Prefeito Magno Bacelar anuncia arrocho fiscal em Chapadinha

Magno Bacelar, prefeito de Chapadinha

A Prefeitura de Chapadinha está preparando um plano de arrocho fiscal pra cima dos chapadinhenses. O anúncio foi feito pelo prefeito Magno Bacelar (PV) por meio de uma nota divulgada pela Secretaria de Comunicação nesta terça-feira (22).

Camuflada atrás de uma suposta capacitação para os servidores do setor de tributos, a nota da prefeitura diz que o código tributário do município será cumprido na íntegra. “Na reunião foi decidida a realização de uma capacitação com os servidores para que se faça cumprir o código tributário do município na sua plenitude”.

O prefeito disse ainda que as medidas de arrocho fiscal são de fundamental importância para o município em virtude da queda de receita nos repasses do governo federal. “A diminuição dos repasses do governo federal nos obriga a criar saídas para manter o equilíbrio financeiro do município”, afirmou o chefe do executivo.

Professores na Mira

Na semana passada, o prefeito Magno Bacelar já havia anunciado que deve “arrochar” com medidas drásticas os professores do município.

Tributação no Trabalhador

Ao invés de cortar na própria carne, reduzindo o quadro de comissionados, contratados e secretarias, o prefeito prefere tributar o trabalhador mais humilde que já ganha tão pouco.

Sem Dinheiro

A situação em Chapadinha é preocupante, o Pirapemas.com apurou que hoje o município não tem dinheiro em caixa para pagar a segunda parcela do décimo terceiro salário, além disso, o pagamento dos próximos vencimentos também já estaria comprometido.

Ao que se percebe, o município enfrenta uma crise financeira que só se agrava a cada dia.

Fonte: Portal Pirapemas.com

Juíza não vê indícios de fraude e mantém legalidade de concurso em Pindaré-Mirim

Henrique Salgado, prefeito de Pindaré-Mirim

A juíza Ivna Cristina de Melo Freire, titular de Pindaré-Mirim, proferiu sentença na qual mantém a legalidade do concurso público realizado pelo município.

A ação, em caráter de urgência, era movida contra o Município de Pindaré Mirim – administrado por Henrique Salgado (PCdoB) – e contra a Fundação Sousândrade, requerendo a suspensão do concurso público em andamento e posterior ratificação da liminar com a anulação do concurso. Alega o Ministério Público que no concurso público para provimento de cargos efetivos, bem como para cadastro de reserva, da Prefeitura do Município de Pindaré-Mirim, não foi observado o processo licitatório.

Entretanto, restou comprovado, constante nos autos do processo, que a Prefeitura instaurou Processo Administrativo 001/2016, o qual dispõe acerca da dispensa da licitação. Informa, ainda que compareceram a Promotoria de Justiça as mulheres Obenilde Sousa de Lima e Lindalva dos Santos Correa, as quais alegaram que a Prefeitura não abriu vagas para cargos destinados aos profissionais da Educação Especial. Por fim, requereu a promotoria o deferimento liminar para suspensão do concurso e a declaração de nulidade do Edital 001/2016. O representante da Fazenda Pública Municipal foi intimado a se manifestar acerca do pedido liminar, no prazo de 72hs, em respeito ao procedimento estabelecido na Lei 8347/92.

A Prefeitura de Pindaré-Mirim, sobre a dispensa de licitação, menciona a relevância da Fundação Sousândrade, argumenta que o corpo técnico da fundação atua de forma competente e dedicada, há muitos anos e em vários certames, adiante, menciona que existem determinadas hipóteses, que a Administração Pública, pode legitimamente contratar sem a realização de licitação, requerendo ao final o indeferimento liminar. O município afirma que a dispensa licitatória foi legal e obedeceu os critérios exigidos por lei, e em virtude de ter feito cotação de preço com três instituições: Fundação Sousândrade, Fundação Carlos Chagas e Exitus Consultoria, na qual somente a primeira teria apresentado proposta.

A Fundação relatou que prescinde de licitação casos de contratação de instituição brasileira incumbida estatutariamente de pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional, desde que detentora de reputação ilibada e sem fins lucrativos, razão pela qual está caracterizada nessa hipótese a dispensa de licitação. E por último, afirma que o concurso já tinha sido concluído e homologado, requerendo a aplicação do princípio da segurança jurídica, a fim de assegurar os direitos de terceiros que agiram de boa-fé.

Para a magistrada “o concurso foi aberto com 652 vagas em diversos cargos públicos, para as zonas urbanas e rurais. O cenário em que estamos, sequer foi desejado por este Juízo, pois quando instado a se manifestar, o fez de pronto, liminarmente, no entanto, a decisão foi suspensa e nesse interregno houve a aplicação das provas, correção, análise de recurso e posterior divulgação do resultado final e homologação em 21 de setembro de 2016, conforme Diário Oficial”.

Dessa forma, ficou devidamente comprovado que não houve qualquer prejuízo ao Município de Pindaré-Mirim na contratação da empresa com dispensa de licitação, não houve dispêndio de erário público. O concurso decorreu de forma isenta e sem qualquer indício de fraude na ordem de classificação dos candidatos. Em sendo assim, não há razão de ser, nesse momento processual, que vários candidatos, com sua expectativa de direito, legítima e de boa-fé, sejam prejudicados por uma decisão judicial eminentemente legalista.

O Judiciário entendeu que o melhor para o Município na presente conjuntura é a manutenção do concurso, declarando sua legalidade, e determinando que o gestor atual comece a nomear e dar posse aos concursados para assumirem seus postos.

1º Mutirão Mais Saúde realiza mais de 7 mil atendimentos na V. Embratel em SLZ

Primeira edição do Mutirão Mais Saúde realizou mais de 7 mil atendimentos na Vila Embratel

A primeira edição do Mutirão Mais Saúde na Região Metropolitana, realizada pelo Governo do Estado no Centro de Ensino Dayse Galvão, na Vila Embratel, efetuou 7.062 atendimentos à população da região em dois dias da ação. Serviços essenciais de saúde, como exames laboratoriais, consultas médias, testes rápidos, vacinação e orientações na área de saúde foram ofertados com a parceria da Prefeitura de São Luís.

O atendimento na área da atenção primária atua de forma preventiva. No último domingo (20), o governador Flávio Dino acompanhou a execução do primeiro Mutirão Mais Saúde na Região Metropolitana.

Foi um grande sucesso porque aqui nós fizemos a dimensão mais importante da política pública da saúde que é a prevenção, cuidando antes das pessoas terem doenças graves. Foram 7 mil atendimentos realizados em uma estrutura de qualidade, com centenas de profissionais envolvidos, um grande envolvimento também da comunidade e nós, como esse número revela, vamos prosseguir, pois é uma necessidade de diversos bairros da capital”, disse o governador Flávio Dino.

O objetivo do Mutirão Mais Saúde é a otimização das políticas de assistência e atenção à saúde, considerando a demanda reprimida na Região Metropolitana. E a ação continua em setembro. “Nos dias 2 e 3 de setembro já temos marcada a segunda edição do Mais Saúde, que será também na região Itaqui-Bacanga, onde estaremos levando novamente esses serviços e esperamos aumentar ainda mais essa faixa de atendimentos, beneficiando ainda mais pessoas com serviços básicos de saúde”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

No sábado (19) e domingo (20), a comunidade teve acesso a consultas médicas especializadas com clínico geral, ginecologista, pediatra, dermatologista e oftalmologista, atualizaram a carteira vacinal, fizeram avaliação da saúde bucal, além de realizar testes rápidos para HIV, Hepatites e Sífilis.

Na Unidade Móvel de Prevenção ao Câncer, foram realizados exames preventivos do câncer do colo do útero, papanicolau. Os pacientes com indicação de tratamento medicamentoso receberam as medicações na hora por meio da Assistência Farmacêutica. Os que necessitam de acompanhamento especializado foram encaminhados para unidades de saúde da rede estadual. Quem fez exames laboratoriais, poderá receber o resultado, esta semana, na Unidade Móvel de Prevenção ao Câncer, que permanecerá até o próximo sábado (26) no bairro. Além de atendimentos em saúde, no Mutirão, foi disponibilizado a retirada do cartão do SUS.

Para Marcelina Lindoso, liderança comunitária que acompanhou a ação do Mais Saúde, a comunidade está agradecida e satisfeita com os serviços prestados. “Tudo que vier de benefício, principalmente na saúde, a população fica satisfeita”, comentou.

Weverton propõe celeridade em análise de denúncias e processos contra Temer

Deputado Weverton Rocha

O deputado Weverton Rocha (PDT-MA) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 354/17), que prevê prazo para a interposição de recurso à decisão do Presidente da Câmara dos Deputados nos casos de denúncia contra o Presidente da República, além de estabelecer normas ao trâmite inicial do processo de impeachment.

De acordo com o texto, o presidente da Casa terá o prazo de quinze dias, prorrogáveis por igual tempo, para comunicar ao Plenário o recebimento ou indeferimento das denúncias protocolizadas contra o presidente da República. Dependendo da decisão, o Plenário deverá apresentar em até trinta dias a interposição de recurso com a assinatura de, no mínimo, 3/5 dos deputados.

Ainda pela proposta, a aprovação do recurso, por 2/3 dos membros da Casa, resultará na aceitação ou não da denúncia contra o Presidente da República.

Weverton argumenta que recentemente o anterior e o atual presidente da Câmara tiveram que analisar inúmeros pedidos de impedimento de presidentes. No entanto, a resposta foi demorada por não haver na Constituição prazo para a manifestação sobre a aceitação ou não da denúncia.

Para o parlamentar, a proposta torna imparcial e isento os atos praticados pela Câmara, que, em qualquer circunstância, devem ser respaldados pelo princípio democrático e pela legítima representatividade. “A decisão sobre o início do processo de impeachment não deve consolidar-se a partir da deliberação de um único parlamentar, ainda que este exerça o relevante cargo de Presidente da instituição. Um deputado por si só não representa toda a diversidade de opiniões da Câmara dos Deputados nem os anseios de uma sociedade pluralizada. Dessa forma, é crucial que cada membro da Casa assuma sua responsabilidade em todas as etapas do rito legiferante”, ressalta o deputado.

Ex-prefeito filho do atual prefeito de São João Batista é denunciado por 25 crimes

Tal pai, tal filho: João Dominici (atual prefeito) e o filho ex-prefeito Eduardo Dominici
Tal pai, tal filho: João Dominici (atual prefeito) e o filho ex-prefeito Eduardo Dominici

O Ministério Público do Maranhão ajuizou duas Ações Civis Públicas em desfavor do ex-prefeito de São João Batista, Eduardo Dominici – filho do atual prefeito João Dominici – solicitando o ressarcimento do valor atualizado de R$ 11.758.504,75 e a indisponibilidade de bens do ex-gestor. Também foram oferecidas duas Denúncias contra o ex-administrador do município.

As manifestações, formuladas pelo promotor de Justiça Felipe Rotondo, foram motivadas por irregularidades verificadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Maranhão nas contas do município, referentes aos exercícios financeiros de 2005 e 2006.

No processo nº 3766/2006-TCE-MA, relativo às contas do ano de 2005, o TCE detectou irregularidades como contratações no valor total de R$ 497.551,61 sem licitação, admissão de servidores sem concurso público, despesas indevidas e a não apresentação de documentos contábeis sobre despesas realizadas, no valor de R$ R$ 7.433.904,23.

Eduardo Dominici foi denunciado por cinco crimes do artigo 89 da Lei 8.666/93, cuja pena, para cada crime, prevê detenção, de três a cinco anos, e multa, além de fixação do valor da reparação dos danos causados aos cofres públicos e da perda dos ganhos obtidos com o crime. O ex-prefeito efetuou mais de 35 pagamentos sem realização de licitação.

O MPMA pede que o ex-gestor seja obrigado a devolver o valor atualizado total de R$ 8.822.797,54

Em outro processo (nº 3351/2007), que julgou a prestação de contas no exercício financeiro de 2006, o TCE identificou irregularidades como contratações de serviços e aquisição de produtos sem procedimento licitatório ou a dispensa ou inexigibilidade de licitação. Os contratos atingiram o valor total de R$ 2.935.707,21.

O ex-prefeito foi denunciado por 25 crimes, previstos no art. 89 da Lei de Licitações (Lei 8.666/93). Para cada crime, a pena é de detenção, de três a cinco anos, e multa, além de fixação do valor da reparação dos danos causados aos cofres públicos e da perda dos ganhos obtidos com crime, um vez que foram realizados mais de 300 pagamentos sem licitação.

Devido ao mesmo processo, foi ajuizada ação civil pública de ressarcimento ao erário de R$ 2.935.707,21 atualizados

As contas do ex-gestor estão na Câmara Municipal de São João Batista, que deverá decidir até o fim de setembro pela manutenção da desaprovação de contas e a inelegibilidade do ex-prefeito.

Procurador-geral de Justiça entra na briga para garantir legalização do Uber

Luiz Gonzaga Martins Coelho, Procurador-geral de Justiça
Luiz Gonzaga Martins Coelho, Procurador-geral de Justiça

Foi protocolada na manhã desta terça-feira (22) junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei municipal n° 429/2016, que proibiu o funcionamento de serviços de transporte individual em veículos particulares cadastrados por aplicativos, como o Uber, em São Luís.

O processo foi distribuído ao desembargador Marcelo Carvalho Silva sob protocolo de número 0803397-88.2017.8.10.0000.

Proposta pelo procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, a ADI defende que a lei, de autoria da vereadora Luciana Mendes e aprovada pela Câmara Municipal em 5 de julho de 2016, fere os artigos 147 (inciso I, 2° e inciso IV) e 174 (caput e § 1°) da Constituição do Estado do Maranhão.

Na Ação, o procurador-geral de Justiça afirma que a lei municipal “se constitui em norma puramente proibitiva e proibir não é regulamentar – o que fere uma série de princípios constitucionais, notadamente o da livre concorrência, do livre exercício da atividade econômica e o direito de escolha do consumidor”.

O texto também chama a atenção para a diferenciação entre “transporte público individual” e “transporte privado individual”. O primeiro é um tipo de serviço privativo dos taxistas, já o segundo, no qual se enquadra o Uber, não depende de concessão pública.

“Na explicitação do texto constitucional, a lei assevera que o transporte de pessoas, em caráter privado, independe de concessão ou permissão. Vale dizer: o transporte de pessoas em caráter privado, por não ser serviço público, não está submetido à concessão ou à permissão oriunda do Poder Público”, ressalta Luiz Gonzaga Coelho.

O chefe do Ministério Público do Maranhão observa, ainda, que ao legislar sobre o assunto, o Município de São Luís “usurpou a competência privativa da União, extrapolando o seu poder meramente supletivo e regulamentar em se tratando de transporte”.

Diante da flagrante inconstitucionalidade da norma, a ADI requer, em medida liminar, a imediata suspensão da lei municipal n° 429/2016. “Deve a norma ser imediatamente afastada do sistema jurídico ou ter, ao menos, seus efeitos suspensos, sob pena de ser mantida em vigor legislação cujo conteúdo implica em prejuízos diretos para os consumidores e para aqueles que exercem a atividade de transporte individual privado”, observa, na ação, Luiz Gonzaga Coelho.

VÍDEO: Rádio Difusora FM comemora 38 anos de história

A Rádio Difusora FM 94,3 está completando nesta terça-feira (22) 38 anos de história. Ao longo desses anos vários profissionais passaram pela emissora que continua sendo uma das preferidas dos maranhenses.

Acima você acompanha um pouco da história da Difusora FM a primeira em audiência na capital.

Motoristas do Uber fazem manifesto pedindo regulamentação; São Luís apoia!

Manifesto de motoristas da Uber na Avenida Litorânea. Foto: Bial Mendes

Motoristas cadastrados na plataforma do aplicativo de transporte Uber que já circulam em São Luís realizam na manhã desta terça-feira (22) um manifesto na Avenida Litorânea. Centenas de trabalhadores estão reunidos no local de onde seguirão em carreata até a sede da Câmara Municipal de Vereadores para solicitarem apoio à regulamentação do uso dos serviços na capital.

Ontem, taxistas inconformados com uso do aplicativo realizaram um protesto interditando a Ponte José Sarney (Ponte do São Francisco) durante grande parte do dia.

Mesmo ainda não regulamentado, o Uber foi bastante aceito na capital maranhense e tem tirado o sossego dos taxistas que alegam que ‘estão sem sustento’ com a concorrência desleal dos serviços. Com tarifas muito mais baratas a procura pelos serviços aumenta a cada dia esvaziando a procura pelos táxis. Além dos preços, a população – que se mostrou contra o movimento dos taxistas e a favor da permanência do Uber – alega que os serviços prestados pelos táxis não se comparam à qualidade do aplicativo.

Por conta disso, vários motoristas do Uber relatam que estão sendo hostilizados por taxistas que não aceitam o serviço em São Luís.

O impasse está formado até que a Câmara em novas rodadas de discussões apresente soluções para ambas as categorias. Mas enquanto isso não acontece, a população da capital aprova o Uber e pretende não deixar de utilizar os serviços.

Manifesto de motoristas da Uber na Avenida Litorânea. Foto: Bial Mendes

Márcio Jardim com um pé fora da Sedel

Márcio Jardim
Márcio Jardim

Já é dada como certa a queda do Secretário de Estado de Esporte e Lazer (SEDEL), Márcio Jardim, que deve ser anunciada nos próximos dias.

A mudança no secretariado se dará em virtude do deputado federal André Fufuca, presidente estadual do Partido Progressista (PP) e 2º vice-presidente da Câmara, ter fechado questão com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), abrindo assim uma vaga para a legenda ter seu representante no governo.

Na dança das cadeiras, o mais cotado para assumir a vaga de Jardim é Kléber Tratorzão, ex-prefeito de São Domingos do Maranhão.

Câmara pode votar hoje mudanças no sistema eleitoral

Comissão da Câmara dos Deputados que aprovou o distritão

O debate em torno da reforma política será retomado hoje (22) na Câmara dos Deputados, tanto no plenário quanto nas comissões. A sessão do plenário desta terça-feira tem como pauta única a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que trata da adoção de um novo sistema político-eleitoral para a escolha de deputados estaduais, distritais e federais e da criação de um fundo público para financiar as próximas campanhas eleitorais.

Se aprovada como está, a PEC 77 pode instituir no país o modo majoritário de votação para os cargos de deputados nas eleições de 2018 e 2020, como uma transição para o modelo distrital misto a partir de 2022.

O chamado “distritão”, como ficou conhecido, permite que os candidatos mais votados ganhem as eleições. Por esse sistema, cada estado vira um distrito, no qual as vagas disponíveis nas câmaras e assembleias legislativas são preenchidas pelos candidatos mais votados, sem considerar a proporcionalidade do total de votos recebidos pelos partidos e coligações, assim como ocorre com a escolha de prefeitos, governadores e presidente da República.

Pelo distrital misto, o eleitor vota duas vezes: uma no candidato do distrito e outra em uma lista preordenada pelo partido. O resultado sai do cálculo entre os resultados da votação majoritária no distrito e na escolha proporcional no partido.

Os líderes partidários passaram os últimos dias em reuniões com o relator para tentar fechar um acordo em torno de uma forma que seja mais viável como transição. Várias propostas têm sido levantadas, inclusive a de um modelo que foi apelidado de “distritão misto”, que seria uma combinação de voto majoritário no candidato e voto em legenda, ou seja, os eleitores poderiam votar em candidatos ou no partido nas eleições para deputado estadual e federal.

A sessão está marcada para começar às 13h, mas a votação deve ter início somente no fim do dia. Além do texto-base, os deputados também devem analisar 14 destaques ou sugestões de mudança que já foram apresentadas pelas bancadas.

Alguns dos destaques pretendem retirar da proposta a adoção do sistema “distritão” para as eleições de 2018 e 2020, votar em separado a sugestão do voto distrital misto e da criação do Fundo Especial para Financiamento da Democracia.

Outros pretendem destacar a possibilidade de o candidato figurar tanto na lista do partido, quanto na lista do distrito, o que permite que ele concorra a dois cargos diferentes. Há também um destaque que pretende manter o financiamento público, mas sem o percentual de 0,5% da receita líquida do Orçamento para compor o fundo, o que corresponderia hoje a R$ 3,6 bilhões.

Conforme adiantaram líderes partidários e o próprio relator, o valor do fundo pode ser reduzido no plenário a R$ 2 bilhões ou ser totalmente retirado do texto para definição futura pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

A PEC 77/03 prevê ainda que os cargos de ministro do Poder Judiciário não sejam vitalícios, instituindo o mandato de dez anos para os juízes das cortes.

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