A Samsung anunciou nesta sexta-feira, em Seul, na Coreia do Sul, que vai interromper em todo o mundo as vendas do smartphone Galaxy Note 7. A decisão foi tomada após a denúncia feita por vários usuários de que os aparelhos estavam queimando ou até explodindo durante a carga de energia.
A empresa sul-coreana vai interromper provisoriamente as vendas em vários países e oferecerá a quem adquiriu o Note 7 a possibilidade de substituir seu aparelho por outro modelo de forma temporária, explicou Koh Dong-jin, diretor da divisão de telefonia celular da companhia, em entrevista coletiva.
“É possível que os usuários do Note 7 estejam preocupados. Temos um software para comprovar se existe problema no telefone. Durante a revisão, podem utilizar qualquer outro modelo de aparelho disponível”, afirmou o diretor.
Após uma investigação, a Samsung concluiu que os problemas nos aparelhos “foram causados por defeitos nas baterias”, declarou Koh. A empresa afirmou que até o dia 1º de setembro foram detectadas 35 baterias com defeito globalmente, em um total de 1 milhão de aparelhos.
O Galaxy Note 7, um smartphone de bordas curvadas e com lápis óptico e que tem como sua principal novidade a resistência total à água, começou a ser comercializado no mundo todo no dia 19 de agosto. Desde então, vários usuários denunciaram que, durante a carga de energia, os aparelhos pegavam fogo.
O recall em massa, um caso sem precedentes desde que a Samsung começou a comercializar smartphones, em 2010, pode representar um duro golpe na empresa sul-coreana, que recentemente tinha recuperado força no mercado depois de perder espaço nos últimos anos para a americana Apple.
De acordo com a assessoria da Samsung no Brasil, esse modelo ainda não começou a ser comercializado no país e seu lançamento será adiado.
Fonte: EFE, via VEJA