A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão determinou a conclusão em até 30 dias da sindicância para apurar a responsabilidade sobre documento ilegal emitido sem o conhecimento e a autorização do Comando da Instituição Policial Militar. A nota tratava de suposta determinação a Unidades do Interior sobre identificação de lideranças políticas.
Conforme estabelecido em lei, o prazo inicial de 30 dias corridos pode ser prorrogado por 20 dias, caso haja necessidade.
A ordem sobre a sindicância está em uma portaria assinada pelo comandante geral da Polícia Militar, Jorge Luongo. O encarregado pela apuração dos fatos será o coronel Antonio Roberto dos Santos Silva.
Entre os trabalhos que o coronel fará, está “qualificar, inquirir, conhecer e acarear, se for o caso, os envolvidos e demais testemunhas”, de acordo com a portaria.
Exoneração
Nesta sexta-feira (20), o secretário da Segurança Pública, Jefferson Portela classificou o documento emitido sem o conhecimento do comando da PM como um “erro gravíssimo”.
“Eu determinei a imediata exoneração dos responsáveis por essa nota. Não tem como permanecer na direção de um controle de processo eleitoral quem emite uma nota dessa”, disse o secretário.
“A exoneração é de um dois ou quantos forem. A nota contraria as regras da democracia”, acrescentou Portela. De acordo com ele, “isso foi comunicado sem passar ao Comando Geral, o que não pode. Nós somos uma corporação que tem disciplina e hierarquia.”
O comandante geral da PM, Jorge Luongo, afirmou que o procedimento de apuração já foi instaurado: “Nós fomos pegos de surpresa com essa documentação indevida e não autorizada. É um absurdo, uma nota ilegal que não foi emanada pelo comando da instituição. De pronto, a gente repudia esse levantamento”.