Os bancários da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia anunciaram greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 10 de setembro no Maranhão. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na sexta-feira, 6 de setembro, na sede do sindicato da categoria, em São Luís, e por meio da plataforma Zoom, permitindo ampla participação dos trabalhadores.
A greve é uma resposta à proposta considerada insatisfatória oferecida pelos bancos, que preveem um reajuste de 4,64% (INPC + 0,7%) nas verbas salariais para 2024 e de 0,6% (mais a inflação) em 2025. Os bancários reivindicam um aumento de 34,47%, além de outras demandas. Segundo o Dieese, o percentual oferecido é inferior ao conquistado por 85% das categorias trabalhistas no Brasil, que tiveram ganhos reais de 1,54% em média, muito acima dos 0,7% sugeridos pelos bancos, mesmo após lucros que somaram R$ 145 bilhões em 2023.
Bancos Privados e Banco do Nordeste Optam por Acordo Coletivo
Enquanto os trabalhadores da Caixa, Banco do Brasil e Banco da Amazônia decidiram pela paralisação, os funcionários de bancos privados e do Banco do Nordeste optaram por uma abordagem diferente. Embora tenham se manifestado contra as propostas rebaixadas apresentadas pela Fenaban e pelo Banco do Nordeste, eles decidiram assinar os acordos coletivos, conforme a decisão da maioria dos sindicatos no Brasil. Dessa forma, não haverá paralisação nessas instituições.
Nova Assembleia e Organização da Greve
Na segunda-feira, 9 de setembro, uma nova Assembleia Geral híbrida será realizada às 18h30 para atualizar os bancários sobre a greve e organizar a paralisação nas agências da Caixa, Banco do Brasil e Banco da Amazônia. A reunião também servirá para definir as estratégias e próximos passos da Campanha Salarial.
A mobilização promete ser um momento decisivo para os trabalhadores dessas instituições, que buscam pressionar os bancos a atender suas reivindicações, em um cenário onde os lucros altos contrastam com as ofertas salariais consideradas inadequadas.