Ações coletivas são usadas em nome de direitos individuais, diz pesquisa

Os resultados dessa pesquisa foram apresentados no STF
Os resultados dessa pesquisa foram apresentados no STF

No Brasil, as ações coletivas são usadas estrategicamente para a defesa de direitos individuais homogêneos ou mesmo só de direitos individuais. Essa é uma das conclusões de estudo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Direito Público que investigou como se dá a formação, o julgamento e a execução de ações coletivas no país.

O levantamento, que integra a 2ª edição da série Justiça Pesquisa, do Conselho Nacional de Justiça, foi feito em 14 tribunais de diferentes estados e ramos de Justiça. A pesquisa Ações coletivas no Brasil: temas, atores e desafios da tutela coletiva buscou traçar um desenho sobre a tutela coletiva em seus diversos estágios. Nesse contexto, analisa desde a formação das demandas, passando pela tramitação dos processos até o efetivo cumprimento das decisões judiciais e acordos homologados para a proteção de direitos coletivos.

O estudo faz parte da 2ª edição da série Justiça Pesquisa, idealizada e custeada pelo CNJ, que abordou seis temas relacionados ao Judiciário brasileiro. Os resultados dessas pesquisas foram apresentados na última quinta-feira (19), no Supremo Tribunal Federal, durante o Seminário Justiça Pesquisa 2017, organizado pelo CNJ.

O levantamento foi dividido em três frentes, em que a primeira delas o exame de 52 mil ações coletivas e processos que utilizam essas ações como precedente nos sites dos tribunais superiores e de seis tribunais estaduais (Alagoas, Ceará, Goiás, Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul). A segunda e terceira fase incluíram entrevistas com operadores do sistema de justiça sobre a tutela coletiva no país, como valiam sua eficiência, como fazem uso dos instrumentos legais e processuais, além de problemas e diagnósticos

O uso estratégico de ações civis públicas para a defesa de direitos individuais homogêneos ou mesmo só individuais foi revelado pela análise dos dados. No tema saúde, por exemplo, prevaleceu a busca por satisfação de demandas pontuais. Na amostra analisada, não houve sequer uma ação que pretendesse reforma estrutural da política, como a incorporação ao SUS de medicamento, insumo ou serviço. A pesquisa mostrou que a jurisprudência dos tribunais analisados facilita este tipo de demanda, uma vez que deixa a critério do autor a vinculação à ação coletiva em trâmite.

Segundo o estudo, o principal problema dessa estratégia é que ela distorce um instrumento voltado à defesa de direitos coletivos em sentido estrito ou difusos e enfraquece as possibilidades de diálogo e mobilização social. A ampliação da publicidade da tutela coletiva é apontada como uma possível solução para esse problema. Além disso, a mudança na concepção dos próprios magistrados sobre o assunto também se faz importante, uma vez que a maioria dos juízes entrevistados (62%) responderam que ações individuais têm mais chance de sucesso do que as coletivas.

Ainda em relação à fase de formação de demanda, houve destaque para a controvérsia sobre a necessidade de supervisão judicial do inquérito civil. Os críticos desse instrumento argumentam que o MP abusa da ferramenta para obter extrajudicialmente resultados que não alcançaria pela via judicial. Grande parte dos juízes entrevistados (83%), no entanto, discordam dessa avaliação. Os termos de ajustamento de conduta e os inquéritos civis, em especial, são vistos como instrumentos que comportam diferentes usos estratégicos por parte de promotores (nos dois casos) e de defensores (somente no segundo caso). A conclusão é que, para essas instituições submeterem esses mecanismos ao controle judicial, significaria um grande revés.

Tramitação

Nesta fase, merece destaque a fragilidade percebida pelos próprios juízes a respeito do conhecimento que possuem sobre direitos coletivos, uma vez que 89,3% dos respondentes não consideram plenamente adequada a formação da magistratura em temas relacionados aos direitos coletivos e processuais. A pesquisa sugere a necessidade da implantação de políticas para tutelar tais direitos. A falta de estrutura do Judiciário foi apontada como uma das causas da dificuldade de processamento das ações coletivas, uma vez que são mais complexas e despertam na sociedade anseios de uma justiça rápida e eficaz.

O levantamento listou ainda fatores de desestímulo a demandas coletivas que envolvam questões ambientais ou relacionadas à improbidade administrativa. Ficou claro que a possibilidade de êxito em tais ações está muito ligada à capacidade do demandante de produzir provas técnicas e materiais do dano ambiental, no caso da ação ambiental, e do elemento subjetivo do agente público (dolo) no caso da improbidade.

Nesta etapa, são apontadas dificuldades diversas para execução da sentença judicial. Para 98,5% dos entrevistados, a estrutura do Judiciário é insatisfatória de alguma maneira. Outra conclusão diz respeito ao acompanhamento e fiscalização do cumprimento dos acordos e decisões, especialmente pela ausência de mecanismos institucionais voltados para tal propósito.

Muitos atores ouvidos no estudo defenderam a necessidade de um Código de Processo Coletivo que seja capaz de harmonizar o conjunto de leis e de procedimento nessa área. Especificamente em relação às ações de improbidade administrativa, duas propostas de aperfeiçoamento da legislação emergiram como raros consensos entre juízes e promotores. A primeira seria a eliminação da fase de notificação preliminar em ação de improbidade, podendo o requerido ser citado sem apresentação de defesa prévia. A segunda, introduzir a possibilidade de firmar acordos de leniência com pessoas físicas e jurídicas no âmbito deste tipo de processo civil.

Fonte: CONJUR com informações do CNJ

Eleitores do Maranhão que atuarem como mesários serão isentos de taxas de concurso

Foto Divulgação

Há muitos benefícios em atuar como mesário. Entre eles, além de a democracia ser fortalecida, o eleitor do Maranhão que aceitar o trabalho terá isenção em taxas de concursos promovidos pela administração pública direta, indireta, autarquias, fundações públicas e entidades mantidas pelo poder público no âmbito estadual.

Para garantir a isenção, o eleitor maranhense terá que comprovar o serviço prestado através de declaração ou diploma expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão que contenha nome completo, função desempenhada e data da eleição ao qual foi convocado e nomeado para funcionar como componente de mesa receptora de voto ou de justificativa, na condição de presidente de mesa, de primeiro ou segundo mesário ou secretário, membro ou escrutinador de junta eleitoral, supervisor de local de votação, também denominado de administrador de prédio, e os designados para auxiliarem nos trabalhos, inclusive os destinados à preparação ou montagem de votação.

A isenção foi garantida pelo governador Flávio Dino que assinou a Lei 10.698/17 (formato PDF), proposta pelo deputado estadual Bira do Pindaré, aprovada pela Assembleia Legislativa e publicada no Diário Oficial da União no último dia 13 de outubro.

De acordo com os números do grupo de servidores que trabalha com a temática no Regional, em 2014 foram 6.679 eleitores que participaram das eleições como mesários voluntários e em 2016 foram 8.028, sendo 4.888 no interior do estado e 3.140 na capital.

Para se inscrever como mesário é bem simples. Basta preencher formulário disponível no endereço eletrônico www.tre-ma.jus.br, guias institucional / responsabilidade socioambiental ou pelo número 0800 098 5000 (Disque Eleitor).

Outra novidade é que o TRE-MA lança agora nova campanha institucional que trata do tema mesário voluntário. O novo layout resulta de compromisso assumido pelo grupo de trabalho e que, desta vez, integra vários segmentos de gênero, raça, deficiência, entre outros.

A divulgação de informações da nova campanha será feita na imprensa e nas redes sociais sobre as vantagens de ser mesário voluntário, visitas a faculdades, distribuição de cartazes e panfletos, veiculação de peças gráficas em outdoors e traseiras de ônibus, entre outras ações. Tudo será feito com a expectativa de acrescer o número de mesários voluntários das últimas duas eleições.

O que é ser mesário voluntário?

A Justiça Eleitoral conta com o apoio de cidadãos conscientes de suas atribuições e comprometidos com a atividade a ser desempenhada, garantindo, dessa forma, transparência no processo eleitoral. As eleições são de interesse de toda a comunidade e o trabalho dos mesários, juntamente com o dos funcionários da Justiça Eleitoral, garante que a vontade do eleitor seja respeitada.

Vantagens de ser mesário

– Dispensa do trabalho pelo dobro dos dias de convocação, sem prejuízo de salário, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral (Art. 98, da lei 9.504/97);

– O exercício das atividades de mesário será considerado como critério de desempate em concurso público (desde que haja previsão no Edital);

– Quanto aos servidores públicos, o exercício das atividades de mesário será considerado como critério de desempate, em caso de promoção (Lei nº 4.373/65 – Cód. Eleitoral, Art. 379, §§ 1º e 2º);

– Reconhecimento público de serviços prestados à Justiça Eleitoral (entrega de Certificado);

– Horas complementares/extracurriculares nas universidades conveniadas por serviços prestados à Justiça Eleitoral – 30 (trinta) horas para o primeiro turno e 24 (vinte e quatro) horas para segundo turno, se houver.

Quem pode ser mesário?

Todo eleitor, maior de 18 anos, em situação regular perante a Justiça Eleitoral.

Quem não pode ser mesário?

– Os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau inclusive, e também o cônjuge;

– Os membros de diretórios de partidos políticos caso exerçam função executiva;

– As autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;

– Os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Foco na prevenção

Carlos Lula, Secretário de Saúde do Estado

Por Carlos Lula

Na última semana, o Governo do Estado deu mais um importante passo para o fortalecimento das ações na área da Vigilância em Saúde. A realização da primeira Conferência Estadual de Vigilância em Saúde é mais um marco na gestão do governador Flávio Dino. O evento, inédito no Maranhão, é mais uma das ações do poder público estadual com foco na promoção de um modelo mais eficaz de atenção à saúde. A Vigilância em Saúde – onde estão inseridos os eixos epidemiológico, sanitário, ambiental e saúde do trabalhador – nos coloca um passo à frente da doença e do agravo.

Investir na prevenção é a melhor forma de evitar que o paciente precise de uma assistência mais complexa. É investir em condições de vida mais saudáveis para a população maranhense. Além disso, o foco na prevenção reflete nossa preocupação com a aplicação racional do dinheiro público, levando em consideração que o custo das ações de prevenção é mais baixo que a assistência especializada, necessária quando há o agravo da doença, por exemplo. Nesse contexto, temos nos esforçado, desde o início da gestão, para desenvolver as ações na área da Vigilância em Saúde e fortalecer os serviços de prevenção. Afinal, já diz o ditado: Prevenir é melhor do que remediar!

Entre as ações do poder público estadual nessa área, está o combate às arboviroses por todo o estado. Em 2016, quando houve o surto por causa do Aedes aegypti nas cidades de Barra do Corda e Paço do Lumiar, a Secretaria de Estado da Saúde adotou como estratégia ao Hospital de Campanha para socorrer os pacientes. Foram disponibilizados 15.580 medicamentos, entre analgésicos, antialérgicos, antitérmicos, anti-inflamatórios e soros para reidratação dos pacientes, com um investimento de R$ 21.147,22. Este valor só em medicamentos.

Depois de controlar o surto, como medida preventiva para 2017, o governo intensificou as ações de enfrentamento das arboviroses em todo o estado. O resultado foi a diminuição de casos notificados, comparados ao ano passado. Os indicadores não mentem. O fortalecimento de ações de promoção e prevenção à saúde no Maranhão garante economia financeira, qualidade de vida e assegura o direito universal e igualitário à saúde, como rege a nossa Constituição Federal.

A finalidade da Vigilância em Saúde nada mais é que assegurar que a pessoa saudável permaneça nesse estado. É consolidar uma rede de atenção à saúde mais eficiente e mais sensível as necessidades da população. Por isso, é fundamental o trabalho integrado dos entes federativos, que devem atuar como parceiros do povo, na elaboração de políticas de saúde resolutivas. De modo que a criação dessas políticas manifeste-se em ações concretas nas áreas da Vigilância em Saúde.

Avançamos também no âmbito da Vigilância Epidemiológica com o fortalecimento das ações do Programa Estadual de Controle da Malária. Tornamos-nos líderes no ranking de redução da doença na Região Amazônica. O governo mantém a vigilância, monitorando as regiões, beneficiando diretamente 23 municípios de regionais de saúde como Zé doca, Pinheiro e Santa Inês.

O êxito das ações de combate à malária no estado resultou na aprovação do Plano de Demanda de Investimentos para apoio de Eliminação da Malária Falciparum no Maranhão, elaborado pelo programa. As ações do plano estão sendo executadas com recurso na ordem de R$ 883 mil, do Fundo Nacional de Saúde (FNS). As atividades estão focadas na eliminação do Plasmodium falciparum, protozoário parasita causador da malária.

A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. Certos da importância desse debate e da necessidade de ampliação das ações de vigilância em saúde, estamos investindo recursos e esforços com o intuito de, fortalecendo as ações nessa área, oferecer aos maranhenses acesso à informação e serviços, de modo a proporcionar uma vida mais saudável aos cidadãos e evitar o agravo de doenças e a necessidade de uma assistência mais complexa.

Cúpula do PMDB: mais suja que pau de galinheiro!

Presidente Michel Temer

Em busca de provas para corroborar os depoimentos dos delatores da Odebrecht, a Procuradoria-Geral da República encontrou, no sistema eletrônico da empresa, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A PGR localizou ordens de pagamentos e descartou fraudes na criação dos arquivos.

Os relatórios da SPEA (Secretaria de Pesquisa e Análise), órgão técnico da PGR, foram produzidos por um perito criminal entre 27 de julho e 8 setembro deste ano.

Os nomes dos dois peemedebistas estavam em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes “Fodão” e “Babel”, respectivamente.

A análise da PGR também encontrou arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), todos do PMDB.

Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos.

Para investigadores, a importância dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente.

A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos.

Todos eles –Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves– são apontados nas delações como operadores de arrecadação de recursos da empreiteira para o PMDB. Os três últimos estão presos.

Os relatórios foram anexados aos autos da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB, incluindo os ministros Padilha e Moreira Franco.

Após intenso trabalho de tratamento de informações“, segundo relatórios, 1,7 milhão de arquivos foram analisados, sobretudo e-mails e planilhas do Drousys, sistema de comunicação usado pela Odebrecht para gerenciar propinas.

Conforme um dos relatórios, de 8 de setembro, a PGR encontrou no Drousys uma planilha chamada “programações semanais-2010”, com uma ordem de pagamento de R$ 200 mil para “Fodão” na data de 27 de julho de 2010.

O arquivo foi criado em 2 de janeiro de 2007 e modificado pela última vez em 8 de novembro de 2010, segundo o perito. Outra planilha afirma que o pagamento dos R$ 200 mil foi efetivado em 3 de agosto de 2010 em Porto Alegre.

Ainda segundo o relatório, uma terceira planilha, “Tradução-07-17-08-17-54”, trazia em uma aba denominada “BJ” –possível referência ao executivo Benedicto Júnior– a vinculação do apelido “Fodão” ao nome de Padilha.

De acordo com o perito, os metadados dessa planilha mostram que ela foi criada em junho de 2006 e modificada pela última vez em julho de 2008, quase seis anos antes do início da Lava Jato.

Segundo outro relatório, de 27 de julho, o arquivo “programações semanais-2010” também mostra sete ordens de pagamento para “Babel” em 2010, para serem realizados em Salvador. A primeira delas, de R$ 155 mil, por exemplo, indica “Obra: Tabuleiros Litorâneos”.

Na outra planilha, “Tradução-07-17-08-17-54”, o codinome “Babel” está associado a “Gedel V. Lima”, ainda de acordo com esse relatório.

Outros arquivos apontam ainda repasses atribuídos a Padilha por meio dos codinomes “Primo”(R$ 4,6 milhões em 2008 e 2014) e “Bicuira” (R$ 1,4 milhão em 2010) –mas não há, nos relatórios, a informação de que exista no próprio Drousys a associação entre o ministro e tais apelidos.

Sobre Moreira Franco, um dos relatórios aponta ter encontrado arquivos com ordens de pagamentos no valor de R$ 7 milhões a “Angorá” –apelido dado ao ministro, segundo as delações.

Dois dos relatórios afirmam ter encontrado arquivos de pagamentos programados a Henrique Alves, sob os codinomes “Fanho” (R$ 2 milhões em 2014) e “Rio Grande” (R$ 112 mil mais US$ 67,2 mil no ano de 2010).

Outros três documentos indicam repasses atribuídos a Cunha, identificado, segundo delatores, pelos apelidos “Calota” (R$ 300 mil em 2014), “Acadêmico” (R$ 3,05 milhões de 2010 a 2014) e “Caranguejo” (ao menos R$ 28,6 milhões entre 2008 e 2014).

Leia mais em Folha de S. Paulo

Artigo: Um governo de todas as cidades

Foto Reprodução

Por Flávio Dino

Esta semana, fui surpreendido pela notícia de que um acordo entre a bancada do Maranhão e os prefeitos, para destinação de R$ 160 milhões para a Saúde dos municípios, foi desrespeitado em face da imposição de senadores. Um recurso que iria para as Prefeituras, custear os serviços de saúde gratuita à população, foi sabotado apenas para supostamente me prejudicar. É um triste exemplo da mesquinhez política que guia o grupo político que por tantas décadas foi preponderante em nosso estado.

Fico feliz de ir na contramão desta lamentável herança que tenta se fazer presente a cada instante. Tenho feito um governo de todos os maranhenses. E que trabalha para todos os 217 municípios do Maranhão. Isso se comprova pelas ações nos municípios, independente de coloração partidária de cada prefeito. Houve um tempo em que, quando o prefeito e o governador brigavam, quem sofria era o povo. Hoje, nós distribuímos ambulâncias, viaturas, tratores e motoniveladoras aos municípios, além de obras de escolas e asfalto, sem excluir cidades por questões políticas.

Já foram 112 ambulâncias entregues este ano, unidades de atenção emergencial, com toda a capacidade de deslocar um paciente em segurança até um hospital. Sem distinção política. Pois quem usará a ambulância não é o prefeito, é o povo. E é para ele que nós políticos devemos trabalhar.

Já entreguei também 38 motoniveladoras para prefeituras, um investimento aproximado de R$ 21 milhões. É a doação de um equipamento (patrol) para prefeituras a fim de que possam trabalhar na melhoria de suas estradas rurais, melhorando o escoamento da produção agrícola, bem como o acesso dos moradores de povoados a serviços públicos.

Na segurança, já entreguei 833 viaturas este ano, entre carros e motos, superando a meta que havia colocado de 700 unidades. São veículos que permitem a presença das forças de segurança em todos os cantos do Maranhão. É graças a esse esforço e à ampliação da tropa, que chegou a seu recorde histórico de 12 mil policiais, que estamos conseguindo reduzir os números de violência em nosso estado. Só em São Luís, por exemplo, o número de homicídios caiu pela metade entre setembro deste ano e setembro de 2014 – no governo passado.

Com essas ações, estou cumprindo mais uma das promessas que fiz na campanha eleitoral de 2014, quando assegurei que seria um governador amigo de todas as cidades do Maranhão. Hoje, o Governo do Maranhão trabalha em favor dos municípios.

Num passado recente, que não queremos mais por perto, cidades ficaram décadas sem obras porque seus prefeitos eram de grupos políticos contrários à oligarquia que por tanto tempo controlou nosso estado. Até a capital passou anos sem uma parceria entre a Prefeitura de São Luís e o Governo, prejudicando ações como a pavimentação da cidade.

Temos boa relação institucional com todos os Poderes e com os municípios, pois acredito que o diálogo sempre é o melhor método de trabalho. Claro que o diálogo exige reciprocidade e respeito mútuo, e é isso que sempre buscamos. Nosso lema é a união pelo Maranhão, daí a nossa disposição de sempre procurar ajudar aqueles que nos procuram.

É assim, fazendo o bem sem olhar a quem, sem perseguição política, e trabalhando para o povo de todas as cidades que fazemos o Governo de Todos Nós. Vamos deixando para trás o tempo de desmandos, arbitrariedades e conchavos espúrios, que tenho certeza de que não voltarão mais.

Presos são transferidos de Barra do Corda para Codó, Colinas e São Luís

Complexo Penitenciário em Pedrinhas

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) transferiu neste sábado (21) os 12 presos que estavam na Delegacia de Barra do Corda. Os detentos foram levados para as unidades penitenciárias de Codó, Colinas e São Luís. Na próxima semana, a Seap vai assumir as carceragens das delegacias de Tutóia, Carolina, São João dos Patos, Colinas e Barra do Corda.

Desde 2015, a Secretaria vem trabalhando para transformar carceragens de delegacias em unidades prisionais, como já ocorreu em Cururupu, Carutapera, Governador Nunes Freire, Grajaú, Presidente Dutra e Zé Doca.

Além disso, já foram construídos/reformados 18 prédios da Polícia Civil com o objetivo de melhorar a estrutura precária acumulada nas décadas passadas. No momento, outros dez prédios estão em obra de construção ou reforma.

A meta é recuperar até o fim deste ano, um total de 36 órgãos da Secretaria de Segurança Pública. A previsão é que sejam feitas melhorias em mais de 40 delegacias até 2018.

Cantor Silvanno Salles é acusado de dar calote em Coroatá

Silvanno Salles

O cantor de arrocha conhecido como ‘apaixonado’ agora está sendo chamado de ‘enrolado’.

De acordo com o Blog Coroatá de Verdade, Silvanno Salles deixou milhares de fãs decepcionados em Coroatá. Ele iria fazer um show na noite da última quinta-feira (19) mas não apareceu ao local do evento e só avisou em cima da hora que não ia cantar.

Depois disso, Silvanno gravou vídeos e se justificou em veículos de comunicação da cidade informando que o show aconteceria no dia seguinte, ou seja, na sexta (20). Ele também teria pedido aos fãs que ainda não tinham comprado ingresso que adquirisse o seu.

O empresário do artista afirmou que às 22h40min o cantor estaria no palco. Mas isso não aconteceu. O público esperou mais de uma hora e Silvanno novamente não compareceu ao local do show.

O cantor tinha um compromisso no mesmo horário em Presidente Dutra, onde também cantaria e só teria ido a Coroatá para receber uma parte do pagamento do cachê dele.

Inconformados, os coroataenses tentaram contato com a produção do cantor, Guanabara Show, mas não obtiveram resposta.

O ocorrido virou caso de polícia. Mas será que o dinheiro será devolvido a quem comprou o ingresso?

Rubens Júnior é eleito melhor deputado do Maranhão em 2017

Deputado Rubens Júnior (PCdoB)
Deputado Rubens Júnior (PCdoB)

O deputado federal e vice-líder do PCdoB na Câmara, Rubens Júnior, foi eleito “Melhor Deputado do Ano” por votação popular do Prêmio Congresso em Foco 2017. O resultado foi revelado na última semana, após dois meses de avaliação dos parlamentares em diversos meios, entre eles, o povo por meio da internet. O prêmio reconhece o trabalho dos políticos Ficha Limpa mais atuantes do Congresso Nacional.

Para o deputado, o resultado reflete seu esforço e compromisso com o povo do Maranhão. “Desde o primeiro dia do mandato nos dedicamos para servir aos maranhenses e ao Brasil. Queremos cumprir o nosso papel. Fico muito feliz por ter a confirmação que estamos no caminho certo. Nosso foco segue no trabalho”, declarou Rubens Júnior.

Rubens Júnior concorreu com outros 14 deputados federais eleitos no estado e alcançou o maior número de votos. A segunda e terceira colocações foram ocupadas por Zé Carlos (PT) e Cleber Verde (PRB), respectivamente.

Criado em 2006 para valorizar a atividade política e o papel do Legislativo no que eles têm de mais nobre e útil à sociedade, o prêmio Congresso em Foco combate a imagem de que todos os políticos são iguais. Também procura destacar a necessidade de valorizar os bons exemplos para melhorar a qualidade de um Parlamento tão pródigo em produzir vexames.

Rubens Júnior comentou, ainda, que o prêmio é fundamental e deve ser estimulado porque conta com a participação popular na votação, além de aproximar a sociedade do parlamentar. “A população precisa acompanhar continuamente a política para mudar os rumos do Parlamento brasileiro. Nesse momento, com a crise política e a proximidade das eleições, saber exatamente como o parlamentar que votou tem atuado é extremamente importante.”

PCdoB reúne mais de 10 partidos e se consolida como maior do Maranhão

Flávio Dino reúne mais de 10 partidos aliados na abertura da Conferência Estadual do PCdoB
Flávio Dino reúne mais de 10 partidos aliados na abertura da Conferência Estadual do PCdoB

O PCdoB reuniu uma ampla aliança na grande 15ª Conferência Estadual realizada nesta sexta-feira (20), no Espaço Renascença, em São Luís. Com a presença dos líderes políticos dos principais partidos, prefeitos, vereadores e militantes de todas as regiões, o evento ratificou a liderança do governador Flávio Dino à frente do governo do Estado e a continuidade do projeto de mudanças e transformações que o Maranhão atravessa.

Com mais de três mil pessoas na plateia, o PCdoB se consolida como o maior partido do Maranhão e recebe a adesão de cada vez mais siglas na grande aliança que está se formando para as eleições de 2018. Em discursos carregados de palavras de apoio e reconhecimento ao trabalho do governador Flávio Dino, a Conferência marca a aprovação e favoritismo do projeto que interrompeu, nas últimas eleições, uma das mais longevas oligarquias do Brasil.

Em seu discurso, o governador Flávio Dino lembrou da luta que teve início há quatro anos – na Conferência realizada no ano de 2013 – e disse que a esperança e a mudança moveram o povo maranhense naquela época. “Mas nós não somos movidos hoje, diferente de quatro anos atrás, apenas por uma ideia abstrata de esperança. Nós temos ao nosso lado a confirmar a nossa esperança, fortalecer e dar coerência, dar vida às nossas palavras. Temos ações e resultados. Eu tenho muito orgulho de dizer para vocês que nesses quatro anos de 2013 até hoje, eu aprendi muito. Aprendi todos os dias. E me dediquei como nunca eu fiz na minha vida profissional a essa missão”, ressaltou Flávio Dino.

Ele lembrou ainda do momento econômico complicado que o país atravessa, mas que com trabalho e união está conseguindo cumprir o programa de governo proposto. “Se vocês não encontrassem correspondência prática entre os compromissos e ação de governo nem eu estaria aqui”, disse, enfatizando o fato dele ser 100% ficha limpa e que atualmente governador e secretários não enriquecem às custas do dinheiro público. “E essa é a razão pela qual o dinheiro rende. Pelo qual a gente com pouco consegue fazer muito. Porque no nosso governo não tem taxa, não tem propina e não tem pedágio. E essa é uma grande conquista do povo”, completou.

Flávio Dino agradeceu a todos que fazem o Governo do Maranhão, “vocês me fazem dormir tranquilos, porque o nosso destino e o destino do povo do Maranhão está bem entregue na mão de todos e todas que aqui estão” e também aos parceiros que ajudam nessa empreitada, “quero, acima de tudo, agradecer aqueles que não são do PCdoB. Porque sozinho a gente não chega em canto nenhum”.

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, participou da Conferência e sublinhou as alianças que formam uma identidade programática e ideológica que fazem ser possível enfrentar qualquer desafio. Ela destacou a trajetória profissional e política do governador Flávio Dino e frisou que a com a sua “capacidade, inteligência, competência e, antes de tudo, compromisso com o povo, é capaz de virar a história do Maranhão e de mudar o rumo do estado”.

Ela elencou uma série de investimentos que estão sendo feitos pelo Governo do Estado nas áreas de educação, saúde, infraestrutura – entre tantos outros – e realçou que o Maranhão está dando exemplo de administração em tempos de crise e carregando a esperança de que quando se tem forças políticas comprometidas, o povo se organiza e vai junto fazendo as mudanças. “Ser bom no bom é bom. Eu quero ver o cabra ser bom no ruim. E é isso que o governador está fazendo”, citou um ditado do seu Estado, o Pernambuco.

O presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, enfatizou a construção de algo que vem sendo histórico no estado, “que é esse projeto de um Maranhão melhor para todos liderado pelo governador Flávio Dino”. Ele agradeceu aos parceiros que estão irmanados nessa grande luta por igualdade, justiça e oportunidades e citou a militância e a “gratidão aos companheiros e companheiras que não são do PCdoB mas que comungam da mesma fé que o nosso partido”.

Aliados

Flávio Dino com integrantes da União da Juventude Socialista
Flávio Dino com integrantes da União da Juventude Socialista

A 15ª Conferência Estadual do PCdoB contou com a participação de líderes políticos de mais de 10 partidos que hoje compõe o campo de alianças do Governo do Estado, além de dezenas de prefeitos do partido. Todos foram efusivos em seus discursos e reafirmaram o compromisso de manter o projeto de mudanças implantado no Maranhão a partir de 2015. “Com união, harmonia e com amizade se constrói um grande futuro”, afirmou o presidente do PR, deputado estadual Josimar de Maranhãozinho.

O presidente do PRB, o deputado federal Cléber Verde, falou sobre a satisfação de estar compondo Governo. “Quero dizer do nosso compromisso não só dessa aliança, compromisso de gestão, político de partilhar de uma luta que está mudando a realidade do Maranhão. Eu tenho andando pelos municípios e é visível a mudança hoje que o Maranhão tem diante daquilo que o senhor tem feito com a sua equipe, com o dinamismo a favor do povo do Maranhão”, disse o parlamentar ao governador.

O presidente do PSB, prefeito de Timon Luciano Leitoa, disse ter “muito orgulho de por onde nós andamos a gente sempre mostra que o Maranhão tem avançado bastante”, e citou a triste situação vivida pelo vizinho estado do Piauí, que passa por problemas decorrentes da crise. “O governador Flávio Dino tem feito, nesse momento de crise econômica, um grande governo. Que orgulha muitos dos maranhenses que esperaram por esse momento”, salientou.

O presidente do PT, Augusto Lobato, e o deputado federal Waldir Maranhão também ressaltaram o governo do PCdoB no Maranhão. Para o presidente do PDT, deputado federal Weverton Rocha, os partidos coirmãos sempre caminharam nas grandes lutas do país, nos direitos dos mais humildes e dos pobres, sempre em defesa da sociedade. “Temos orgulho de dizer que temos um comandante nesse barco que está passando por essa grande tempestade que é o comandante Flávio Dino ajudando atravessar esse momento difícil”, destacou.

Congresso Nacional

A Conferência Estadual do PCdoB seguiu neste sábado, na Assembleia Legislativa, com debates em torno do tema. “Em defesa da nação, da democracia, do desenvolvimento e dos direitos sociais”. O evento no Maranhão funcionou como encontro preparatório para o 14º Congresso Nacional do partido, a ser realizado entre os dias 17 e 19 de novembro, em Brasília.

Ele serviu ainda como debate local das teses definidas pela direção nacional do partido. Essas teses devem orientar – após amplo e democrático debate durante o 14º Congresso Nacional – a ação partidária nos próximos quatro anos.

Após 30 anos, Câmara de São Luís volta a julgar contas de ex-prefeitos

Astro de Ogum, presidente da Câmara Municipal de São Luís

O prazo para a Câmara Municipal de São Luís (CMSL) analisar as contas de um prefeito, logo após o envio do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), é de um mês. Porém a avaliação dos cálculos das gestões de três ex-prefeitos — Gardênia Ribeiro Gonçalves, Conceição de Maria Carvalho de Andrade e Jackson Kepler Lago (já falecido) — estão atrasadas. Para zerar o julgamento das contas pendentes, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado pelo presidente da Casa, vereador Astro de Ogum (PR), junto com o Ministério Público Estadual (MP) e o Tribunal de Justiça, através da Vara de Interesses Difusos e Coletivo da capital.

O acordo possibilitou a apreciação do balanço financeiro dos ex-gestores da capital que há 30 anos não passava pelo crivo dos parlamentares. Para zerar os documentos pendentes, o Plenário Simão Estácio da Silveira começa a discutir alguns destes pareceres enviados pelo TCE-MA. Os primeiros julgamentos já estão na pauta da ordem do dia desta segunda-feira (23).

Dos 31 relatórios referentes aos anos compreendidos entre 1986 e 2017, foram identificados 13 relatórios com conclusão relativos às contas de 1988, de responsabilidades de Gardênia Gonçalves, aprovado com ressalvas; 1989, 1990, 1991 e 1992, de responsabilidades de Jackson Lago, também aprovadas com ressalvas; 1993, 1994, 1995 e 1996, de responsabilidades de Conceição Andrade, que teve parecer prévio com abstenção; e 1997, 1998, 1999 e 2000, também de responsabilidades de Jackson Lago, aprovadas com ressalvas.

A votação dos 31 vereadores vai determinar o futuro político de dois dos três ex-prefeitos – Gardênia Gonçalves e Conceição Andrade – porque caso os resultados forem desfavoráveis a elas, poderão ficar inelegíveis politicamente por oito anos e consideradas “fichas sujas”. Dos ex-prefeitos que ainda poderão ser julgados até o fim do ano, apenas dois já faleceram: Jackson Lago, que administrou a cidade, de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000; e João Castelo, de 2009 a 2012.

Mais três

Apesar do longo tempo desde que as contas deixaram de ser julgadas — o último registro no TCE é de 1987 —, só este ano, com a assinatura do TAC, foi que o assunto voltou a ser debatido no Palácio Pedro Neiva de Santa, sede do Poder Legislativo de São Luís. Além das contas de Gardênia, Conceição e Jackson, também devem passar pelo crivo dos vereadores até o final do ano o balanço de outros três prefeitos: Tadeu Palácio, de 2002 a 2004 e 2005 a 2008; João Castelo, de 2009 a 2012; e o atual prefeito Edivaldo Júnior, de 2013 a 2016.

Tramitação

Pela legislação, o TCE dá um parecer prévio a respeito dos números, mas cabe ao Legislativo dar a palavra final sobre eles. A partir do momento em que esse parecer prévio do TCE chega à Câmara Municipal, a Comissão Orçamento, Finanças, Planejamento e Patrimônio Municipal passa a deliberar tanto a respeito do parecer quanto das contas do Executivo. Nesse processo, o colegiado pode ou rejeitá-los ou aprová-los ou, ainda, aprová-los com ressalvas. A decisão da comissão ganha forma de um Projeto de Resolução, que será submetido à análise do Plenário da Câmara.

Após a aprovação pelo Plenário da Câmara, o Projeto de Resolução é encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça, Legislação, Administração e Assuntos Municipais para a elaboração e a votação da proposta de redação final. Terminado este processo, a Resolução é promulgada pela Câmara, que informa ao TCE a decisão do Plenário a respeito do parecer prévio e das contas do Executivo.

Prerrogativa

Segundo os artigos 58 e 59 da Lei Complementar Federal 101/2000, é obrigação privativa das Casas Legislativas realizarem a análise das contas do Poder Executivo após o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE).