Morte de bebê com crânio fraturado em hospital de Carolina deve ser investigada

Recém-nascido que faleceu no Hospital Municipal de Carolina

O casal Josimar Rodrigues Sousa, 22 anos, e Letícia Arruda da Silva Xavier, 19 anos, moradores do Bairro Brejinho, se preparam para o momento do nascimento do primeiro filho. Às 3h40min da madrugada de sábado (1º) chegaram ao Hospital Municipal de Carolina. Retornaram para casa no final da tarde deste domingo tristes, com a dor profunda da perda de um filho tão esperado. O plantão médico era de Dr. Francisco, médico muito conhecido em Carolina.

Josimar Rodrigues conta que sua mulher ficou internada porque ainda não tinha a dilatação necessária para parto normal. “O médico disse que era necessário esperar algum tempo até que ela estivesse pronta”, conta.

Quando finalizou o prazo, Letícia Arruda ainda não tinha a dilatação necessária e estava muito nervosa, mas ainda confiante porque o médico tinha acabado de realizar três cesarianas e, caso o parto não pudesse ser normal, ele faria seu parto cesariano. Foi o que ela, na sua aflição imaginou.

Letícia não estava certa. Não se sabe o motivo que levou o médico a insistir em parto normal, abandonando a opção da cesariana. “Às sete da noite, eles romperam a minha bolsa, e três pessoas empurravam minha barriga para que meu bebê nascesse – o doutor Francisco, o enfermeiro Douglas e mais uma mulher que acompanhava o parto”, conta Letícia. Segundo ela, o médico foi agressivo, inclusive. “O médico foi grosseiro. Chegou a puxar meus cabelos e quando foi enxugar meu o suor do meu rosto o enfermeiro usou muita força, dizendo que eu não estava colaborando”, diz.

Quando o bebê nasceu – um menino –, dezesseis horas depois dos pais chegarem ao HMC, seu crânio estava fraturado. No documento do óbito da criança, o médico informou que foi morte por insuficiência respiratória durante o parto.

“Iremos procurar o Ministério Público nesta segunda-feira”, garantiu Josimar Rodrigues. “O médico não teve a coragem de me avisar da morte do meu filho. Não disse nada porque resolveu forçar minha mulher a fazer um parto normal sem que ela tivesse condições”, reclama Josimar.

As marcas da força aplicada na barriga de Letícia pode ser facilmente observadas nas imagens que a família registrou dentro do hospital. O bebê morreu 30 dias após outro caso com origem no Hospital Municipal de Carolina.

Fonte; Cidade Em Ação

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