Maranhão reforça medidas preventivas após aumento de casos de Covid-19

Flávio Dino destacou que a ocupação de leitos está abaixo dos índices de outros estados (Foto: Handson Chagas)

Escassez de vacinas, falta de oxigênio, aumento dos casos de Covid-19 no mundo e união de esforços para combater o avanço da doença. Com estas pontuações, o governador Flávio Dino iniciou sua fala em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (29), no Palácio dos Leões, Centro. Na ocasião, Dino citou dados mundiais do novo coronavírus e anunciou medidas preventivas adotadas pelo Governo do Maranhão.

Em apresentação à imprensa, o governador destacou o cenário internacional e nacional da pandemia, ambos com números crescentes. “Temos adotado medidas que, em 2020, se revelaram exitosas, sendo estas medidas assistenciais da rede de saúde e preventivas”, citou o governador Flávio Dino. Na ocasião, mostrou notícias de jornais de renome no mundo, mostrando o cenário negativo da pandemia, com o crescente de casos.

O governador enfatizou que “até aqui, não houve, infelizmente e sobretudo em nível federal, o enfrentamento adequado à pandemia do novo coronavírus”. Dino refere ao ranking elaborado por instituto australiano e divulgado pela agência francesa AFP, que elenca os países com melhor e pior desempenho no enfrentamento do coronavírus. O Brasil está na posição 98.

O Maranhão é o Estado brasileiro com a menor taxa de mortes por milhão, por conta do coronavírus. Seguem o Estado, Bahia e Minas Gerais. “Esse resultado é fruto do esforço de ampliação da rede assistencial com a oferta de leitos e da dedicação e qualidade dos nossos profissionais de saúde. Esse indicador é, objetivamente, um reconhecimento à qualidade do atendimento hospitalar prestado pelo Governo do Estado e nossa equipe”, enfatizou Flávio Dino.

Outro dado positivo aponta o Maranhão entre os cinco estados em situação de queda nos casos de coronavírus. Acompanha os estados de Pernambuco, Tocantins, Rio Grande do Sul e Sergipe. No Maranhão, a taxa de contágio está em 1,37% e o estado está entre os cinco do Brasil em situação de queda nos casos da doença. Os dados são de pesquisa da PUC/FGV-RJ. “Tivemos, exponencialmente, o crescimento de pessoas doentes em nosso estado e no país, de maneira geral”, informou o governador. Até ontem (28), o estado somava sete mil casos ativos e 747 internações, na rede estadual e privada de saúde.

A ocupação de leitos exclusivos para tratamento da Covid-19 no Maranhão apresenta índices bem abaixo dos de outros estados do país. Na Região Metropolitana de São Luís, a taxa de ocupação chegou a 82,88% dos leitos de UTI ocupados; e 73,33% dos leitos clínicos. Imperatriz também acompanha o aumento, no caso dos leitos de UTI e se mantém abaixo dos 40% nas demais regiões.

Citando a importância da vacina contra o novo coronavírus, o governador Flávio Dino enfatiza que “estamos cuidando daquilo que pode ser o principal vetor de superação deste quadro”. Classificou de “irresponsável e insano” o movimento anti-vacina e pontuou a campanha de vacinação no Maranhão. Até o momento, o Estado recebeu 233 mil doses de vacinas. “Mantemos a decisão de o Governo comprar vacinas, mas ainda não há ofertas”, informa.

A logística da gestão estadual para distribuição das vacinas e garantia da imunização dos maranhenses inclui o recebimento, armazenagem, transporte, aquisição de insumos como seringas e agulhas. Às prefeituras municipais cabem aplicar, organizar e sistematizar a campanha de imunização.

Finalizando a coletiva, Flávio Dino enumerou medidas da gestão a serem executadas em 2021, para enfrentamento da doença. Entre estas, criação de novos leitos de UTI, de novas unidades hospitalares; medidas preventivas como a suspensão das festas de carnaval (na consulta às prefeituras, 88% afirmaram que não fariam eventos), reforço das fiscalizações para uso da máscara e diálogo com os segmentos econômicos.

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