Cid confirma que Bolsonaro editou minuta do golpe — e manteve Moraes como alvo de prisão

Foto Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid afirmou ao ministro Alexandre de Moraes que Jair Bolsonaro não apenas teve acesso à minuta do golpe, mas também leu e sugeriu alterações no documento. Mesmo após as mudanças, Moraes continuou listado como alvo de prisão.

Segundo Cid, o texto previa medidas autoritárias como estado de sítio e intervenção no processo eleitoral. A minuta foi encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres, durante operação da Polícia Federal.

“Em termos de data, não me lembro bem. Foram duas, no máximo três reuniões em que esse documento foi apresentado ao presidente”, afirmou Cid.

O militar relatou que a minuta era composta por duas partes:

“A primeira parte eram os ‘considerandos’ — cerca de 10 páginas, muito robustas. Essa parte listava possíveis interferências do STF e do TSE no governo Bolsonaro e no processo eleitoral.”

Ainda segundo Cid, a segunda parte trazia uma fundamentação jurídica com propostas como estado de defesa, estado de sítio, prisão de autoridades e a criação de um conselho eleitoral para refazer as eleições.

A fala do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro integra o julgamento do STF sobre a atuação de aliados do ex-presidente em uma possível tentativa de golpe de Estado. A minuta foi encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, durante operação autorizada pelo próprio Moraes.

Leia a íntegra da matéria.

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