Sem saber de onde ia tirar dinheiro para o Renda Brasil – programa que deve atender 8 milhões de pessoas além dos que já são contemplados pelo Bolsa Família – o presidente Jair Bolsonaro cogitou cortar R$ 10 bilhões do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinados a idosos e deficientes.
Os Ministérios da Cidadania e Economia falaram em revisar mais de 2 milhões de benefícios e consequentemente endurecer a regulamentação sobre os critérios do BPC para poder então congelar os valores pagos.
Mas a notícia de que o governo ia tirar dos mais necessitados se espalhou de tal forma que irritou Bolsonaro. Ele publicou há pouco um vídeo dizendo assim: “vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final!”
O presidente apontou a culpa do vazamento da informação à equipe econômica e afirma: “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil.”
Na verdade se sabe do impacto sofrido nas contas públicas provocado pelo pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais e microempreendedores prejudicados pela crise do novo coronavírus que deixou muitos desempregados. E essa conta quem iria pagar mesmo?