paritária com o mercado internacional e de modo a remunerar os riscos das operações. Com base nisso, as distribuidoras de combustíveis de todo o país passam a receber diesel e gasolina mais baratos. O preço do diesel caiu 2,7%, enquanto a gasolina caiu 3,2%.

De acordo com o ato COTEPE Nº 20 de 21/10/2016, o Maranhão está com o 6º menor valor do preço médio ponderado da gasolina ao consumidor final (R$ 3,614). Já dentro do Estado, São Luís tem o 2º menor valor entre os municípios, conforme pesquisa da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP). Na pesquisa realizada semanalmente pelo Procon/MA, onde são divulgados os 5 postos com menor preço, também notou-se redução nos valores dos combustíveis. Na semana de 04 a 10/10, o menor valor constatado foi de R$ 3,300, já para a semana de 25 a 31/10, o menor valor caiu para de R$ 3,269.

Segundo o presidente do Procon/MA, Duarte Júnior, o Instituto vai acompanhar a cadeia de distribuição do Maranhão para garantir que o impacto da redução chegue efetivamente ao consumidor. “Os resultados dessas ações são bem positivos aos consumidores maranhenses. Hoje, conseguimos inibir a prática de cartel e ainda garantimos que o Maranhão tenha um dos combustíveis baratos do país”, afirmou o presidente.

Em São Luís, foram notificadas as distribuidoras Alesat, Dislub, Ipiranga, Petrobrás, Raizen, Sabba, Setta, SP Indústria, Tabocão, Temape e Total. Em Açailândia, foram notificadas também a Alesat, Ipiranga, Petrobrás e Sabba. Já em Caxias, a distribuidora Green foi notificada.

A fiscalização do Procon/MA continuará investigando a cadeia de distribuição de combustíveis no Estado. Caso seja constatada cobrança de vantagem manifestadamente excessiva, os fornecedores poderão ser obrigados a devolver o valor pago monetariamente corrigido, com acréscimo por perdas ou danos, além de sofrer multa e as sanções criminais cabíveis.

Flávio Dino declara: “EU VOTO 12”

Flávio Dino declara apoio a Edivaldo Holanda Júnior
Flávio Dino declara apoio a Edivaldo Holanda Júnior

Na última semana de campanha eleitoral para decisão no segundo turno em São Luís, o clima esquenta na capital maranhense.

Depois que o deputado estadual e ex-candidato a prefeito Wellington do Curso (PP) ter anunciado na tarde desta segunda-feira (24) seu apoio total  e irrestrito ao também deputado Eduardo Braide (PMN), há pouco foi a vez do governador do Maranhão declarar publicamente o seu voto.

E foi através da sua página pessoal no Twitter que Flávio Dino declarou: ” EU VOTO 12″, manifestando apoio a chapada encabeçada pelo prefeito candidato à reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o vice, Júlio Pinheiro (PCdoB).

Extraído do Twitter
Extraído do Twitter

Wellington declara apoio a Braide e diz: “se depender de mim, Edivaldo não será mais prefeito de São Luís”

Deputado Wellington do Curso
Deputado Wellington do Curso

Chegando na reta final do segundo turno das eleições de São Luís, o deputado Wellington do Curso (PP) acaba de declarar, durante sessão parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado, na tarde desta segunda-feira (24), seu total e irrestrito apoio ao candidato a prefeito da capital, Eduardo Braide (PMN).

Ocorre que o ex-candidato justificou sua opção de voto como uma resposta ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que nunca o recebeu em seu gabinete e nem tão pouco o deu a menor importância ao deputado estadual desde o início de sua gestão. Como Dino apoia o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), Wellington jamais manifestaria-se em prol do pedetista.

“Se depender de mim, Edivaldo não será mais prefeito de São Luís a partir de 1º de Janeiro de 2017”, concluiu o deputado estadual e ex-candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso.

Cargas e lacres das urnas para o 2º turno em São Luís ocorrem a partir de hoje (24)

Foto Reprodução: TRE
Foto Reprodução: TRE

Todas as 9 zonas eleitorais de São Luís realizaram na última sexta-feira (21), as audiências de geração de mídia dos dados referentes ao 2º turno de São Luís. Já a carga e lacre das urnas eletrônicas iniciaram nesta segunda-feira (24). Todas elas ocorrem no Fórum Eleitoral (Madre Deus), no horário das 8h às 16h.

Geração de mídias é o procedimento em que são geradas informações de nome, número, cargo, partido e fotografia dos candidatos, além de dados dos eleitores por seção eleitoral. Já carga e lacre é a inserção nas urnas destes dados.

De acordo com o cronograma, no dia 24 será dado carga e lacre às urnas das 1ª, 2ª e 3ª zonas eleitorais, dia 25 (76ª, 90ª e 91ª) e 26 (10ª, 88ª e 89ª).

Para tirar Cunha da cadeia, defesa alega que prisão afronta decisão do STF

Eduardo Cunha foi preso dia 19 em Brasília
Eduardo Cunha foi preso dia 19 em Brasília

A defesa do deputado cassado Eduardo Cunha entrou com um pedido de liberdade no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), em Porto Alegre. O pedido foi entregue hoje (24) e a defesa pede que seja concedida uma medida liminar para suspender os efeitos da prisão preventiva de Cunha.

Eduardo Cunha foi preso preventivamente no dia 19, em Brasília, pela Polícia Federal (PF), e levado para a Superintendência da PF, em Curitiba. Na ação que pede a liberdade do ex-presidente da Câmara dos Deputados, os advogados rebatem os argumentos usados pelo Ministério Público Federal para pedir a prisão.

A defesa sustenta que Cunha estava respondendo a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) e que um pedido anterior para prisão, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi negado pelo ministro Teori Zavascki. Para a defesa, a atual prisão do ex-deputado afronta o que foi decidido pelo STF e que não ocorreu nenhum fato novo para justificar a detenção.

Na verdade, os fundamentos utilizados para decretar a prisão preventiva do paciente, com a devida vênia, são exatamente os mesmos que, anteriormente, foram considerados insuficientes pelo STF para o deferimento de idêntico pedido de prisão preventiva. Não há, ademais, notícias de que, enquanto permaneceu solto, houvesse o paciente se furtado ao processo penal, reincidido em condutas criminosas outras ou tentado empreender fuga”, diz a ação.

Outra alegação da defesa é que ao decretar a prisão, o juiz Sérgio Moro não aponta “nenhuma conduta do paciente [Cunha] que tenha atrapalhado as investigações desenvolvidas no processo que tramita perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR”.

“Outrossim, no decreto prisional, não se narra nenhuma conduta investigada no inquérito principal por meio da qual se possa afirmar que a liberdade do acusado colocaria em risco a ordem pública, a aplicação da lei penal, ou a instrução processual”, diz a defesa.

Entre os argumentos utilizados para justificar o pedido de prisão de Cunha, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato afirmou que a liberdade do ex-deputado representava risco às investigações. Segundo os procuradores, existem evidência de que Cunha possui outras contas no exterior e que essas ainda não foram identificadas.

Na decisão que permitiu a prisão do ex-deputado, Moro alega que enquanto não for realizado o rastreamento completo, “há risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação”. Para a defesa do deputado cassado, a decretação de prisão para evitar a dissipação do patrimônio não tem previsão legal e que outras medidas poderiam ser usadas.

A defesa rebateu também a alegação do MPF de que Cunha poderia fugir do país, já que tem dupla nacionalidade. “Da mesma forma, o tão-só fato de o paciente ter dupla cidadania não é circunstância apta a autorizar a utilização da grave medida de prisão preventiva. É fato que a decisão judicial combatida não trouxe indícios concreto de que o paciente se evadiria do país”, diz a defesa.

Além do pedido de liberdade na liminar, a defesa de Cunha pede ainda, no mérito da ação, a anulação da prisão e que o ex-deputado responda o processo e liberdade.

Da Agência Brasil

Adriano convida eleitores à reflexão…

Deputado Adriano Sarney
Deputado Adriano Sarney

Esse texto é da sua conta. É sobre: reconhecer e saber escolher.

Vamos listar alguns feitos importantes em São Luís. Leiam, reflitam e respondam: uma boa gestão se faz como? Vamos lá…

• Construção das UPAS em São Luís

• Sistema de Videomonitoramento na Segurança

• Construção de Elevados do Calhau (Trabalhador), da Cohama, da Cohab;

• Duplicação da Av. Guajajaras

• Av. Luiz Eduardo Magalhães

• Construção da Via Expressa

• Av. Quarto Centenário

• Espaço Viva em vários bairros

• Espigão da Ponta D’Areia

• Faróis da Educação

• Reforma de todos os espaços de Cultura (Biblioteca, Centro de Cultura Popular, Teatro Arthur Azevedo, Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, Museus, Escola de Música (prédio onde funciona hoje), Casa do Maranhão etc.

• Incentivo e valorização do folclore com os melhores Carnavais e São João da nossa história, atraindo turistas e colocando a cidade no mapa dos grandes eventos culturais do país

• Construção do Parque Ecológico da Lagoa da Jansen

• Programa Novo Tempo, com construção de moradias dignas a funcionários públicos

• Drenagem na Raimundo Correa

• Revitalização da Avenida Litorânes

• Parque do Itapiracó

• Avenida Ferreira Gullar

• Vivas nos bairros

• Upa Itaqui-Bacanga

• Upa Araçagy

• Upa do Parque Vitória

• Upa Cidade Operária

• Upa Vinhais

• Upa da Vila Luizão

• Duplicação da BR 135 na entrada de São Luís

• Reforma do Hospital Carlos Macieira

• Viva Internet – wi-fi de graça com 51 mil usuários cadastrados e 5,5 milhões de acessos

• USC (Unidade de Segurança Comunitária) do Coroadinho

• USC (Unidade de Segurança Comunitária) da Divinéia

Candidatos, entendam o povo!

Só cego não vê. Enquanto você fica aí negando apoio de quem realmente foi PREFEITA nessa cidade, tem um eleitorado imenso sentindo saudade de quem fez, de quem vocês poderiam pelo menos reconhecer os feitos. Roseana, essa sim, foi PREFEITA de São Luís. Fez todas essas obras e dezenas de outras. Sabe aquela frase, ‘justiça seja feita’? Pois sejamos justos. Falem o que quiser, mas essa daí trabalhou muito por São Luís. #reconhecer é nobre. #reconhecer é fundamental pra gente saber quais passos devemos dar adiante.

A postura do novo prefeito, que o povo de São Luís quer eleger, não condiz com a ingratidão escancarada na propaganda. O novo prefeito precisa estar junto de quem realmente sabe fazer. E já mostrou que sabe mesmo.

Chega de blá, blá, blá.

Por Adriano Sarney

Lojas e supermercados de portas fechadas nesta segunda (24) na Grande São Luís

Todas as lojas fechadas na Rua Grande, Centro
Todas as lojas fechadas na Rua Grande, Centro

A rotina desta segunda-feira (24) em toda Região Metropolitana de São Luís – que abrange Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa –  foi alterada por conta do feriado do Dia do Comerciário, comemorado no dia 30 de outubro, porém, antecipado para hoje em acordo do Sindicato dos Comerciários. Todas as lojas e supermercados amanheceram de portas fechadas por causa do feriado.

No maior Centro Comercial da capital, na Rua Grande, todas as lojas não terão expediente. Em todos os shoppings centres também. Lojas e quiosques permanecerão de portas fechadas, porém lanchonetes e restaurantes da praça de alimentação e cinemas funcionam a partir das 12h até as 22h.

Os bancos também não funcionariam hoje mas devido à greve que durou um mês, os bancos devem funcionar normalmente, das 09 às 15h, horário de verão.

Os trabalhadores do comércio têm direito a folga no feriado do Dia do Comerciário garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A Federação dos Empregos dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Norte e Nordeste (Feconeste) afirmou que, caso as empresas descumpram o acordo, poderão ser multadas, além do pagamento de forma dobrada pelo trabalho em dia dito especial.

O dia de descanso contempla os trabalhadores varejistas e atacadistas, além dos que atuam com distribuição, logística, agentes autônomos do comércio e de prestação de serviços. O Presidente da Feconeste, Valmir Lima, adverte que o Dia do Comerciário é um feriado inegociável, assim como o Dia da Paz Mundial (1º de janeiro), o Dia do Trabalho (1º de maio) e o Natal (25 de dezembro).

Cunha pretende revelar o preço do PMDB de Temer para apoiar Dilma

Da Revista ÉPOCA

Capa da Época desta semana
Capa da Época desta semana

Faltavam 16 dias para o segundo turno das eleições de 2014 quando Eduardo Cunha enviou uma mensagem, em tom de ordem, ao presidente da OAS, Léo Pinheiro. “Vê Henrique seg turno”, escreveu o então líder do PMDB, em 10 de outubro, pedindo ajuda financeira para a reta final da campanha do aliado Henrique Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte. Como o dinheiro demorava a cair, Cunha ficou impaciente. “Amigo, a eleição é semana que vem, preciso que veja urgente”, escreveu, três dias depois. “Tem de encontrar uma solução, senão todo esforço será em vão”, insistiu, dali a dois dias. Pinheiro respondia sempre que estava com dificuldades para levantar novos recursos. Cunha, habilidoso negociador, decidiu resolver o problema por conta própria. Providenciou com dirigentes da Odebrecht uma transferência eletrônica de R$ 4 milhões da empreiteira para o comitê nacional do partido em 23 de outubro. Naquele dia, um cheque do mesmo valor saiu da cúpula da sigla para o diretório do PMDB-RN e, ao longo da semana, todos os R$ 4 milhões chegaram à conta da campanha de Alves.

O episódio diz muito sobre Cunha e o PMDB. Ao contrário do PT, o PMDB não teve, nas eleições mais recentes, um tesoureiro responsável por centralizar a arrecadação e a distribuição de dinheiro de campanha – é por isso que, no petrolão, não se descobriu no partido de Cunha figuras como João Vaccari e Delúbio Soares. A maior legenda do Brasil constitui-se numa aglomeração de chefes políticos que, a depender do momento e da oportunidade, organizam-se regionalmente ou no Congresso. Divide-se, em Brasília, em dois grupos principais: o PMDB da Câmara e o PMDB do Senado. A arrecadação de doações eleitorais obedecia a essa estrutura política. O caixa eleitoral do partido, no entanto, era único. Empresários doavam a uma conta nacional, mesmo que quisessem repassar o dinheiro a um candidato específico. A confusão era certa. Não era fácil identificar qual doação pertencia a qual candidato – às vezes, mais de um candidato.

Cunha, graças a seu excelente relacionamento com os maiores empresários do país, conforme o episódio com Léo Pinheiro deixa claro, encarregava-se, sobretudo na campanha de 2014, de resolver as encrencas. Conhecia todo mundo que doava e conhecia no PMDB todo mundo que receberia, ou deveria receber, o dinheiro. Tornara-se, de certa maneira, um tesoureiro informal do PMDB. Agora, esse tesoureiro está preso pela Lava Jato – e seus segredos não estão somente na Suíça.

Cunha, portanto, conhece como ninguém os bastidores da arrecadação do PMDB em 2014. Meticuloso, guardou documentos e anotou todos os detalhes, incluindo valores e destinatários, das doações – legais e ilegais – daquela campanha. Nelas, há até datas e locais de encontros com empresários, lobistas e políticos do PMDB. Na pauta, sempre dinheiro de campanha. “Ou dinheiro pago durante a campanha”, disse ele recentemente a amigos, com leve ironia. Ele se referia ao fato muito conhecido, nos bastidores do poder, de que eleições são oportunidades para políticos ganharem dinheiro. Afinal, uma vez na posse das contribuições, legais ou ilegais, dos empresários, um político pode usá-las para produzir santinhos – ou produzir saldo em contas na Suíça.

Nos últimos meses, conforme a perspectiva de que fosse preso tornava-se cada vez mais próxima, Cunha, percebendo-se sem saída, reuniu os documentos e organizou as anotações. Passava os dias – e as madrugadas – consultando os arquivos, em papel e no computador, e a memória. Criou pastas para cada alvo. Preparava-se para tentar, no momento certo, uma delação premiada. (Seus advogados chegaram a sondar a Procuradoria-Geral da República, mas as conversas não avançaram.) Parte do material serviria para o livro que Cunha estava escrevendo sobre os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff. Nele, Cunha descreveria os fatos políticos da queda da petista, sem mencionar ilegalidades. Estas ficariam para a delação.

Com a prisão, tudo mudou. Cunha sabe que dificilmente sairá da cadeia, mesmo que seja em alguns anos, sem fechar uma delação. Sabe também que sua família corre risco considerável de ter o mesmo destino dele. E, para fechar uma delação, ele sabe ainda que os procuradores exigirão, além de uma inequívoca admissão de culpa, uma quantidade formidável de novos casos de corrupção – e provas sobre casos em andamento. A extensa lista dos fatos que Cunha se dispõe a esclarecer, caso as autoridades topem, começa precisamente por seu papel como tesoureiro informal na campanha de 2014.

Ele tem informações que podem ser determinantes para o desenrolar da investigação que o Tribunal Superior Eleitoral conduz sobre as contas da chapa que elegeu Dilma como presidente e Michel Temer como vice. Já há provas abundantes, segundo a Lava Jato, de que dinheiro do petrolão abasteceu, seja no caixa oficial, seja no caixa dois, a chapa de Dilma e Temer. Se os ministros do TSE avançarem no processo, Temer pode, no limite, ser cassado – e perder a Presidência, forçando uma eleição indireta, via Congresso, ao Planalto. Hoje, Temer e seus advogados fazem de tudo para tentar separar as contas do PT e do PMDB. Ainda não obtiveram sucesso.

É nesse ponto que o testemunho de Cunha pode se revelar comprometedor. Segundo ele disse a amigos reiteradas vezes nos últimos meses, os compromissos financeiros dos grandes empresários misturaram-se entre PT e PMDB. De acordo com esses relatos e outras duas fontes envolvidas nas negociações, o PMDB cobrou R$ 40 milhões do PT para apoiar a chapa de Dilma. Segundo as fontes, o acordo secreto foi fechado no primeiro semestre de 2014 por Aloizio Mercadante, homem de confiança de Dilma, e pelo senador Valdir Raupp, que presidia o PMDB.

Pelo acordo, o PT usaria seu crédito junto aos grandes empresários – sobretudo empreiteiros do petrolão – para garantir que o PMDB recebesse os R$ 40 milhões. Em troca, o PMDB apoiaria, e não somente por esse motivo, a chapa de Dilma e Temer. Trata-se de uma prática comum na política de alianças brasileira. Não é, por definição, ilegal. Para os chefes dos partidos e candidatos, é uma negociação necessária dentro da regra do jogo do presidencialismo de coalizão. Alguns políticos, porém, enxergam na prática uma mera compra de apoio político, uma relação corrupta de troca. Viu-se um exemplo disso no mensalão. O PT, como ficou comprovado, ajudou a financiar, com dinheiro público desviado, a campanha de partidos aliados. No caso do acordo dos R$ 40 milhões, não há indícios de ilegalidade até o momento.