CPI da Câmara Federal que investiga carceragens realiza vistoria em Pedrinhas

Parlamentares também realizam audiência pública com oitivas no Estado
Parlamentares também realizam audiência pública com oitivas no Estado

Três deputados estaduais maranhenses acompanharam os integrantes da Comissão de Inquérito Parlamentar da Câmara Federal (CPI da Carceragem) durante visita, nesta terça-feira (23), ao Presídio de Pedrinhas. Os deputados Wellington do Curso (PPS), Professor Marco Aurélio (PCdoB) e Zé Inácio (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, afirmaram que o trabalho da CPI é importante para ajudar a melhorar o sistema prisional do Maranhão.

Antes de irem a Pedrinhas, os cinco integrantes da CPI da Carceragem, entre eles os deputados federais maranhenses Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), foram recebidos pelo presidente da Assembleia, Humberto Coutinho (PDT), que parabenizou a Comissão pelo trabalho. Weverton Rocha apresentou os colegas deputados federais a Humberto e eles conversaram sobre os objetivos da CPI no Estado e no restante do país. Depois foram ao Plenário e a sessão foi suspensa para que todos os deputados estaduais pudessem dialogar com os parlamentes da Comissão.

Superlotação

A visita a Pedrinhas foi feita por solicitação de Eliziane Gama, mas os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da CPI, Alberto Fraga (DEM-DEF), e pelo primeiro vice-presidente Laudílvio Carvalho (PMDB-MG), além do paraense Edmilson Rodrigues (PSOL) e de Weverton Rocha. Todos registraram o problema da superlotação dos presídios que afeta todo país, com presos que já cumpriram as penas, mas ainda não foram soltos.

Na visita a Pedrinhas, que começou por volta das 11 horas e durou cerca de duas horas, os deputados conversaram com presos que relataram o drama que muitos enfrentam. O deputado Weverton Rocha, por exemplo, recebeu uma carta de um dos presos e assegurou que o trabalho da CPI vai permitir resultar em uma radiografia do sistema prisional do Estado. Elogiou também a iniciativa do governador Flávio Dino (PCdoB), de assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o presidente do STF, para permitir a conclusão de presídios e construção de outros.

Os presos fizeram vários relatos dos problemas de superlotação que enfrentam. Ao final da visita, o deputado Marco Aurélio disse que, decorridos seis meses de governo, já é possível sentir melhorias no presídio, mas a situação ainda não é a ideal por não diminuir a superlotação, nem a ressocialização.

O deputado Zé Inácio informou que será feito um relatório pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, mostrando a situação, que segundo ele, é classificada como de “de total abandono”. O parlamentar do PT afirmou que o Estado tem o dever de punir os criminosos, mas precisa oferecer prisões dignas. Wellington do Curso fez crítica na mesma linha e denunciou superlotação do sistema prisional do Estado.

A visita da CPI foi acompanhada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) e da Comissão Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos, pelo juiz Fernando Mendonça e pelo senador Roberto Rocha (PSDB), além do diretor do presídio e do secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Murilo.

Fonte: Agência Assembleia

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