Luciano Bivar é alvo de buscas da PF no caso dos laranjas do PSL

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira 15, mandados de busca e apreensão em endereço, em Pernambuco, ligado ao deputado federal Luciano Bivar, presidente do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

O cacique é suspeito de envolvimento em um esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018 no estado. A operação foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, que determinou a abertura de um inquérito policial para apurar fraude no uso de recursos do Fundo Partidário destinado a campanhas de mulheres da sigla.

“As medidas de busca e apreensão, deferidas pelo TRE-PE, visam esclarecer se teria havido burla ao emprego dos recursos destinados às candidaturas de mulheres, tendo em vista que ao menos 30% dos valores do Fundo Partidário deveriam ser empregados na campanha das candidatas do sexo feminino, havendo indícios de que tais valores foram aplicados de forma fictícia objetivando o seu desvio para livre aplicação do partido e de seus gestores”, diz a PF.

A Justiça autorizou a abertura do inquérito em março. A suspeita é que a secretária do PSL em Pernambuco, Maria de Lourdes Paixão, tenha atuado como laranja: embora tenha recebido 400.000 reais de verba pública para sua candidatura ao cargo de deputada federal, ela obteve apenas 247 votos.

O valor, a terceira maior cota do fundo eleitoral do partido – maior até do que a recebida por Bolsonaro – foi depositado a poucos dias da votação para pagar a impressão de santinhos e adesivos em uma gráfica. Em entrevista a VEJA, antes da abertura das investigações, Bivar considerou a situação como uma “aposta errada”

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