Fecularia pode gerar emprego e renda para quase 50 mil pessoas no Maranhão

Comitiva da Seinc liderada pelo secretário Simplício Araújo visita as instalações de no Maranhão

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo, esteve, na manhã desta terça-feira (25), na fazenda Zé do Ouro e nas instalações da fecularia CIBUS, ambas geridas pela empresa Maná Alimentos, em Araripina/PE. O empreendimento é Matriz e servirá de modelo para a fábrica que será instalada pela empresa em Humberto de Campos, no Maranhão.

A visita teve o objetivo de seguir acompanhando as tecnologias e o processo produtivo que garante fomento à cadeia produtiva da mandioca em Pernambuco. A ideia é aplicar o modelo em Humberto de Campos, município que vai receber uma fecularia, viabilizada recentemente por Simplício Araújo. As tratativas com a empresa foram iniciadas no ano passado.

A Fazenda Zé do Ouro possui cerca de 400 hectares de área plantada e tem capacidade para produzir 15 toneladas de mandioca por hectare – podendo chegar a até 30 toneladas por hectare. O adubo é orgânico, oriundo da própria mandioca. Toda produção é destinada à fecularia, para o processamento da fécula, que pode ter diversos tipos de uso.

Já a fecularia conta com uma área plantada de 400 hectares de mandioca e está ampliando a produção da indústria, de 200 para 400 toneladas. A indústria também conta com auditório, área de convivência, cozinha, banheiro, sala de reunião, área de pesquisa e desenvolvimento, laboratório, sala de gerência e contabilidade, estoque, entre os galpões de processamento da mandioca.

Segundo o produtor pernambucano Edlano Pereira, antes da fecularia a realidade era totalmente diferente na região. “Com a chegada da indústria e parceria com a Ambev, hoje planto 200 hectares, há 10 anos eu plantava 20 hectares. O preço para o agricultor estabilizou e temos onde plantar se a produção aumentar”.

O também produtor pernambucano Silvano Coelho conta que, antes da chegada da fecularia, a mandioca do Estado era destinada somente para a produção de farinha.

“Novos mercados abriram para a gente, porque antes produzíamos apenas para as casas de farinha. Hoje, podemos produzir mais e temos preço e mercado garantido para nossos produtos, podendo melhorar a qualidade de vida de todos os produtores do interior do Pernambuco”, detalhou.

Fecularia no Maranhão

O projeto da Cerveja Magnífica já beneficia mais de 15 mil famílias atualmente no Maranhão. De acordo com o secretário Simplício Araujo, com a instalação da fecularia, esse número pode triplicar.

A chegada da fecularia em Humberto de Campos vai permitir que 30 ou até 50 mil famílias entrem nesse arranjo produtivo da cadeia da mandioca, com segurança, mais produtividade e estabilidade. Produção vira produto, produto atrai emprego, emprego vira renda e a gente fica mais feliz”, declarou Araújo.

Com produção de fécula de mandioca e ração animal, a instalação industrial terá um investimento inicial de R$ 10 milhões. A Maná Alimentos estima capacidade de produção de cinco toneladas por hora, com a meta de 100 toneladas/dia.

A primeira etapa de conclusão da fecularia no Maranhão está prevista para esse ano, e vai focar na produção de fécula para Ambev (Cerveja Magnífica). A previsão é de geração de mais de 1000 empregos diretos e indiretos.

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