Comunicação para mobilizar e engajar comunidades rurais por meio de oficinas

Foto Divulgação

Apresentar e incentivar o uso de ferramentas de comunicação para mobilizar, conscientizar e engajar pessoas. Este foi o propósito das Oficinas de Comunicação Popular ministrada para agricultores e agricultoras familiares e extrativistas de comunidades rurais do leste do Maranhão, promovidas pelo Fórum Carajás.

As oficinas foram ministradas pelas jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques, da Inspirar Inovação & Comunicação, para comunidades dos municípios de São Benedito do Rio Preto (Guarimã), Urbano Santos e Buriti (Carranca), todas dentro da área do bioma do cerrado maranhense.

As comunidades têm um grande potencial de comunicar. Vivenciam fortes histórias de luta e de resistência, produzem e preservam o meio ambiente. É uma comunicação feita por eles e para eles”, enfatizou Franci Monteles. Por meio da comunicação popular, de acordo com Yndara Vasques, as comunidades são incentivadas a fazerem uso das ferramentas e meios alternativos para mobilizar e conscientizar. “É uma comunicação onde eles são protagonistas das suas próprias histórias”, afirma Yndara Vasques.

A Inspirar atua junto aos povos e comunidades tradicionais potencializando as maneiras de comunicar. Como Assessoria de Imprensa, tem parceria junto aos coletivos de comunicação em defesa do meio ambiente, direitos dos povos e comunidades originários. Em casos emblemáticos como o massacre dos indígenas Gamella, reforçou as denúncias junto a mídia nacional e internacional por meio da OAB/MA. Na estruturação da Comunicação do Movimento das Quebradeiras de Coco Babaçu, implantou o fluxo de informação entre as integrantes, que atuavam em quatro estados (MA/PA/PI e TO), além de atuar na produção da campanha internacional de valorização da cultura da quebra do coco babaçu junto a organizações como a Actionaid e a União Europeia.

Fórum Carajás

No leste maranhense, o Fórum Carajás tem atuado, há mais de 10 anos, em defesa das comunidades tradicionais ameaçadas pelo agronegócio da soja e do eucalipto para produção de celulose. Estas monoculturas, que avançam e pressionam as comunidades para deixarem suas propriedades, emperram a demarcação de terras, provocam conflitos agrários e ameaçam a biodiversidade do cerrado maranhense. “Ao discutir a comunicação com as comunidades, permitimos a elas conhecerem melhor ferramentas e oportunidades para que possam se beneficiar, tanto no aspecto político quanto da comercialização dos produtos oriundos da agricultura familiar e do extrativismo no cerrado maranhense”, observa o presidente do Fórum Carajás, Mayron Borges.

O Fórum Carajás promove ainda a melhoria dos sistemas produtivos tradicionais da agricultura familiar, além de atuar também na formação, por meio de diversas estratégias, entre as quais, a comunicação popular como alternativa para fortalecer suas lutas.

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