Ministério Público do Trabalho investiga mais de 100 casos de assédio moral no MA

Foto Divulgação
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O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) divulgou nesta segunda-feira (2), Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral, um balanço sobre a atuação do órgão dentro desse tema. De acordo com o levantamento, existem 104 investigações ativas em todo o Estado.

O MPT-MA acompanha o cumprimento de 28 termos de ajuste de conduta (TAC) firmados com empresas que praticaram o assédio moral e concordaram em acabar com esse tipo de abuso de maneira extrajudicial. Por outro lado, a instituição ingressou com cinco ações civis públicas para cobrar na justiça a reparação de danos causados aos trabalhadores e buscar a punição dos abusadores.

Casos emblemáticos: Banco do Brasil e Hospital Sarah

O MPT obteve a punição de duas empresas por conta da prática desse ato ilícito. Em 2014, o Banco do Brasil foi condenado a pagar uma multa de quase R$ 2,6 milhões por ter descumprido decisão judicial que proibia a prática de atos de retaliação e represália. A instituição financeira coagia os empregados a renunciarem às reclamações que cobravam, por exemplo, o pagamento de horas extras, sob pena de dispensa, transferência e outros atos de natureza punitiva.

A outra condenação aconteceu em 2015 e envolveu a unidade da Rede Sarah, em São Luís. O hospital foi condenado a pagar R$ 300 mil de indenização e a cumprir cinco obrigações de fazer e não fazer. Segundo as investigações, quando eram demitidos, os empregados eram escoltados por segurança. Gritos, humilhações, xingamentos, apelidos, perseguições, clima de terror e exigência de cumprimento de metas inatingíveis também estavam no rol de irregularidades praticadas, sobretudo nos setores de higiene, manutenção, nutrição, mecânica e enfermagem.

Em razão do assédio sofrido, diversos trabalhadores sofreram doenças ocupacionais e ainda apresentaram quadro de depressão, sendo obrigados a buscar atendimento psicológico e psiquiátrico. “Em razão do que passei, estive à beira do suicídio três vezes”, admitiu uma ex-empregada. Quem precisava de afastamento do trabalho por motivo de doença também era perseguido pelas chefias. Até a ida ao banheiro era controlada. “As chefes diziam que ou bota uma sonda nesse povo ou dá fralda descartável”, lamentou outra vítima.

A ação foi ajuizada em 2010 pela procuradora do Trabalho Anya Gadelha Diógenes. “A obrigação mais importante na relação de emprego é de respeito incondicional à dignidade da pessoa humana. No entanto, o réu foi negligente e conivente, pois, ciente das irregularidades e dos graves danos causados a saúde dos empregados, nada fez, o que estimula que práticas como estas se tornem rotineiras em agressão à integridade psíquica do trabalhador”, lamentou ela.

Saiba mais

O assédio moral é caracterizado como uma ação repetitiva ou sistematizada, que objetiva afetar a dignidade da pessoa, além de criar um ambiente de trabalho humilhante, degradante, desestabilizador e hostil. Essa prática provoca danos à integridade psíquica, física e à autoestima do trabalhador, além de representar prejuízo à carreira do trabalhador atingido.

Tipos de assédio moral

Existem duas formas de assédio: o vertical, que é praticado pela chefia ou pessoas de nível hierárquico maior ao da vítima; e o horizontal, que ocorre entre funcionários com o mesmo nível ou função.

A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e com receio de serem também humilhados, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ‘pacto da tolerância e do silêncio’, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ‘perdendo’ sua autoestima.

Do: MPT-MA

Com bloqueio do WhatsApp, Telegram ganha mais de 1 milhão de usuários

Foto Divulgação
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O país está sem WhatsApp desde às 14 hs desta segunda-feira (2) atendendo uma determinação da Justiça voltou a determinar o bloqueio do WhatsApp no Brasil, desta vez por 72 horas. As operadoras são obrigadas a desativar o serviço sob multa de R$ 500 mil por dia caso descumpram a decisão.

Com o bloqueio do WhatsApp, mais de 1 milhão de usuários já aderiram ao Telegram. O aplicativo funciona basicamente da mesma forma que o rival americano: baseando-se na sua lista de contatos do celular, é possível criar chats e conversas em grupo apenas usando o número de telefone de cada usuário.

Não é à toa que o Telegram foi a primeira opção dos “órfãos” de WhatsApp. O aplicativo é totalmente gratuito e roda muito bem em qualquer aparelho. Sem contar que enquanto o WhatsApp chega a ocupar 7 MB de memória RAM em modo suspenso, o Telegram não passa de 5 MB.

Se você é daqueles que também não pode ficar sem Whats, confira abaixo um passo a passo de como fazer a instalação do Telegram:

Passo 1: Faça o download pela App Store (iPhone), pela Google Play (Android) ou pela Windows Store. Preste atenção aos dados que o aplicativo terá acesso – são os mesmos que qualquer outra rede social exige no seu celular, como o Facebook e o próprio Whatsapp.

1º passo
1º passo

Passo 2: Uma série de imagens mostrando os benefícios do Telegram surgirão ao abrir o app. Você pode ignorá-las e tocar em “Comece a Conversar”.

2º passo
2º passo

Passo 3: Digite seu número de telefone, incluindo o código de área. Com base nele, o Telegram vai identificar que você é um usuário real e não um programa feito para espalhar spams.

3º passo
3º passo

Passo 4: O Telegram vai te enviar um código de cinco dígitos por meio de SMS, confirmando o seu número de telefone. O app então detectará esse código automaticamente e já vai passar para a próxima etapa, em que você insere seu nome e sobrenome.

4º passo
4º passo

Passo 5: Pronto! Agora é só iniciar seus chats, grupos ou conversas secretas.

5º passo
5º passo

Com dicas do Olhar Digital (UOL)

Prefeitura de Estreito inaugura Unidade Básica de Saúde no Assentamento Serafim

Prefeito Cícero Neco e a vice Dra Cristian durante entrega da Unidade Básica de Saúde de Serafim
Prefeito Cícero Neco e a vice Dra Cristian durante entrega da Unidade Básica de Saúde de Serafim

Mais um sonho de famílias da área rural de Estreito Rural foi realizado neste fim de semana. A Prefeitura Municipal entregou no último sábado (30) a Unidade Básica de Saúde do Assentamento Serafim.

O prefeito Cicero Neco, juntamente com a primeira dama e secretária de assistência social Deborah Morais, a vice-prefeita Dra Cristina, Secretária de Saúde Sirlen Campos, Coordenadora da Atenção Básica Rossana Passos, secretários municipais, vereadores, Presidente P.A Serafim D. Tereza, Presidente do P.A Água Amarela Neto, familiares da homenageada que deu nome a UBS Alzerinda Gomes, esposo Pedro Gomes, filhos: Maria José, Fernando Gomes, Rogério Gomes e Domingos Jamil Gomes, bem como Dr. Nelson Horário e demais lideranças estiveram na solenidade de entrega da unidade.

Prefeito Cícero Neco discursa durante solenidade
Prefeito Cícero Neco discursa durante solenidade

A programação teve inicio com um culto ministrado pelo Pastor Antônio Feitosa, em seguida missa celebrada pelo Padre Luzimar Moura. Momento de gratidão a Deus pelas bênçãos derramadas sobre o município de Estreito, por todos que compõe Governo da Reconstrução que tem feito a diferença na vida de todos.

Na oportunidade, o prefeito apresentou a equipe médica que irá atender na UBS Alzerinda Gomes e parabenizou todo empenho das equipes de saúde e todos os envolvidos com a obra. Prefeito Cicin agradeceu a presença da comunidade, dos amigos e parceiros na ação e disse estar feliz em ver a alegria e satisfação de todos com a obra que foi feita com muito carinho e muito respeito, para que melhore ainda mais a qualidade de vida da população da área rural.

Solenidade de entrega da Unidade Básica de Saúde
Solenidade de entrega da Unidade Básica de Saúde

URGENTE: WhatsApp será bloqueado em todo o país por 72 hs a partir de hoje

Foto Divulgação
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Foi determinado pelo juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto , em Sergipe, que as operadoras de telefonia fixa e móvel bloqueiem o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp em todo o país por 72 horas a partir das 14h desta segunda-feira (2).

As cinco operadoras —TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel— já receberam a determinação e informaram que vão cumprir. Em caso de descumprimento, estarão sujeitas a multa diária de R$ 500 mil.

O aplicativo havia sido bloqueado em todo o Brasil por 48 horas em dezembro do ano passado por conta uma investigação criminal, mas a decisão não durou nem 24 hs.

O bloqueio foi uma represália da Justiça contra o WhatsApp por ter se recusado a cumprir determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados. O aplicativo pertence ao Facebook.

Em fevereiro deste ano, um caso parecido ocorreu no Piauí com o objetivo era forçar a empresa dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado relacionadas a casos de pedofilia. Mas essa decisão também foi suspensa pela Justiça piauiense após mandado de segurança impetrado pelas operadoras de telefonia.

Senadores que acusam Dilma de crime de responsabilidade autorizaram gastos

Em 2014, o relator do projeto Romero Jucá foi outro que hoje defende a saída de Dilma
Em 2014, o relator do projeto Romero Jucá foi outro que hoje defende a saída de Dilma

Quase metade dos 51 senadores que declaram que a presidente Dilma Rousseff deve ser afastada por crimes contra o orçamento liberou a petista para gastar além do autorizado pelo Congresso.

Levantamento da Folha mostra que 24 desses senadores votaram em 2014 ou em 2015 a favor da mudança da meta fiscal. Nesses dois anos, o Congresso aprovou orçamentos em que o superavit primário (receita menos despesas, descontado o pagamento de juros) deveria ser superior a R$ 150 bilhões.

A mudança autorizou Dilma a fazer o oposto: dois déficits que, somados, chegaram a R$ 137 bilhões.

Essa autorização legislativa é um dos argumentos do governo para desqualificar uma das duas denúncias em que Dilma foi enquadrada: assinatura de decretos de suplementação orçamentária no ano de 2015.

Os acusadores apontam que esses decretos foram ilegais porque, quando assinados, o governo já sabia que não conseguiria fazer a economia prometida e por isso encaminhara projeto de lei para alterar a meta.

A denúncia diz que os atos ocorreram em 2014 e 2015, mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), só aceitou a denúncia em relação a 2015. O governo afirma que os decretos não alteram a meta fiscal do ano e, mesmo que alterassem, o Congresso ratificou o ato de Dilma ao mudar a meta.

O relator do processo na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), ao analisar o argumento do governo, disse que o envio de projeto de lei mudando a meta não afastaria a necessidade de aguardar sua aprovação para a abertura de despesa nova. Por isso, considerou que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

Em 3 de dezembro de 2015, quando a nova meta foi votada, Arantes era líder da bancada de quatro partidos (PTB, PP, PSC e PHS) e nem chegou a mencionar tal fato. A nova meta foi aprovada por 314 deputados e 46 senadores.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não pôde repetir seu voto dado em 2014 para aprovar a nova meta fiscal. No momento da votação, ele chegava à Câmara para anunciar que estava abrindo o processo de impeachment da presidente baseado em sua suposta irresponsabilidade fiscal.

Em 2014, o relator do projeto foi outro que hoje defende a saída de Dilma: o senador Romero Jucá (PMDB-RR). “A alteração da meta afigura-se, antes de tudo, consequência de decisões que já adotamos ao longo deste e dos últimos dois ou três exercícios”, afirmou Jucá, ex-líder do governo, citando benesses dadas pelo governo como desonerações e políticas sociais.

Marta Suplicy (PMDB-SP), que é ex-petista, nega mudança de posição e afirma que as votações “não convalidam os atos da Presidência” e que, se a mudança não fosse feita, “agravaria ainda mais a dívida pública, os resultados seriam desastrosos”.

Simone Tebet (PMDB-MS) disse que votou consciente em 2015 de que sua posição não apagaria os erros cometidos e para não prejudicar o país, posicionamento semelhante ao dos peemedebistas Dário Berguer (SC) e Garibaldi Alves (RN).

Procurados, os deputados Jovair Arantes e Eduardo Cunha não responderam. Romero Jucá também não retornou.

Folha de S. Paulo

Assaltantes de banco atacam de novo e explodem Bradesco em Amapá do MA

O local ficou parcialmente destruído com a explosão
O local ficou parcialmente destruído com a explosão

Mais uma ação criminosa realizada por assaltantes de banco foi registrada no interior do Estado na madrugada desta segunda-feira (2). O alvo desta vez foi o posto da agência Bradesco no município de Amapá do Maranhão.

Um bando, formado por quatro bandidos armados, utilizou bananas de dinamite para explodir o posto e o caixa eletrônico. A quantia roubada do local ainda não foi revelada.

Até o momento não há pistas sobre o paradeiro dos assaltantes e nem informação sobre a prisão de algum suspeito.

Imagem da manhã: veículo cai em cratera em bairro de São Luís

Foto reprodução G1 MA
Foto reprodução G1 MA

Um veículo Captiva de placa OIT 8031 (São Luís-MA) caiu em uma cratera na Rua Altamira no bairro Quintas do Calhau, Região Metropolitana de São Luís, na madrugada desta segunda-feira (2).

No local do acidente há uma obra de drenagem sem nenhuma sinalização, o que deve ter feito com que o condutor do veículo não verificasse à tempo a presença do buraco, além da pouca luminosidade.

Felizmente o motorista e os demais passageiros que estavam na Captiva não sofreram nenhuma lesão sendo socorridos rapidamente por quem passou pelo local.

Foto reprodução G1 MA
Foto reprodução G1 MA

VÍDEO: pedestre morre atropelado, condutor foge e populares fecham BR 222

Sem ambulância, vítima é transportada por populares
Sem ambulância, vítima é transportada por populares

O atropelamento e morte de um pedestre na BR 222 em Vargem Grande, na tarde deste domingo (1º), causou tumulto e revolta nos moradores do Povoado Paulica.

A vítima, até o momento não identificada, foi atingida por uma caminhonete Kia Sorento prata, e morreu ainda no local. De acordo com informações preliminares o condutor do veículo teria fugido deixando o carro para trás.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista e seus familiares estão no hospital, provavelmente, de Vargem Grande, depois de ter chamado o Samu e a polícia judiciária através de seu advogado.

A revolta da população foi por que a ambulância se negou a levar o corpo do homem atropelado. Ele passou mais de três horas ao solo e acabou sendo carregado na carroceria de um veículo para funerária. Em protesto, populares interditaram a BR 222, mas segundo a PFR a pista já foi liberada.

Veja nas imagens a revolta dos moradores da região:

Procon multa Hospital Guarás por demora no atendimento e desobediência

Hospital Guarás de São Luís
Hospital Guarás de São Luís

O Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MA) multou o Hospital Guarás de São Luís em R$ 24 mil por demora em atendimento e desobediência. Após inúmeras denúncias, dentre elas a demora no atendimento, a falta de manutenção dos equipamentos, a falta de materiais para realização de exames básicos, o Instituto constatou que o hospital privado submetia seus pacientes a longos períodos de espera por atendimento e não comprovou a regular manutenção dos equipamentos médicos.

O Instituto chegou a notificar o hospital duas vezes em março deste ano. Em sua defesa, o estabelecimento afirmou respeitar a prioridade de atendimento segundo a Classificação de Risco do Conselho Federal de Medicina (Resolução 2.077/14). A notificação exigindo esclarecimentos em relação ao funcionamento de todos os equipamentos médico-hospitalares para o atendimento em urgência e emergência; a relação de todos os exames médicos que o hospital disponibiliza; e a comprovação da manutenção dos equipamentos, foi parcialmente atendida, não tendo sido apresentada a comprovação da manutenção dos equipamentos.

Segundo o presidente do Procon, Duarte Júnior, o descumprimento da lei e o desrespeito à dignidade humana são graves violações dos direitos dos consumidores. “Nenhum cidadão deve sofrer demora excessiva para receber atendimento para o serviço contratado, ainda mais em se tratando de serviço médico. A melhoria da qualidade de vida é prioridade da política das relações de consumo e do governo Flávio Dino, e nós aplicaremos as sanções necessárias em caso de descumprimento deste direito”, afirmou.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 55, parágrafo 4°, assegura aos órgãos de defesa do consumidor, como é o caso do Procon, o direito e solicitar informações aos fornecedores por meio de notificações que devem ser respondidas, sob pena de desobediência. A recusa a prestar informações e o descumprimento de determinação do órgão competente também sujeita o fornecedor às sanções administrativas previstas na legislação. Além disso, o artigo 39, inciso XII veda ao fornecedor deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação.

Diante das irregularidades encontradas, foi aplicada multa no valor de R$ 24 mil. O não recolhimento da multa no prazo máximo de 30 dias, ou apresentação do recurso em 10 dias, ensejará a inscrição do Hospital Guarás no débito na Dívida Ativa do Estado, para subsequente cobrança executiva.

Caso o consumidor identifique novas práticas abusivas ou mesmo a reiteração da conduta adotada, é importante que formalize sua reclamação por meio do aplicativo, site ou em um de nossos pontos físicos de atendimento para que seus direitos sejam garantidos.

1º de maio para lembrar e lutar…

Governador Flávio Dino
Governador Flávio Dino

Por Flávio Dino

O Dia do Trabalhador é uma data para lembrar de direitos que hoje parecem naturais, mas que foram conquistados pela força das gerações que nos antecederam. Manter esse legado muitas vezes também exige a luta das gerações presentes. Infelizmente, sempre que há crise econômica, a primeira receita dos que querem manter lucros absurdos de bancos e grandes empresas é cortar esses direitos.

Em 1º de maio de 1886, teve início um protesto de trabalhadores em Chicago, nos Estados Unidos. Eles reivindicavam uma jornada diária de 8 horas de trabalho. A manifestação foi duramente reprimida pela polícia, resultando na morte de três manifestantes. No Brasil, essa luta por direitos também é antiga e contou com a liderança corajosa de comunistas, socialistas, trabalhistas e cristãos inspirados pela mensagem social da Igreja. Como resultado, em 1º de maio de 1943 veio a maior das conquistas dessa luta no país: o presidente Getúlio Vargas aprovou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Um conjunto normativo que inscreveu nas leis os direitos do trabalhador, como a garantia de que nenhum brasileiro pode receber menos que o salário mínimo, o direito às férias anuais e o dever do empregador de contribuir com a Previdência do empregado.

Desde que foi criada, a CLT sofre ataques de alguns economistas e políticos. O argumento é sempre o mesmo: esse conjunto de direitos seria um peso exagerado para a economia brasileira. Ora, recentemente vivemos um ciclo de desenvolvimento econômico em que houve recorde de criação de empregos com carteira assinada, o que demonstra que direitos não são empecilho ao desenvolvimento. E isso já aconteceu em outros momentos da história. Ao contrário dessas visões contra os direitos dos mais pobres, considero que os principais obstáculos ao nosso desenvolvimento são os juros absurdamente altos e o sistema tributário regressivo, que preserva privilégios de poucos e impõe ônus excessivos à classe media e aos trabalhadores.

Agora, novamente, o grupo que tenta chegar ao poder rasgando a Constituição defende “flexibilizar” a CLT. Em seu programa chamado “Ponte para o Futuro”, propõe que os acordos entre as partes possam se sobrepor à CLT. Se essa proposta for aprovada, numa conjuntura de recessão e aumento do desemprego como a atual, acarretará na contratação de trabalhadores com menos direitos. É evidente que essa prometida viagem ao futuro é uma passagem a um passado que não queremos de volta.

Em momentos de crise é necessário aprofundar investimentos públicos. É o que temos feito aqui no Maranhão, pagando a remuneração dos servidores públicos de forma antecipada, o que nos exige grande esforço e gestão fiscal disciplinada devido à crise nacional. Com o pagamento antecipado dos servidores do Governo do Maranhão, contribuímos inclusive para manter empregos no setor de comércio e serviços. Menciono também os vários programas do nosso governo de estímulo aos investimentos e ao empreendedorismo, tais como o Mais Renda, o Mais Empresas e o Mais Produção.