
EXTRA – A menos de um ano das eleições — e desde 2019 sem partido — o presidente Jair Bolsonaro pôs os dois pés no PL de Cláudio Castro.
E, consequentemente, a “chapa dos sonhos” do governador virou pesadelo: a vaga de vice não será oferecida a Pedro Paulo — fiel escudeiro de Eduardo Paes (PSD) — muito menos o candidato a senador poderá ser o lulista presidente da Assembleia, André Ceciliano (PT).
Para bom entendedor, meio sinal basta. No último sábado, o Zero Um, Flávio Bolsonaro, repostou em sua conta no Instagram a nota com a qual o PL do Rio reafirma apoio ao presidente e afasta as aventuras com os “inimigos do rei”.
O senador ainda fez um agradecimento explícito ao mandachuva do PL no estado, o deputado federal Altineu Côrtes.
É bom lembrar que a política é feita de gestos — e Flávio não dá ponto sem nó.
Tem dono
Um bom conhecedor do PL acha que, se fechar mesmo com o partido — até porque, como se sabe, tudo sempre pode mudar — Jair Bolsonaro estará ciente de que não vai comandar a escolha de candidato a senador e a governador.
É que o poderoso pode ser o presidente da República — mas no PL quem manda é Valdemar Costa Neto.
Ficha em queda
Para a turma da política, Bolsonaro já começa a entender que não poderá ter o melhor de dois mundos.
Ou vai para um partido nanico e manda em todo mundo — ou se filia a uma legenda robusta, e abre mão do controle.
Pivô
Bolsonaristas têm posto a culpa da desastrada tentativa de aproximação entre Castro e Ceciliano, aliado à turma de Paes, ao chefe de Gabinete do governador, Rodrigo Abel.
Ex-presidente da Juventude do PT, Abel sempre foi visto com desconfiança pela turma próxima ao presidente e seus filhos.