Sete deputados maranhenses e outros quase 200 parlamentares receberam caixinha eleitoral

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Lúcio Vaz

Do Congresso em Foco

Os valores variam de simbólicos R$ 50 até quase R$ 91 mil. Os partidos contemplados vão da esquerda à direita, da base aliada à oposição – ao todo, 20 das 28 legendas com assento no Congresso. No total, 233 parlamentares receberam R$ 3 milhões em doações eleitorais de quase 750 assessores, de acordo com cruzamento de dados feito pela Revista Congresso em Foco com base na prestação de contas entregue pelos candidatos à Justiça eleitoral.

Do Maranhão receberam caixinha eleitoral os deputados Sarney Filho (PV), Hélio Santos (PSDB), Waldir Maranhão (PP), Domingos Dutra (SDD), Weverton Rocha (PDT), Pedro Fernandes (PTB) e Lourival Mendes (PTdoB).

Há servidores que abdicaram de férias para trabalhar em campanha, outros que cederam horas de trabalho para os chefes, funcionários que tiraram da conta bancária valores até superiores aos seus vencimentos mensais.

O expediente da chamada caixinha eleitoral foi utilizado por quase metade dos congressistas que disputaram algum mandato em 2014.

Embora a lei não proíba esse tipo de prática, a caixinha caracteriza uma clara vantagem dos parlamentares em relação aos candidatos que não contam com mandato.

Muitos assessores veem na permanência do chefe a chance de continuar no emprego. A maioria dos congressistas, no entanto, alega que não pressionou nem exigiu qualquer oferta dos subordinados e que as contribuições – em dinheiro, chefe ou serviço – foram de livre e espontânea vontade.

Pela legislação eleitoral, qualquer pessoa física pode doar valor correspondente a até 10% dos rendimentos que declarou à Receita Federal no ano anterior.

 

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